Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Histórias de ontem (II) – A Pedinchona do LIDL

Vou ao LIDL todos os sábados para fazer as compras semanais. Dia 18, quando cheguei à fila para pagar, (gosto mais de dizer bicha!... que mania que temos de nos censurarmos a nós próprios, no correcto português vernáculo!). Dizia eu, quando cheguei à caixa, estavam três pessoas na minha frente e mesmo à minha frente, uma senhora aí dos seus 35 anos, não se calava com o "Gang dos Frescos" e que queria fazer a colecção toda e "rebéubéubéu pardais ao ninho" e dizia:

- Eu cá sou muito pedinchona se as pessoas não quiserem eu fico-lhes com os selos para mim. Esta semana então, tenho vindo ao LIDL todos os dias e ando na pedincha. Sou muito pedinchona !

Já chateava o monólogo, era "pedinchona" para a esquerda "pedinchona" para a direita e ela nunca mais se calava. Ainda se riu para mim, a falar sobre o tema, mas eu, embora sendo conversador emérito, não estava para alimentar aquela conversa da pedinchiche e da pedinchona. Grande azar o meu ...

Quem estava na caixa para pagar lá mais à frente, disse:

- Eu não quero os selos !
- Se não quer, eu fico com eles para mim, eu sou uma pedinchona!

Grrrrrrrrr !!!!

Lá ficou com os selos dessa pessoa e da outra a seguir, antes da vez dela de chegar à caixa. Mais conversa com a menina da caixa, sobre os selos e a "pedinchona". Finalmente, pagou. Mas em vez de sair, dirigiu-se à caixa multibanco, logo à saída das caixas, que o LIDL costuma ter nas suas lojas, para os utentes se utilizarem.

- Uffffffffff !!! - respirei eu.

Tinha terminado a conversa dos selos para os bonecos do "Gang dos Frescos" e da "pedinchona", pensei eu. Quando ia pagar, pergunta-me a empregada:

- O senhor não quer os selos para o "Gang dos Frescos" ?
- Não, muito obrigado!

E pasmem!... Uma vozinha esganiçada, veio do lado da Caixa Multibanco:

- Se esse senhor não quer, eu fico com eles para mim !...

Ao que eu retorqui em voz alta e logo de seguida, sem a deixar dizer mais nada:

- EU NÃO ME IMPORTO, PORQUE A SENHORA É UMA MESMO UMA PEDINCHONA !!!

Risota geral na fila da caixa e nas outras caixas à volta, de quem já tinha assistido à conversa da pedinte. Veio ter comigo, agradeceu os selos, e mais uma vez a palavra trunfo da conversa, foi redita duas ou três vezes.


Dia 18, saí cansado do LIDL e com duas vontades em mente. Ou queimo os peluches do "Gang dos Frescos" ou faço a colecção completa !!!

Isto é História dos Transportes, com a célebre banda da Carris (1951)

domingo, 26 de janeiro de 2014

Os Festivais das Canções (1979)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Vou andar por aqui a mostrar um pouco da música dos Festivais da Canção, o da RTP e o da Eurovisão. Ouvirão e verão, sempre que haja vídeo no Youtube , os três primeiros lugares de cada um deles.

Euro Festival 1979, em 31 de Março, Jerusalém (Israel).

1º. Gali Atari (29-12-1953) e Milk and Honey (1979 – 1989) - Hallelujah


2º. Betty Missiego (16-01-1945) - Su canción


3º. Anne-Marie David (23-05-1952) - Je suis l'enfant soleil


Festival RTP da Canção de 1979, em 23 de Fevereiro, no Teatro Monumental.

