Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

CinemaScope (33)

Retomo uma rúbrica que existia neste blogue, em rodapé e que possivelmente passou despercebida a muitos que me visitavam, por estar mesmo lá no fim da minha página.

É música claro ! O que estavam à espera ?

São composições que me dizem muito, porque sou um romântico e um eterno apaixonado por música, pelas outras artes, pela humanidade, pelos amigos que encontrei na blogosfera, pela Natureza, pela vida, no fundo, pelas coisas boas desta sociedade em que vivemos.

Desta vez os registos, enquanto não apagados ou eliminados do Youtube, ficarão por cá, com uma única etiqueta “CinemaScope”.

Sydney Forest – Our Love Never Ends (2000, banda sonora do filme “Autumn in New York” com Winona Ryder e Richard Gere

terça-feira, 28 de julho de 2020

Jazz Standards (191)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

I'm in the Mood for Love (#195) - Música de Jimmy McHugh e Letra de Dorothy Fields

Esta colaboração entre Dorothy Fields e Jimmy McHugh foi escrita para o filme da Paramount “Every Night at Eight” e apresentada pela vocalista Frances Langford no filme. Embora a gravação de Langford tenha chegado às tabelas de vendas, foi o disco de “Little Jack Little” e a sua orquestra que entrou para número um.

Little Jack Little e a sua orquestra (1935, vocal, N.º 1)
Louis Armstrong e a sua orquestra (1935, vocal, N.º 3)
Frances Langford (1935, vocal, N.º 15)
Leo Reisman e a sua orquestra (1935, Frank Luther, vocal, N.º 18)
Billy Eckstine (1946, vocal, N.º 12)

Dean Martin (Steubenville, Ohio, EUA, 07-06-1917 – Beverly Hills, California, EUA, 25-12-1995)


Jools Holland (Londres, Inglaterra, 24-01-1958) e o grupo Jamiroquai (1992) – O video oficial para o single de 2000 “I’m In The Mood For Love”. Dirigido por Clive Arrowsmith


Kenny G (Seattle, EUA, 05-06-1956) – do álbum “I'm in the Mood for Love...The Most Romantic Melodies of All Time” de 2006, para a Arista Records, LLC, uma unidade da “Sony BMG Music Entertainment”.


Nat Nathaniel "King" Adams Cole (Montgomery, EUA, 17-03-1919 — Santa Monica, EUA, 15-02-1965) – episódio do “Nat King Cole Show” em 9 de Julho de 1957.


Letra

I'm in the mood for love
Simply because you're near me
Funny, but when you're near me
I'm in the mood for love
Heaven is in your eyes
Bright as the stars we're under
Oh, is it any wonder
That I'm in the mood for love?
Why stop to think of whether
This little dream might fade?
We've put our hearts together
Now we are one, I'm not afraid
And if there's a cloud above
If it should rain, we'll let it
But for tonight forget it
I'm in the mood for love
Oh yeah
Why stop to think of whether
This little dream might fade?…

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

sábado, 25 de julho de 2020

Eyes Thru Glass (50) – Tomar (1/3)

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica.

Em Dezembro de 2018, andei a tirar umas fotos na cidade dos Templários, a maravilhosa cidade de Tomar. Esta é a primeira mostra de três.

Aspectos da cidade:











Convento de Cristo:











quarta-feira, 22 de julho de 2020

Resistência – Nascidos Aqui (32)

Resistência (1989)

Aquele Inverno, ao vivo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa (2016)


Amanhã é Sempre Longe Demais, ao vivo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa (2016)


Timor, ao vivo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa (2016)


Não Voltarei a Ser Fiel, gravado no Festival “Summer Opening”, no Funchal corria a noite de 21 de Julho de 2019.

domingo, 19 de julho de 2020

Prémios Valmor Demolidos

Prémio Valmor, Ano de 1907

Em 1907 foi a vez de uma moradia, a chamada Casa Empis, na Avenida Duque de Loulé N.º 77, propriedade de Ernesto Empis e arquitectura de António Couto de Abreu (1874-1946). Edificado em estilo Francisco I, inspirado na Renascença Francesa, lembrava o castelo de Blois e a casa de Diana de Poitiers. Foi o primeiro edifício premiado com Valmor a ser demolido, em 1954.

