Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 31 de outubro de 2020

Guitarra (3) - Groups & Soloists of Jazz

Joel Xavier, ou na Wikipedia (25-04-1974)

Chacarera, no Palácio de Mafra em 2005. Gravado pela RTP.

        

Brazilian Touch, do álbum “Latin Groove”, de 1999. Aqui ao vivo no Teatro Maria Matos. Gravado em 1999 pela RTP. Joel Xavier (guitarra), Alexandre Frazão (bateria), Yuri Daniel (baixo) e Dalu Roger (percussão).

Saudade, do álbum “Lusitano” de 2001.

7 Colinas, do álbum “Lisboa” de 2003, com Joel Xavier (guitarra), Marino Freitas (baixo acústico), Ricardo Dias (acordeão) e André Sousa Machado (bateria).

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Charada 7.º Arte – Stanley Kramer (2)

Fotos e nomes correctos: Marlene Dietrich e Burt Lancaster

1- Janita (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

2- Fê (Katharine Hepburn, “Adivinha Quem Vem Jantar” e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

3- Manuela (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

4- Pedro Coimbra (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

5- Lis (Katharine Hepburn, “Adivinha Quem Vem Jantar” e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

6- Teresa Dias (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

7- Elvira (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

8 – Clara (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

9- Catarina (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

10- Teresa (Ematejoca) (Marlene Dietrich e Burt Lancaster, “O Julgamento de Nuremberga”)

Muito Obrigado a Todos Vós pela participação e pelos acertos, que todos conseguiram. A ideia não é ser difícil, mas sim despertar as pessoas a verem bom cinema. Abraço !!!

Próximo realizador, o norte-americano Billy Wilder, que anunciarei na Newsletter a data de publicação.

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Charada 7.ª Arte – Stanley Kramer

Realizador Stanley Kramer

Charada com comentários NÃO moderados. Por favor, não coloquem aqui a solução, enviem-na para o meu email: ricardosantos1953@gmail.com

O que têm de fazer:

Em baixo, descobrirem e dizerem-me (mail), ambos os nomes da actriz e do actor e em que filme (pelo menos um!) no qual tenham participado. Não é obrigatório que tenham participado no mesmo filme, mas os filmes têm de ser do realizador em questão.

Ajudas: O número de letras do nome a encontrar, e uma foto um pouco alterada.

Somente aceitarei os nomes correctos com as fotos.

Têm 48 horas para "matar a charada" e três palpites por actriz e outros três por actor.

Depois de amanhã, dia 30, pelas 20:00 publico a solução, bem como os seus participantes.

Actriz, duas palavras (15 letras):

_ _ _ _ _ _ _    _ _ _ _ _ _ _ _

Actor, duas palavras (13 letras):

_ _ _ _    _ _ _ _ _ _ _ _ _


 


 









Obrigado

O filme que me faltava e que também me lembro de ter visto... obrigado Teresa

(1967) Guess Who’s Coming to Diner – Adivinha Quem Vem Jantar

terça-feira, 27 de outubro de 2020

7.ª Arte - Stanley Kramer

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema. 

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador. 

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente. 

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses 

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!! Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!! 

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa. 

Do cinema norte-americano trago-vos Stanley Kramer (29-09-1913 – 19-02-2001), realizador com 15 películas como realizador e produtor e 16 como produtor. Dele escolhi 3 filmes que vi.

(1960) Inherit the WindO Vento Será a Tua Herança

(1961) Judgment at NurembergO Julgamento de Nuremberga

(1963) It's a Mad, Mad, Mad, Mad WorldO Mundo Maluco

(1968) Entrevista com Stanley Kramer

 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Alcunhas Alentejanas (3) – Cabeça de Cabra

É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.

Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto. Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Cabeça de Cabra – masculino, cognome individual, alcunha adquirida, designação rejeitada, alcunha de referência, classificação: zoomórfica / comportamental; história: Designação aplicada a um homem que decapitou uma cabra (Ferreira do Alentejo); o receptor trabalhava na extração de cortiça e, um dia, disse que um sobreiro se assemelhava à cabeça de uma cabra. Assim puseram-lhe esta alcunha (Santiago do Cacém). Existe também no Alandroal.

(In Tratado das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)

Lenda da Cabeça da Cabra, Porto Covo, Sines

sábado, 24 de outubro de 2020

Faz Hoje Anos (76) – Austin Peralta e (77) – Georges Bizet

Faz hoje 30 anos... Parabéns !!! 

Austin Peralta (25-10-1990 – 21-11-2012), no Jazz Tóquio 2006

Faz hoje 182 anos... Parabéns !!! 