1º. Manuela Bravo (07-12-1957) - Sobe, sobe, balão sobe


2º. Gabriela Schaaf (1960) – Eu Só Quero


3º. SARL (1974-????) - Uma Canção Comercial


sábado, 25 de janeiro de 2014

Jazz Standards (CIX)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Exactly Like You (#113) - Música de Jimmy McHugh e Letra de Dorothy Fields
Harry Richman e Gertrude Lawrence apresentou "Exactly Like You”, no musical “Revue Internacional” de Lew Leslie, em 25 de Fevereiro de 1930, no ”Majestic Theater”, em New York. Depois de 95 exibições o espectáculo encerrou, no entanto, as duas composições de Dorothy Fields e Jimmy McHugh, "On the Sunny Side of the Street " e "Exactly Like You", foram um êxito e tornaram-se “standards”.

"Exactly Like You" esteve várias nas tebelas dos mais vendidos:

Ruth Etting (1930, vocal, Nº. 11);
Harry Richman (1930, vocal, Nº. 12);
Sam Lanin e a sua orquestra (1930, Smith Ballew, vocal, Nº. 19);
Benny Goodman Trio (1936, Lionel Hampton, vocal, Nº. 12); e
Don Redman e a sua orquestra (1937, Nº. 14).

Broadway foi duramente atingida pela “Grande Depressão”, e muitos espectáculos, como o “Revue Internacional” terminaram após poucas exibições. Embora bem financiada e com um elenco de alto nível (Gertrude Lawrence, Harry Richman, Jack Pearl, Anton Dolin e Argentinita) com coreografia de mestre, de Busby Berkeley e músicas de McHugh/Fields, o musical tinha um mau argumento, muito longo, e, no geral, era pouco apelativo ao público e aos ou críticos.

Oscar Peterson  (Montreal, Quebec, Canadá, 15-08-1925 – Mississauga, Ontário, Canadá, 23-12-2007) e Count Basie (Red Bank, New Jersey, EUA, 21-08-1905 - Hollywood, Florida, EUA, 26-04-1984) – Em Los Angeles, Califórnia, 2 de Dezemnbro de 1974, do álbum “Satch and Josh”. Com o quinteto de Oscar Peterson, com Oscar Peterson (piano), Count Basie (piano, orgão), Freddie Green (guitarra), Ray Brown (contrabaixo) e Louis Bellson (bateria).




Diana Krall (Nanaimo, Canadá, 16-11-1964 - 20xx) – Ao vivo no Rio. Editado pela Verve em 2009, o DVD onde se encontra esta música foi filmado em Novembro de 2008, no Rio de Kaneiro, pátria da bossa-nova.


Django Reinhardt (Liberchies, Pont-à-Celles, Bélgica, 23-01-1910 - Fontainebleau, França, 16-05-1953) e Stephane Grappelli (Paris, França, 26-01-1908 — Paris, França 01-12-1997) – Do álbum “Djangology”, editado pela Capitol em 1936.


Nina Simone (Tryon, North Carolina, EUA, 21-02-1933 — Carry-le-Rouet, 21-04-2003) – Ao vivo, em Varsóvia, Polónia, a 18 de Dezembro de 1997, no “Kongresowa Hall”.


Letra

I know why I waited
Know why I've been blue
I've been waiting each day
For someone exactly like you
Why should I spend some money
On a show or two
When nobody sings these love songs
Exactly like you
You make me feel so grand
I wanna give this world to you
You make me understand
These foolish little dreams I'm dreaming
And schemes I'm scheming
Now I know why my mama
She taught me to be true
She knew just around the corner
Was somebody like you
You make me feel so grand
I wanna give this world to you
Baby you make me understand
These foolish little dreams I'm dreaming
And schemes I'm scheming
Now I know why my mama
She taught me to be true
She knew just around the corner
Yes she knew just around the corner
Was somebody like you

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Lisboa (VIII) – Parque Mayer

Parque Mayer, os 80 anos da “Broadway” Portuguesa

Criado no início dos "loucos anos 20" com a ambição de ser um pólo teatral, o Parque Mayer impôs-se como centro do teatro de revista e feira popular moderna, sobreviveu à censura de Salazar e Caetano, à rádio e ao cinema, ao futebol, ao partidarismo da revolução, à televisão e às telenovelas. É um "sempre-em-pé", embora tenha atravessado várias crises. Fixou-se no imaginário nacional como a "catedral da revista", uma Broadway à portuguesa. A suposta decadência não evitou a gula disfarçada de propostas de remodelação urbanística, em crescendo desde finais dos anos 60. Uma boa ocasião para revisitar este palco maior, os seus fazedores, os seus espectáculos, o seu público, as propostas de remodelação.