Prémio Valmor, Ano de 1908

Houve também uma Menção Honrosa, em 1908, atribuída a um prédio na Avenida da República, N.º 36, propriedade de Henrique Pereira Barreiros e arquitetura de Manuel Norte Júnior (1878-1962). Foi demolido nos anos 1949-1950.

Prémio Valmor, Ano de 1909

Menção Honrosa, o edifício da Avenida Duque de Loulé, N.º 72-74, da autoria de Adolfo A. Marques da Silva (1876-1939) para Fortunato Jorge Guimarães, teve um destino semelhante. Demolido em 1965.

Prémio Valmor, Ano de 1909

Menção Honrosa, o edifício da Rua Tomás Ribeiro, N.º 4-6, com projecto do arquitecto António Couto de Abreu (1874-1946), propriedade de João António Marques Sena foi demolido em 1954.

Prémio Valmor, Ano de 1910

Em 1910 o Prémio Valmor foi atribuído a um edifício de habitação, sito na Avenida Fontes Pereira de Melo, N.º 30. O autor do projecto foi o arquitecto Ernesto Korrodi (1870-1944), suíço naturalizado português. O edifício pertencia a António Macieira. Este edifício reflectia um certo gosto provinciano com a sua entrada abrindo para um estreito corredor lateral. Demolido em 1961 e no seu lugar foi erigido, o Teatro Villaret.

Prémio Valmor, Ano de 1914

Ainda em 1914 foram distinguidas mais três obras com Menções Honrosas, duas delas atribuídas a projectos idealizados por não arquitectos e cujos edifícios já foram demolidos. Referimo-nos a duas habitações unifamiliares, uma na Rua Pascoal de Melo, N.º 5-7 e outra na Rua Cidade de Liverpool, 16 pertencente a José Simões de Sousa. Os seus autores foram o "condutor de obras públicas" António da Silva Júnior e o "desenhador" Rafael Duarte de Melo, respectivamente.

Prémio Valmor, Ano de 1919

O Prémio Valmor, desse ano, foi mais uma vez foi atribuído a uma moradia unifamiliar, situada na Avenida Duque de Loulé, N.º 47, que pertencia a Alfredo May de Oliveira com projecto do arquitecto Álvaro Machado (1874-1944).
Esta moradia possuía três pisos de linhas sóbrias e era uma obra de estrutura essencialmente urbana. Demolida em 1961.

Prémio Valmor, Ano de 1928

Coube ao Palacete Vale Flor, na Calçada de Santo Amaro, N.º 83-85, projectado pelo arquitecto Pardal Monteiro (1897-1957) sendo a Sociedade Agrícola Vale Flor sua proprietária. Era uma habitação isolada de estrutura ainda bastante clássica. O júri recomendou a moradia com jardim como um “modelo de um género de construções que muito conviria desenvolver nas encostas de Lisboa, para interromper com manchas de verdura a monotonia do casario banal e para multiplicar os terraços de onde se possam desfrutar os incomparáveis panoramas da cidade”. Foi demolido em 1953.

Prémio Valmor, Ano de 1930

O primeiro Prémio Valmor atribuído nesta década, em 1930, coube a uma moradia na Rua Castilho, N.º 64-66, um projecto do arquitecto Raúl Lino da Silva (1879-1974) para Sacadura Cabral, que não viria a ocupá-la, tendo sido vendida nesse mesmo ano a Manuel Duarte. Esta moradia reflectia as preocupações do arquitecto com a temática da “casa portuguesa”, sobre a qual se debruçou durante vários anos, traduzidos nas formas arquitectónicas portuguesas tradicionais, com jardim circundante e o uso de elementos característicos como o alpendre, os beirais, as cantarias e o azulejo. Demolida em 1982, as cantarias, colunas e portões foram posteriormente utilizados na construção do Pátio Alfacinha.

Nesse ano foi também atribuída uma Menção Honrosa a um edifício de habitação, na Avenida da República, N.º 54, com projecto de Porfírio Pardal Monteiro (1897-1957) para Isidoro Sampaio de Oliveira. Edifício de características modernistas. Foi demolido em 1962.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Billboard Top 100 - Lugar n.º 10, 12, 15, 17, 21 e 23

Esta rúbrica trará algumas das 100 melhores músicas consideradas pela “Billboard” (https://www.billboard.com/).