George Bizet (25-10-1838 – 03-06-1875), suite da Ópera “Carmen”, escrita em 1975, no ano da sua morte. Orquestra e Coros eslovenos “Gimnazija Kranj”,  dirigidos pelo maestro esloveno Nejc Bečan.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Julián Aguirre (12)

Julián Aguirre (28-01-1868 – 13-08-1924) 

Huela, originalmente escrita para piano. Orquestração de Ernest Ansermet. Gabriel Castagna & Orquesta Sinfónica de Entre Ríos.

Gato, originalmente escrito para piano. Orquestração de Ernest Ansermet. Gabriel Castagna & Orquesta Sinfónica de Entre Ríos.

Intimas, Opus 2 n.º 2, com Lía Cimaglia Espinosa ao piano.

Canción de Cuna, para voz e piano, com Roberto Caamaño ao piano e Diana Arzoumanian no vocal.


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Roland Fiddy (2)

Roland John Fiddy é um famoso “cartonista” inglês. Nasceu em Plymouth, Devon, no sudoeste da Inglaterra, em 17 de Abril de 1931. Foi casado com a artista dinamarquesa Signe Kolding de quem tem um filho e uma filha. Morreu em Hastings, East Sussex, em 3 de Julho de 1999. Estudou no College of Art de Bristol. Tem “cartoons” publicados na Grã-Bretanha, Estados Unidos e em muitos outros países. Os seus livros incluem “The Best of Fiddy” em 1966 e uma série de 11 “Fanatic's Guides” de 1989 a 1992. Fiddy foi muito apreciado, no Mundo inteiro, pelo seu humor e estilo. Ganhou o primeiro prémio em várias competições internacionais de banda desenhada, incluindo entre outros, o “Knokke-Heist” na Bélgica, em 1990, “Festival de Beringen” na Bélgica, em 1984, “Festival de Cartoon” em Amesterdão, na Holanda” em 1985, Sofia, Bulgária, em 1986 e Yomiyuri Shimbun, Japão, em 1988.

Aqui fica, abaixo, o “cartoon” de hoje, do livro “Os Fanáticos dos Computadores” editado pela Publicações D.Quixote em Julho de 1992 (1.ª edição). Um livro que me foi dado por alguém especial, que já não se encontra entre nós.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Novo Blogger

Começam amanhã as novas publicações a partir do novo Blogger, que é uma lástima, lamento dizê-lo !!!

Eu não publico directamente no Blogger. Trabalho as publicações em Word e só depois as passo ao Blogger. Um trabalho meticuloso de pesquisa, gráfico e visual que me agrada imenso fazer !!!

As minhas publicações irão perder alguma qualidade visual. Para além disto existe um trabalho do dobro do tempo (pelo menos!) por cada publicação diferida, e ainda a dificuldade em tornar activos e logo a funcionar os videos do Youtube. 

No fundo, quem construíu o novo Blogger, não teve em conta os Clientes do Blogger e não fez um trabalho capaz e correcto !!!


Tomorrow the new publications start from the new Blogger, which is a shame, I am sorry to say it !!!

I don't post directly to Blogger. I work on Word publications and then I pass them on to Blogger. Meticulous research, graphic and visual work that I love to do !!!

My publications will lose some of visual quality. In addition to this there is a double the work time (at least!) for each postponed publication, and also the difficulty in making YouTube videos active and soon working.

Basically, whoever built the new Blogger, did not take into account Blogger Customers and did not do a capable and correct job !!!


Mañana parten las nuevas publicaciones desde el nuevo Blogger, lo cual es una pena, lamento decirlo !!!

No publico directamente en Blogger. Trabajo en publicaciones de Word y luego las paso a Blogger. Meticulosa investigación, trabajo gráfico y visual que me encanta hacer !!!

Mis publicaciones perderán alguna calidad visual. A esto se suma el doble del tiempo de trabajo (¡al menos!) por cada publicación aplazada, y también la dificultad para hacer que los videos de YouTube estén activos y pronto en funcionamiento.

Básicamente, quien construyó el nuevo Blogger, no tuvo en cuenta a los Clientes de Blogger y no hizo un trabajo capaz y correcto.


Demain les nouvelles publications partent du nouveau Blogger, ce qui est dommage, je suis désolé de le dire !!!

Je ne poste pas directement sur Blogger. Je travaille sur des publications Word, puis je les transmets à Blogger. Recherche minutieuse, travail graphique et visuel que j'adore faire !!!

Mes publications perdront quelque qualité visuelle. En plus de cela, il y a un double du temps de travail (au moins!) pour chaque publication reportée, et aussi la difficulté à rendre les vidéos YouTube actives et bientôt fonctionnelles.