Os Teatros:

Maria Vitória em 1922 (O único em funcionamento);
Variedades em 1926;
Capitólio em 1931;
ABC em 1956;

Em 1920, por ocasião duma partilha familiar, o Palácio Mayer foi comprado por Artur Brandão, juntamente com os seus anexos e parque. Este, por sua vez, vendeu-o a Luís Galhardo, tendo-se então constituído a sociedade Avenida Parque Lda. (28/5 e 30/11/1921). Galhardo, figura consagrada do meio teatral, estava interessado em criar um novo local de espectáculos. Àquele associou-se um conjunto de homens de negócios. Para tal constituiu-se a Sociedade Avenida Parque (11/2/1922 e 19/7/1924), com dez sócios, destacando-se Elias Azacot, Carlos Borges, Hipácio de Brion e Alberto Pinto Gouveia. Este último iniciaria em 1928 uma liderança familiar (embora partilhada), que prosseguiria com o seu filho Campos Figueira, o seu neto homónimo e o seu bisneto Artur Gouveia (actual responsável da sociedade sucessora, a Avenida Parque, SA).
Este espaço já detinha uma aura lúdica e boémia, pois alojara o Club Mayer, um clube nocturno de revista e jogo, durante 1918-1920. No entanto, a nova sociedade concentrou-se no Parque Mayer, tendo vendido o palacete, que se tornou no Consulado Geral de Espanha, em 1930.
O Parque Mayer foi inaugurado em 15/6/1922, substituindo e incorporando a função lúdica da Feira de Agosto (criada em 1908, na Rotunda), uma das últimas "feiras típicas" da capital, com petiscos, comércio e diversões. Inicialmente apresentou-se em instalações precárias de madeira ("barracas"), mas situava-se numa zona mais central e frequentada.
Nos primeiros anos o recinto designou-se por Avenida Parque, mas o nome antigo acabaria por impor-se correntemente. Com o tempo, transformar-se-ia num moderno e popular recinto de diversões ao ar livre, pretendendo emular o que se fazia em Paris (Luna-Park, Magic-City), Madrid (Retiro), Barcelona (Grande Parque), Sevilha, etc. (...). Mais tarde, esta componente seria ampliada e aperfeiçoada pela Feira Popular de Lisboa (1943).
Entre as diversões que passaram no Parque Mayer destacam-se as "barracas de tiros", os bailes (de fim-de-semana, ou de Carnaval), os circos Royal, El Dorado e Luftman, as "barracas" do "Pôrto de Lisboa" (miniatura animada da Ribeira) ou de "fenómenos" como a "mulher transparente" e a "mulher-sereia" e as pulgas amestradas, o labirinto e a roleta diabólica, a laranjinha, as "variedades", o jogo do quino, o jogo clandestino (para os mais aventureiros), os carrosséis e os fantoches, o Pavilhão Infantil, os "carrinhos de choque", a patinagem, os combates de boxe, a luta greco-romana e a luta livre.

Da história mais recente e de uma boa gestão camarária (?):

Em 1999 os terrenos do Parque Mayer foram comprados pela empresa “Bragaparques” por 13 milhões de euros.
Em 5 de Julho de 2005 a “Bragaparques” permutou os terrenos do Parque Mayer por parte dos lotes municipais de Entrecampos, onde se situava a Feira Popular.
A Câmara Municipal de Lisboa contratou o arquitecto Frank Gehry para elaborar um projecto de reabilitação para o espaço. Depois de pagar 2,5 milhões de euros em honorários, acabou por desistir do projecto. 
A 25 de Janeiro de 2008, a Câmara de Lisboa, já sob a presidência António Costa (PS), aprovou para a Autarquia passar a defender em tribunal a nulidade da permuta dos terrenos da Feira Popular com o Parque Mayer.
O projecto de reabilitação do Parque Mayer foi entregue ao arquitecto Manuel Aires Mateus e abrange toda a área, desde o Jardim Botânico ao Museu da Escola Politécnica.
O plano prevê a construção de um hotel com 100 quartos, um novo teatro com capacidade de 600 espectadores e a possibilidade de remodelação do Teatro Variedades.