Virão somente aqui aquelas que gosto. Não gosto de “Rap” ou “Hip-Hop”, por isso, as que aqui, do género, aparecerem, é porque gostei de ouvir. Também alguma música, como disse o Salvador Sobral “de plástico”, com “batucada” irritante (para mim, claro !!!), não a mostrarei.
No entanto, deixarei os links do Youtube para quem quiser ouvir as que não colocar aqui, com indicação do Lugar n.º / Intérprete / Composição / Link.

Lugar n.º 10 - Olivia Newton-John / Physical



11 - Debby Boone - You Light Up My Life - https://www.youtube.com/watch?v=Mmyy-Gmyupc

Lugar n.º 12 – Beatles / Hey Jude



13 - Chainsmokers featuring Halsey - Closer - https://www.youtube.com/watch?v=PT2_F-1esPk

14 - Mariah Carey - We Belong Together - https://www.youtube.com/watch?v=0habxsuXW4g

Lugar n.º 15 - Toni Braxton / Un-Break My Heart



16 - Usher featuring Lil Jon & Ludacris - Yeah! - https://www.youtube.com/watch?v=GxBSyx85Kp8

Lugar n.º 17 - Kim Carnes / Bette Davis Eyes



18 - Diana Ross & Lionel Richie - Endless Love - https://www.youtube.com/watch?v=NDNlYho3A2Y

19 - Rod Stewart - Tonight’s the Night (Gonna Be Alright) - https://www.youtube.com/watch?v=IZr6AE-u2UM

20 - Jewel - You Were Meant for Me/Foolish Games - https://www.youtube.com/watch?v=UNoouLa7uxA

Lugar n.º 21 - Bryan Adams / (Everything I Do) I Do It for You



22 - Boyz II Men - I’ll Make Love to You - https://www.youtube.com/watch?v=La0IJPt0t4Q

Lugar n.º 23 - Percy Faith & His Orchestra / The Theme From “A Summer Place”


segunda-feira, 13 de julho de 2020

JazzAnova – Groups & Soloists of Jazz (32)

JazzAnova (1995)

Let It Go


Dance The Dance, do álbum “In Between”, de 2002


Let Me Show Ya, do álbum “Of All the Things”, de 2008


… in Berlim (2018)

sexta-feira, 10 de julho de 2020

A Sopa do Pacto (15), músicas

Joan Manuel Serrat De Vez en Cuando la Vida, actuação na televisão espanhola (RTVE). Site oficial do cantor e compositor:   https://web.archive.org/web/20160205033627/http://jmserrat.com/


AguavivaMe Queda La Palabra, poema Blas Otero. O grupo “Aguaviva” era composto por: Manolo Díaz (compositor e produtor); José Antonio Muñoz (declamador); Juan Carlos Ramírez (voz e guitarra); José María Jiménez (voz e guitarra); Rosa Sanz (voz); Luis Gómez Escobar (voz) e Julio Seijas (guitarra)


Luz CasalHistoria De Un Amor, do álbum "La Pásion" de 2009


Patxi Andión Nos Passaran La Cuenta, do álbum “(Once canciones entre paréntesis)” de 1971

A Sopa do Pacto (15), solução


Quem participou:

1 – Luísa (Luz Casal, Patxi Andion, Aguaviva e Joan Manuel Serrat)

2 – Elvira (Luz Casal, Patxi Andion, Aguaviva e Joan Manuel Serrat)

3 – Janita (Luz Casal, Patxi Andion, Aguaviva e Joan Manuel Serrat)

4 – Pedro Coimbra (Luz Casal, Patxi Andion, Aguaviva e Joan Manuel Serrat)

5 – Catarina (Aguaviva, faltam 3 !)

quarta-feira, 8 de julho de 2020

A Sopa do Pacto (15)

“A Sopa do Pacto” é a nova rúbrica, baseada basicamente no passatempo “Sopa de Letras”. Conterá sempre um quadrado, como figura geométrica, de 10x10, e as palavras a adivinhar estarão colocados nas posições utilizadas na comum “sopa de letras”, horizontal, vertical e diagonal, em ambos os sentidos. A “sopa” serão quase sempre 4 (quatro) artistas/grupos do foro musical, ou de outras artes.

Terão de me enviar por mail (ricardosantos1953@gmail.com) o puzzle totalmente solucionado ou o que conseguiram encontrar até ao final do prazo limite, indicando onde se encontram os 4 (quatro) artistas/grupos. Cada um de vós acrescentará, e somente, 2 (duas) composições interpretadas por um dos artistas/grupo do puzzle à escolha, uma de um e uma de outro.