Fondamentalement, celui qui a construit le nouveau Blogger n'a pas pris en compte les clients Blogger et n'a pas fait un travail efficace et correct !!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Dança (6) Tango

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Tango – É um estilo musical e uma dança a par. Tem forma musical binária e compasso de dois por quatro. A coreografia é complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados. Segundo Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar".

O tango foi integrado pela UNESCO na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2009, sendo associado aos estados-membros Argentina e Uruguai. …………….. Mais informação aqui !

Gotan Project - Santa Maria - Tango


World Tango Championship Dancers


Aula de Tango - Passo Básico

Dança (5) Ballet

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Ballet É a dança mais complexa, como é óbvio, que aqui trago, visto que não é uma dança, é uma arte. São passos, são estilos, são coreografias, são “n” coisas relacionadas e todas elas se cruzam entre si. Não se aprende num mês ou em dois ou três, leva anos e são precisos imensos sacríficios para se chegar a um nível médio, partindo do princípio que a pessoa tem intuição para.

É um estilo de dança que se originou nas cortes da Itália renascentista durante o século XV, e que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França como uma forma de dança de concerto. As primeiras apresentações diante da plateia eram feitas com o público sentado em galerias, disposto em três lados da pista de dança. São realizadas com o acompanhamento de música clássica.…………….. Mais informação aqui !

Bailado “O Lago dos Cisnes”  - A Dança dos Pequenos Cisnes


Bailado clássico premiado em 2014. Bailarina Georgia Giovanardi



Aulas de Ballet (Piruetas) – bailarinos de 11 anos, Academia de Ballet e Dança de Leiria

domingo, 18 de outubro de 2020

Alcunhas Alentejanas (2) - Bolandero

É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.


Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto.

Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Bolandero – masculino, cognome individual, designação familiar, alcunha herdada, designação assumida, alcunha de tratamento, classificação: filiação / ornitológoca; história: O visado herdou a alcunha do seu pai que gostava muito de andar aos ninhos. Bolandro é o nome de um pássaro (Barrancos).
(In Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003)


quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Jazz Standards (193)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Since I Fell for You (#197) - Música e Letra de Woodrow Wilson Johnson
O pianista e chefe de orquestra Woodrow Wilson "Buddy" Johnson, escreveu a música e a letra de "Since I Fell for You" em 1945 e a apresentou com a sua irmã Ella cantando-a. A música foi gravada duas vezes, primeiro em 1947 com o pianista Paul Gayten e o seu trio e com a vocalista Annie Laurie, e em 1963, com a versão do cantor de “Pop” e “R&B” Lenny Welch, que subiu ao número quatro das tabelas de venda. Com esta mesma composição, o cantor “Country” Charlie Rich, fez sucesso em 1976.

Al Jarreau (Alwyn (Al) Lopez Jarreau) (Milwaukee, EUA,12-03-1940 - Los Angels, EUA, 12-02-2017) – No “North Sea Jazz Festival”, com Debbie Davis.



Dusty Springfield (Mary Isobel Catherine Bernadette O'Brien) (Londres, Inglaterra, 16-04-1939 - Henley-on-Thames, 02-03-1999)


Kenny Burrell (Kenneth Earl Burrell) (Detroit, Michigan, EUA, 31-07-1931)


Doris (Day) Mary Ann von Kappelhoff (Cincinnati, Ohio, USA, 03-04-1922 - Carmel Valley, Califórnia, EUA, 13-05-2019) – do álbum “Love Him” ℗ Originalmente editado em 1964 (16 de Dezembro de 1963), pela “Sony Music Entertainment”.


Letra

When you just give love, and never get love
you'd better let love depart
I know it's so, and yet I know
I can't get you out of my heart
You made me leave my happy home
You took my love, and now you've gone
since I fell for you
Love brings such misery and pain
I guess I'll never be the same
since I fell for you
Well it's too bad, and it's too sad
but I'm in love with you
You love me, then you snub me
But what can I do, I'm still in love with you
Well, I guess I'll never see the light
I get the blues most every night
since I fell for you
Since I fell for you

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Beatles (3)



Foram aqueles que, para além do seu talento, tiveram a sorte comercial do lado deles, mas também Brian Epstein como patrão do grupo que os acompanhou até à sua morte, e ainda George Martin como produtor de muitos dos seus discos e êxitos.
Que sorte temos/tivemos de os poder escutar e se calhar, quando do seu aparecimento. Tudo se modificou em termos populares musicais. Os Beatles foram/são/serão, inquestionavelmente, a banda que mais foi/é/será falada na história da música “pop”. Uma homenagem aqui a dois deles já desaparecidos.. Ao John Lennon e ao George Harrison, um agradecimento dos muitos trechos musicais que escreveram para todos nós e que nos ajudaram nos momentos bons e maus, das nossas vidas.