Está tudo na mesma, pelo menos fisicamente no local!
As fotos “tristes” aqui ficam e o projecto camarário final prevê, de alguma maneira, a recuperação do histórico Parque Mayer, não como era, mas como comercialmente interessa ser.

Musicalmente, “O Homem da Gaita”, escrito, originalmente, por José Afonso, para o álbum “Com As Minhas Tamanquinhas” de 1976, e interpretado aqui, por Sérgio Godinho, para o álbum “Rivolitz” (ao vivo), de 1998 (com: Sérgio Godinho – voz e guitarra; Nuno Rafael – guitarra, voz e kazoo; João Cardoso – teclados e voz; e Pedro Gonçalves – contrabaixo e baixo eléctrico), vem lembrar que há pessoas que embora façam muita confusão aos outros pela sua diferença, são importantes. Também o Parque Mayer fez a diferença e felicidade de muitas gerações ao levar o Teatro “popular” tido como “de revista”, para todos nós os portugueses. Resistindo à censura “salazarista” durante a ditadura fascista, a qual todos já esqueceram. Muitos, felizmente, nunca viveram nela, e nem tão pouco percebem o que foi essa época.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Milt Jackson – Groups & Soloists of Jazz (X)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Milt “Bags” Jackson (Detroit, Michigan, EUA, 01-01-1923 - Manhattan, New York, EUA, 09-10-1999) – Foi um vibrafonista de Jazz, norte-americano, geralmente considerado como um concertista de “bebop”, embora ele se tenha apresentado a tocar vários tipos de jazz. É, especialmente, lembrado pelos seus solos ligeiros balanceado, não só, como um membro do “Modern Jazz Quartet”, mas também a sua propensão para colaborar, com vários músicos “hardbop” e “pós-bop”.
Músico extremamente expressivo, Jackson diferenciou-se de outros vibrafonistas porque estava atento às variações harmónicas e ao ritmo. Gostava particularmente dos “blues” de doze compassos, em andamentos lentos. Ele preferiu definir o oscilador do vibrafone para umas baixas 3,3 rotações por segundo (isto em oposição, por exemplo, à velocidade de Lionel Hampton, de 10 rotações por segundo). O seu “vibrato” era mais subtil. Ocasionalmente, Jackson também cantava e tocava piano.
Ele foi descoberto por Dizzy Gillespie (trompete), que o contratou para o seu sexteto em 1946 e também o protegeu de grupos maiores. Rapidamente adquiriu experiência, ao trabalhar com as figuras mais importantes do jazz da época, incluindo Woody Herman (clarinete), Howard McGhee (trompete), Thelonious Monk (piano) e Charlie Parker (saxofone.

The Prophet Speaks, no “Jazz Baltic Festival” de 1999, com Mike LeDonne (piano), Mickey Roker (bateria) e Pierre Boussaguet (contrabaixo).


Nuages, com “The Milt Jackson Quartet”, com Makoto Ozone (piano), Jaribu Shahid (contrabaixo) e Tani Tabbal (bateria), em 1995.


Just Friends, no “Jazz Baltic Festival” de 1999, com Mike LeDonne (piano), Mickey Roker (bateria) e Pierre Boussaguet (contrabaixo), e ainda, como convidado, Bobby Hutcherson (vibrafone).


True Blues, com “The Modern Jazz Quartet, com John Lewis (piano), Percy Heath (contrabaixo) e Connie Kay (bateria). No Alexandra Palace, para o “Capital Radio Jazz Festival”, Londres 1982.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Nelo e Idália - Talismãs

Depilação Masculina - Interacção Humorística (CXIV)

Em 20-05-2011. Obrigado.