O tempo limite para resolverem a “sopa”, os artistas no puzzle e escolherem as duas canções será de 48 horas. Dúvidas serão aqui respondidas nos comentários.

Terminadas as 48 horas, publicarei as respostas e as composições, de quem completou totalmente ou parcialmente. Sou eu que escolho as canções por vós indicadas. Não serão, necessariamente, da pessoa que me deu a resposta, do puzzle resolvido, mais rapidamente.

A “Sopa do Pacto” número (15) são artistas espanhóis. Um grupo e três intérpretes:


Na data limite 10-07-2020 às 20:00, publicarei as soluções; No dia 11-07-2020 às 00:00, publicarei as músicas 

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Ennio Morricone

Ennio Morricone (10-11-1928 – 06-07-2020)

Morreu um dos melhores compositores de música ligeira/clássica, e talvez o melhor, em bandas sonoras para o cinema. Ennio Morricone tinha 91 anos.

Cena  do filme "Legend of 1900" de Giuseppe Tornatore, de 1976, com a canção "Playing Love". Na cena do filme Tim Roth e Mélanie Thierry.


Era uma vez na América, de Sergio Leone, realizado em 1984.


A Missão, de Roland Joffé, realizado em 1986.


Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore, realizado em 1988.


Grazie Ennio Morricone per la meravigliosa musica che hai lasciato e ci ha incantato. Stai in Pace !!!
Obrigado Ennio Morricone pela música maravilhosa que nos deixaste e encantaste. Fica em Paz !!!

sábado, 4 de julho de 2020

O Prémio Valmor (Visconde Valmor – Fausto Queiroz Guedes) (I)


Busto, em bronze, do Visconde de Valmor, da autoria do escultor Teixeira Lopes, datada de 1904 e situada no Largo da Academia Nacional de Belas-Artes. 1249-058 Lisboa

O Prémio Valmor (reedição) vai andar de novo por aqui. Durante uns meses a partir de 20 de Julho. Estas publicações serão praticamente todas novas. A primeira mostra de Valmor, foi no meu anterior blogue “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” (apagado!). A documentação foi toda reescrita, com o material da nova pesquisa feita, principalmente, no que respeita às biografias dos arquitectos. Esta foi a terceira volta a estas construções, sendo a primeira em 2008 (270 fotografias), depois em 2013 (755 fotografias) e voltei, agora, em 2018. A próxima visita será, se Deus quiser, em 2023. Desta vez, fiz à volta de 540 fotos que serão exibidas n'O Pacto Português e mais 28 fotos de 2013, referentes a dois Prémios Valmor que não fotografei desta vez. A aplicação que escolhi, foi o Google Slides, porque me pareceu simples e de fácil visualização, e felizmente e para já, não tem publicidade.

Palavras minhas
           
Estas palavras minhas da edição anterior mantêm-se actuais.

Porquê deixar destruir Lisboa? Ela está hoje e cada vez mais, uma cidade descaracterizada arquitectonicamente. Será que isto é um mal das cidades que são a capital? Duvido! Conheço muito pouco do estrangeiro, mas sei que em muitos países europeus e por esse Mundo, se preservam as zonas mais antigas, das urbes principais. Tristemente, como país europeu que queremos ser e que somos geograficamente, não adoptámos essa conduta cultural, embora tenhamos vindo a melhorar, lamentamos o mal que está irremediavelmente feito.

Percebo muito pouco de arquitectura, tirando aquilo que aprendi na escola, em disciplinas como a História e o Desenho. Lembro-me do gótico, do barroco, do romano, e lembro-me da oval, da ogiva, do arco querena, da elipse, da hipérbole e da parábola. Apesar de ser leigo neste assunto, decidi investigar um pouco mais sobre o dito prémio e que melhor meio para o fazer e mostrar, do que a fotografia. Por isto tudo e durante alguns meses, no meu blogue “O Pacto Português”, mostrar-vos-ei, através da fotografia, um pouco do que se fez em termos arquitectónicos, nos primeiros 40 anos do século XX, e o que vai restando de alguma daquela arquitectura, que a sociedade moderna ainda não destruiu, na nossa maravilhosa capital que é a cidade de Olisipo.
           