Aqui, periodicamente, trarei duas músicas, algumas menos conhecidas. Serão à roda de 20 êxitos que aqui exibirei, mas muitas delas, não vão ser aquelas que foram Nº. 1, a nível dos “Tops” mundiais, e que constam de um CD, editado em Portugal para a etiqueta “EMI Records Ltd.” em 2000. A escolha irá ser a minha. Os que são “amantes” deste grupo vão conhecê-las todas de certeza, os que são/foram meros ouvintes do grupo, acredito que hajam algumas que não conheçam.

Canção: Martha My Dear
Autor: Paul McCartney
Ano: 1968

George Harrison admirava o facto de McCartney compor baseado em temas fictícios, e que alegava não saber compor desta maneira, sem um envolvimento com o tema musical. O título “Martha My Dear,” é dedicada à cadela de raça “sheepdog” de Paul que na época tinha três anos e se chamava Martha.



Martha My Dear (Paul McCartney)

Martha my dear though I spend my days
In conversation
Please
Remember me Martha my love
Don't forget me Martha my dear

Hold your head up you silly girl look what you've done
When you find yourself in the thick of it
Help yourself to a bit of what is all around you
Silly girl.

Take a good look around you
Take a good look you're bound to see
That you and me were meant to be for each other
Silly girl.

Hold your hand out you silly girl see what you've done
When you find yourself in the thick of it
Help yourself to a bit of what's all around you
Silly girl.

Martha my dear you have always been
My inspiration
Please
Be good to me Martha my love
Don't forget me Martha my dear.

Autor: Paul McCartney
Ano: 1967

A ideia da criação da canção surgiu de uma notícia no jornal lida por Paul McCartney, idealizador da música e da maior parte da letra. A notícia veiculada pelo Daily Mail, em 17 de Fevereiro de 1967, contava a história de uma jovem de 17 anos que saíra de casa sem os seus pais saberem e estava desaparecida até então. Seu pai lamentava-se, não entendendo por que razão ela teria agido assim: “Ela tinha tudo em casa !”
Em cima desses poucos factos, Paul criou a melodia e a parte da letra que narra os passos da jovem imediatamente após ter fugido de casa. Quando ele mostrou o que já tinha a John Lennon da canção, este completou-a com o refrão simbolizando os pais e idealizou o modo como ela deveria ser cantada, como um lamento antes o facto ocorrido.


She’s Leaving Home (Paul McCartney)

Wednesday morning and five o'clock as the day begins
Silently closing her bedroom door
Leaving the note that she hoped would say more
She goes downstairs to the kitchen
Clutching her handkerchief
Quietly turning the backdoor key
Stepping outside she is free.

She (We gave her most of our lives)
Is leaving (Sacrificed most of our lives)
Home (We gave her everything money could buy)
She's leaving home after living alone
For so many years. Bye, bye.

Father snores as his wife gets into her dressing gown
Picks up the letter that's lying there
Standing alone at the top of stairs
She breaks down and cries to her husband
Daddy our baby's gone.
Why would she treat us so thoughtlessly?
How could she do this to me?

She (We never thought of ourselves)
Is leaving (Never a thought for ourselves)
Home (We struggled hard all our lives to get by)
She's leaving home after living alone
For so many years. Bye, bye.

Friday morning at nine o'clock she is far away
Waiting to keep the appointment she made
Meeting a man from the motor trade.

She (What did we do that was wrong)
Is leaving (We didn't know it was wrong)
Home (Fun is the one thing that money can't buy)
Something inside that was always denied
For so many years. Bye, bye.

She's leaving home bye bye.

sábado, 10 de outubro de 2020

Prémio Valmor 1904, Avenida Liberdade 166

Situa-se na Avenida da Liberdade, no percurso ascendente (lado direito), para quem vai da Praça dos Restauradores para a Praça Marquês de Pombal. Dois dos actuais inquilinos são, a “ADIPA” (Associação Distribuidores Produtos Alimentares) e a “Chiado Editora”.