Depilação Masculina

Este ano reparei uma coisa na praia. Toda a gente parece que faz a depilação. E por toda a gente entenda-se miúdos de 18 anos, coisa que eu quero desesperadamente parecer.

Olho para o meu grupo de amigos: temos todos barriga de cerveja, a maioria ou é careca ou está para ser e pior temos pêlos nos sovacos. E parece que ter pêlo no sovaco é coisa de velho.

Vai daí, decido no outro dia entrar nesse fascinante mundo novo da depilação masculina.

Saco da minha “Gillete” e do meu aparador de cabelo e começo a minha demanda. Dura aproximadamente duas horas e no fim tenho a casa de banho com pintelhos até na minha escova de dentes.

Mas, desde logo noto a evidente mudança. A minha pila parece visivelmente maior atingindo facilmente os 25 cm. Com os pêlos do peito cortado pareço 20 quilos mais magro. E os tomates roçam de alegria um no outro, pela primeira vez desde os meus doze anos.

Rapidamente, quero mostrar ao mundo a minha nova imagem, razão pela qual usei durante uma semana t-shirts de gola em bico até ao umbigo e calças de cinta descida. O pior no entanto ainda estava para vir.

Parece que uma semana depois do meu “new look”, os pêlos começaram a querer crescer.

Neste momento não consigo caminhar dois passos sem ter que coçar os tomates. Não consigo sequer juntar as pernas pelo que pareço alguém que foi enrabado há dois minutos (imagem à qual “t-shirts” com gola em bico não ajudam).

É impossível usar cinto de segurança, porque me toca no peito, e eu tenho alguns 2000 pêlos encravados, incluindo os que estão perto dos mamilos.

Para a próxima, quando quiser parecer jovem e na onda da crista, começo mas é a fumar ganzas.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Gira-Discos (LI)


(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Enigma (1990 – 20xx) - É um projecto musical elaborado por Michael Cretu, e pela sua esposa Sandra Cretu, David Fairstein e Frank Peterson em 1990. Michael é o compositor e o produtor; Sandra dá, frequentemente, o vocal em canções dos “Enigma”. O casal trabalhou também junto no projecto da carreira a solo de Sandra.
Seis álbuns com músicas inéditas, em estúdio, foram produzidos com o nome do projecto e várias outras compilações e misturas pela “Virgin Records”, “Germany Data” e “Crocodile Music”.
Em meados de 1970, Michael Cretu já tinha uma carreira e e vários trabalhos em colaboração, com diversos outros músicos. Contribuiu também para os álbuns da sua mulher, Sandra Cretu. Antes do Enigma, Cretu lançou alguns álbuns a solo, mas não foram particularmente bem sucedidos. Foi então que Cretu traçou a criação de um novo estilo de "New Age Dance”. E em Dezembro de 1990, surge com o álbum de estreia do projecto, “MCMXC A.D.”. O álbum foi o primeiro sucesso comercial de Cretu, com o single "Sadeness", onde eram misturados cantos gregorianos, ritmo altamente dançante e gemidos sensuais de Sandra, que foram altamente peculiares aos ouvidos do público naquele tempo. Outro grande sucesso foi a sensual "Mea Culpa", misturada por vários dos melhores “DJ” da Europa.

"Return to Innocence”, do álbum “The Cross of Changes”, o segundo álbum de estúdio, de 6 de Dezembro de 1993, lançado pela editora “Virgin Charisma”. Composta por Curly / Kuo Ying-nan / Kuo Hsiu-chu.