O meu trabalho será centrado, unicamente, entre os anos 1902 e 1943, das obras premiadas com o Prémio Valmor. Nesse intervalo de anos, foram premiadas 40 construções, entre 28 prémios Valmor e 12 menções honrosas. Dessas 40 premiadas, 11 já foram demolidas, 2 estão para venda, e ainda 1, está, infelizmente e completamente, em ruínas.
Também nesses quarenta e um anos, existiram uma dúzia deles, nos quais não foram atribuídos prémios ou menções honrosas.
           
Não vou chamar a atenção para toda a arquitectura premiada e ainda existente. Ficará nesta mostra, algo mais para descobrirem, “in loco”, se o quiserem fazer, parando e olhando com um olho mais clínico para estas obras de arte. Elas estão aí espalhadas pela metrópole mais ocidental da Europa e se calhar valerá a pena ir vê-las, enquanto estão de pé.
Possivelmente, mais dia, menos dia, o dinheiro e o “poder” encarregar-se-ão de deitar abaixo mais algumas. Dessas restarão somente os registos fotográficos e cinematográficos.

“…O dinheiro não compra tudo!”, mas infelizmente, muitos de nós, estamos convencidos do contrário.
        
Breve História
        
“…Instituído há mais de um século, o Prémio Valmor surge na sequência de indicações deixadas no testamento do segundo e último visconde de Valmor, Fausto Queiroz Guedes, diplomata, político, membro do Partido Progressista, par do reino, governador civil de Lisboa e grande apreciador de belas artes.

Falecido em França em 1878, segundo o seu testamento, uma determinada quantia de dinheiro era doada à cidade de Lisboa de modo a criar-se um fundo. Este passaria a constituir um prémio a ser distribuído em partes iguais ao proprietário e ao arquitecto autor do projecto da mais bela casa ou prédio edificado.

Surge assim, com o nome do seu instituidor, o Prémio Valmor de Arquitectura, cuja atribuição era da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, ficando esta sob fiscalização do Asilo de Mendicidade de Lisboa. A Câmara elaborou então um regulamento segundo o qual seria anualmente nomeado um júri de três membros, todos arquitectos, que avaliariam as várias edificações.

Adaptando-se a mudanças, quer de mentalidade, quer no modo de fazer arquitectura, quer ainda a nível de regulamento, é um dos mais prestigiados prémios de arquitectura em Portugal.

O Prémio Valmor continua a ser sinónimo de uma certa qualidade arquitectónica que reflecte, tanto pelos bons como pelos maus exemplos, os gostos dominantes das diferentes épocas…”       
         
Bibliografia e Agradecimentos         
         
“Link” Prémios Valmor – CML (Câmara Municipal de Lisboa): http://www.cm-lisboa.pt/viver/urbanismo/premios/premio-valmor-e-municipal-de-arquitetura. O “link” atrás citado serviu de base, para colectar e situar o básico dos Prémios Valmor.    
     
A restante documentação, tal como, biografia dos arquitectos, etc., foi recolhida no GEO (Gabinete de Estudos Olisiponenses, http://geo.cm-lisboa.pt/). Uma palavra de agradecimento à Dr.ª. Manuela Canedo que me ajudou na consolidação da documentação que era necessária para o trabalho que eu pretendia executar.    
      
Agradecimentos aos Bibliotecários:       
       
Fátima Coelho, da OASRS (Ordem dos Arquitectos Secção Regional Sul), que me indicou literatura disponível na Biblioteca Nacional, para consulta e que, também ajudou neste trabalho.  
     
Madalena Marques Sousa, Zélia de Sousa e Castro, Luís de França e Sá, e ainda Carlos Manuel da Graça Vences da Biblioteca Nacional de Portugal.       
         
Dar a conhecer às pessoas a nova reedicção, em BCC:

Maria Manuela Canedo; Madalena Marques Sousa; Carlos Manuel da Graça Vences; e Luís de França e Sá.

As publicações Prémio Valmor começam dia 20-07-2020. Abrimos com a Introdução (aqui atrás) e de seguida as construções já demolidas. Na minha “Newsletter” vão sempre sabendo de todas as publicações. Espero que gostem!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Poesia (1) Álvaro de Campos

Álvaro de Campos (13 ou 15-10-1890 – 1935)

Fernando Pessoa deveria ter sido o nosso primeiro Nobel da Literatura !!!



Opiário, dito por Mário Viegas, um poema, publicado no primeiro número da revista Orpheu, supostamente escrito em Março de 1914, no "canal de Suez”, a bordo, e dedicado a Mário de Sá-Carneiro.