Menção Honrosa, Ano de 1904. Em 1904 o júri decidiu não atribuir o Prémio Valmor, por considerar que «nenhum dos prédios concluídos em Lisboa durante o ano findo reúne o conjunto de condições artísticas essenciais para ser classificado em mérito absoluto», propondo apenas duas Menções Honrosas.
Uma delas, a “Casa Lambertini”, cujo proprietário Michelangelo Lambertini exprimiu a sua revolta apelando mesmo à Câmara no sentido desta anular a decisão, localiza-se na Avenida da Liberdade, 166-168, tendo por arquitecto Nicola Bigaglia, já anteriormente distinguido, no Prémio Valmor de 1902.
Edifício concebido para cumprir as condições do testamento do Visconde, inspira-se na Renascença Veneziana, o estilo Lombardesco, com uma decoração em mosaicos, executados em Veneza, inspirada na Igreja de São Marcos. Actualmente em bom estado de conservação, destina-se a habitação e escritórios.

Arquitecto Nicola Bigaglia (1841-1908):


“De nacionalidade italiana, nascido em Veneza, veio para Portugal em 1888, na mesma época em que outros artistas   de valor foram contratados pelo Governo português, como professores das Escolas Industriais, criadas por António de Augusto Aguiar e por Emídio Navarro.
Além de arquitecto, Bigaglia, foi um aguarelista distinto, um modelador de grandes recursos e um desenhador primoroso. A sua obra está dispersa por vários pontos do nosso território, muito embora fosse em Lisboa onde ela ficou mais representada. Conhecia a fundo a arte da decoração, sendo-lhe familiares os estilos clássicos, não só de arquitectura, como também do mobiliário, da tapeçaria, etc. Regeu, durante anos, a cadeira de Modelação Ornamental, na Escola Afonso Domingues, em Xabregas, após magistério na escola Industrial de Leiria,
De entre as obras que se ficaram a dever à presença de Nicola Bigaglia em Lisboa, são conhecidas ou referidas pelas publicações da época, as seguintes: o palácio e parque de José Pinto Leitão, na Rua Marquês da Fronteira, Nº.14-16; as residências de Michel Angelo Lambertini, na Avenida da Liberdade, Nº. 166 (Menção Honrosa do Prémios Valmor em 1904), e do Dr. Gama Pinto, na Rua das Taipas, Nº.16-20; os palacetes do Conde Burnay, na Rua da Junqueira, Nº.86, do Dr. António Caetano, na Rua de Santo António dos Capuchos, Nº. 1, e do Dr. Alfredo da Cunha, no Largo de São Vicente, Nº.5, etc.
Nos finais de 1907, princípios de 1908, Nicola Bigaglia, retira-se para Veneza, onde faleceu em 8 de Outubro.
Obteve o Prémio Valmor de 1902, com o edifício construído, na Avenida da Liberdade, tornejando para a Rua do Salitre, Nº.1-3, onde é hoje a Chancelaria da Embaixada de Espanha.”

In Bairrada, Eduardo Martins, “Prémios Valmor 1902-1952”, Edição 1988, CML. (sic)*

“http://www.priberam.pt/dlpo/sic” - *sic |sique| (palavra latina)
Advérbio: Sem alteração nenhuma; tal e qual. = assim

Acontecimentos referentes à década:

1902 - Inauguração do elevador de Santa Justa;
1903 - Publicação do novo regulamento de salubridade para as construções urbanas;
1904 – Aprovação do Plano Geral de Melhoramentos, apresentado pelo engenheiro Ressano Garcia (1847-1911);
1905 – Desenvolvimento das construções ao longo da Avenida Fontes Pereira de Melo e da futura Avenida da República;
1905 - Jardim Zoológico, nas Laranjeiras, Raul Lino;
1907 – Animatógrafo do Rossio;
1908 - Projecto para o Parque Eduardo VII do arquitecto Miguel Ventura Terra.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Texturas e Recortes (3)


Em tempo de confinamento, encontram-se as “paisagens” em casa. A roupa, o livro, a madeira, o vidro, a revista, o objecto, e muitos outros elementos passíveis de olharmos para eles nesta altura, de um outro modo !

Livros e Cadernetas



sábado, 3 de outubro de 2020

Eyes Thru Glass (52) - Açores (2/3)

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica.

Em Dezembro de 2016, andei pela Região Autónoma dos Açores, na Ilha Terceira. Ilha essa, onde nasceu o meu avô materno (freguesia das Lajes, concelho da Praia da Vitória), e uma das irmãs da minha Mãe. Estas fotografias são uma segunda mostra, dum total de três amostragens, retiradas das minhas  672 fotos “batidas”.


Angra do Heroísmo
Império da Rua Nova


Marina














Império de São Sebastião




Praia da Vitória
Império da Caridade


Casa onde nasceu o escritor Vitorino Nemésio



Outras fotos da cidade