That's not the beginning of the end
That's the return to yourself
The return to innocence
Love - Devotion
Feeling - Emotion
Love - Devotion
Feeling - Emotion
Don't be afraid to be weak
Don't be too proud to be strong
Just look into your heart my friend
That will be the return to yourself
The return to innocence
If you want, then start to laugh
If you must, then start to cry
Be yourself don't hide
Just believe in destiny
Don't care what people say
Just follow your own way
Don't give up and use the chance
To return to innocence
That's not the beginning of the end
That's the return to yourself
The return to innocence
Don't care what people say
Follow just your own way Follow just your own way
Don't give up, don't give up
To return, to return to innocence.
If you want then laugh
If you must then cry
Be yourself don't hide
Just believe in destiny.

"Sadeness (Meditation)”, do álbum “MCMXC a.D.”, o primeiro álbum, de 3 de Dezembro de 1990, lançado pela editora “Virgin Records”. Composta por Curly, Gregorian, Fairstein.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Animação 3D Autocad

Uma excelente animação feita pelo meu Grande Amigo e ex-colega José Peres, em “Autocad” e em 3D. A valsa de “Danúbio Azul” que aqui é dançada pela Terra e pela Lua, é o tema musical para esta animação. A composição musical foi composta por Johann Strauss II. A sua obra 314, foi estreada em 13 de Fevereiro de 1867.

Zé excelente animação. Quero mais ! Um grande abraço para ti e para os teus.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Rolland Lamb e o Piano do Futuro

Roland Lamb é desenhador e empresário. Aos dezoito anos mudou-se para um mosteiro no Japão, a prática de Budismo de Zen atraiu. E, de seguida, viajou intensivamente, mostrando as suas duas facetas, a de artista visual e a de músico de Jazz. A paixão pelo pensamento de várias culturas levou-o à Universidade de Harvard, onde ele se dedicou à filosofia chinesa e ao sânscrito clássico, antes de estudar no departamento de “Design Product”, no “Royal College of Art”.

Roland Lamb é o fundador e CEO da ROLI, uma empresa de tecnologia de ponta, e inventor da SEA, um “interface” de tecnologia de sensores, uma plataforma de inovação de “hardware” disruptiva que permite que os sensores de pressão de alta resolução possam ser moldados em qualquer formato.

Projectou também a primeira aplicação da AAE Interface, o “Seaboard Grand”, um instrumento musical que reinventa o teclado, como uma superfície tridimensional sensível, que permite a manipulação intuitiva sem precedentes, das características fundamentais do som.
Ele e sua esposa, a romancista Tahmima Anam, vivem em East London com o filho, Rumi.

in http://www.rolandlamb.com/

Seaboard – O Piano do Futuro


Jamie Cullum ao Seaboard

domingo, 12 de janeiro de 2014

Os Festivais das Canções (1978)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Vou andar por aqui a mostrar um pouco da música dos Festivais da Canção, o da RTP e o da Eurovisão. Ouvirão e verão, sempre que haja vídeo no Youtube, os três primeiros lugares de cada um deles.

Euro Festival 1978, em 22 de Abril, Paris (França).

1º. Izhar Cohen (13-03-1951) & Alphabeta (1978 – ????) - A-Ba-Ni-Bi


2º. Jean Vallée (Paul Goeders) (02-10-1941) - L'Amour Ça Fait Chanter La Vie


3º. Joël Prévost (16-02-1950) - Il Y Aura Toujours Des Violons


Festival RTP da Canção de 1978, em 18 de Fevereiro, no Teatro Villaret.

1º. Gemini (1976 – 1979) - Dai Li Dou


2º. José Cid (04-02-1942) – O Meu Piano


3º. Gemini (1976 – 1979)  - O Circo e a Cidade

sábado, 11 de janeiro de 2014

Phil Perry – Jazz Singers (XVIII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Phil Perry (Springfield, Illinois, EUA, 12-01-1952 - 20xx) – É um cantor norte-americano de R&B e Jazz, compositor, músico e ex-membro do grupo de Soul “The Montclairs” (1971-1975).
Em 1972, os “The Montclairs” gravavam para a etiqueta “Paula” com baladas de soul que incluíam "Dreaming's Out Of Season", " Prelude to a Heartbreak " e " Begging's Hard To Do". Os “The Montclairs” deixaram a discográfica “Paula” e dissolveram-se em 1975.
Perry mudou-se para a Califórnia, com o ex-colega de grupo, Kevin Sanlin , e uniram-se como um duo, que teve uma vida curta de dois álbuns, editados para a “Capitol” no inícios de 80, produzidos por Chuck Jackson e Dr. Cecil Hale. Uma música apenas “Just to Make You Happy” com sucesso nas rádios.
Em 1985 ele casou-se com a cantora Lillian "Tang" Tynes , e começou uma parceria casamento que dura desde então. Os “Perry” são caracterizados por cantarem de fundo para inúmeros projetos e jingles de TV/Rádio , bem como em um dueto intitulado " Do Not Disturb' do álbum “One Heart One Love”, editado em 1998. Lillian Perry também é destaque nas vocalizações dos cinco álbuns a solo de Phil Perry. O casamento de quase 25 anos produziu quatro filhos, José, Paloma, Filipe II, e Jacob.
Na década de 90 ele teve o seu maior sucesso com o número um, em R&B, "Call Me", previamente gravado e escrito por Aretha Franklin, uma nova versão do sucesso de 1970, e também o N.º 40 quarenta, em R&B, de singles "Amazing Love".
Phil Perry também é destaque em muitos projectos da “GRP Records”, com o guitarrista Lee Ritenour, em particular.

Forever, Ao vivo em “Strand”, 18 de Maio de 1991. Dave Koz (saxophone), Phil Perry (voz), Don Boyette (baixo), Mark Shulman (bateria), Carl Burnett (guitarra), Don Wyatt (teclas), Kevin Richard (percussão), Joyce Imbesi (teclas), Leslie Smith, Anita Sherman e Delta Dickerson (vocais).


If Only You Knew, ao vivo no Java Jazz Festival de 2012.


Eveything Must Change, 2010 Valentines Cruise.


Shine On Me, 2010 Valentines Cruise.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Lisboa (VII) - A Casa do Alentejo

Ninguém dá nada por este edifício do lado de fora, mas internamente, é extremamente bonito. Merecia um restauro de verdade, houvesse dinheiro para isso. O antigo “Grémio Alentejano” foi fundado em 10 de Junho de 1923. Entrei aqui pela primeira vez, pela mão do meu pai, há mais de 40 anos. Antes da “pretensa” Revolução era reservada a sua entrada ao “Direito de Admissão”, mas como existia uma pessoa conhecida, costumávamos lá ir, jogar bilhar. Verdade que não foram muitas as vezes, mas foram as suficientes para não me esquecer e voltar lá depois do 25 de Abril, onde durante alguns dias, da minha vida, era o local predilecto para o almoço dos Sábados, com a minha família.
Se não conhecem, sugiro que o façam. A “Casa do Alentejo” está situada na Rua das Portas de Santo Antão, a mesma da, do Coliseu dos Recreios, mesmo em frente à Rua Jardim do Regedor (hoje passeio pedestre!), rua essa que desemboca na Praça dos Restauradores.
Tem dois grandes salões espectaculares que estão paredes meias, separados por um palco que dá para as duas salas. Num deles é costume fazerem festas e bailaricos de Carnaval.
Link: https://www.facebook.com/palacioalverca

Para ilustrar musicalmente este conjunto de fotografias, trago aqui ao “O Pacto Português”, o grande José Afonso e a sua canção “Cantar Alentejano” dedicada a Catarina Eufémia, mártir da GNR e assassinada grávida.

Um pouco da biografia de Zeca, compilada por Viriato Teles:

“…Zeca Afonso foi um notável compositor de música de intervenção, durante um dos mais conturbados períodos da história recente portuguesa. Como compositor, soube conciliar de forma notável a música popular e os temas tradicionais com a palavra de protesto.
José Afonso, de nome completo José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, nasceu em Aveiro, a 2 de Agosto de 1929, filho de José Nepomuceno Afonso, magistrado, e de Maria das Dores, professora primária.
Em 1930 os pais vão para Silva Porto (actual Cuíto), Angola, onde o pai havia sido colocado como Delegado do Ministério Público. Por razões de saúde, José Afonso permanece em Aveiro, na casa da Fonte das Cinco Bicas, confiado à tia Gigé e ao tio Xico, um "republicano anticlerical e anti-sidonista". Por insistência da mãe, em 1932, e já com três anos e meio de idade, segue para Angola, no vapor Mouzinho, acompanhado por um primo que ia em lua-de-mel, e que o deixa ao abandono vindo a agarrar-se a um sacerdote, a única pessoa que lhe presta atenção.
José Afonso segue atentamente a crise estudantil de 1962. Em Faro convive com Luiza Neto Jorge, António Barahona, António Ramos Rosa e Manuel Pité, e namora com Zélia, natural da Fuzeta, que será a sua segunda mulher e com quem terá mais dois filhos, Joana e Pedro. É José Afonso quem nos diz: «O conhecimento da Zélia, num lugar do Algarve, reconciliou-me com a água fresca e com os tons maiores. Passei a fazer canções maiores». Para o álbum colectivo "Coimbra Orfeon of Portugal", editado pela Monitor (dos Estados Unidos), José Afonso grava dois temas – "Minha Mãe" e "Balada Aleixo" – em que rompe definitivamente com o acompanhamento das guitarras. Nestas duas baladas é acompanhado exclusivamente à viola por José Niza e Durval Moreirinhas. Realiza digressões pela Suíça, Alemanha e Suécia, integrado num grupo de fados e guitarras, na companhia de Adriano Correia de Oliveira, José Niza, Jorge Godinho, Durval Moreirinhas e ainda da fadista lisboeta Esmeralda Amoedo. Em 1963, conclui a licenciatura na Faculdade de Letras de Coimbra com uma tese sobre Jean-Paul Sartre: "Implicações Substancialistas na Filosofia Sartriana". Em 1962 e 1963 são editados dois EP intitulados "Baladas de Coimbra", com Rui Pato à viola, dos quais fazem parte as belíssimas "Menino d'Oiro", "No Lago do Breu", "Canção do Vai... e Vem" e "Menino do Bairro Negro", esta última inspirada nos meios sociais miseráveis do Porto, no Bairro do Barredo. A balada "Os Vampiros", incluída no EP de 1963, tornar-se-á, juntamente com a "Trova do Vento que Passa" (gravada no mesmo ano por Adriano Correia de Oliveira), um dos símbolos maiores da resistência antifascista até ao advento da liberdade.
No Natal de 1971, é lançado o LP "Cantigas do Maio", com direcção musical de José Mário Branco, gravado em Herouville (perto de Paris), no Strawberry Studio, um dos mais caros e afamados da Europa. O álbum conta ainda com a participação de Carlos Correia (Bóris), Francisco Fanhais e vários músicos franceses, entre os quais, o percussionista Michel Delaporte. Além de "Grândola, Vila Morena", o disco inclui temas tão emblemáticos como "Cantigas do Maio", "Cantar Alentejano" (em homenagem a Catarina Eufémia, assassinada pela GNR), "Maio, Maduro Maio" e "Mulher da Erva". É geralmente considerado o melhor álbum de José Afonso e representa o momento de viragem para formas de acompanhamento instrumental mais enriquecidas e elaboradas. A editora Nova Realidade publica o livro "Cantar de Novo".
José Afonso vem a falecer no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, com 57 anos de idade. O funeral realiza-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o Cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal. O funeral demorou duas horas a percorrer 1300 metros. Envolvida por um pano vermelho sem qualquer símbolo, como pedira, a urna foi transportada, entre outros, por Sérgio Godinho, Júlio Pereira, José Mário Branco, Luís Cília e Francisco Fanhais….”

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Jazz Standards (CVIII)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Billie’s Bounce (#112) - Música e Letra de Charlie Parker
A composição de Charlie Parker, "Billie’s Bounce" em “F major blues”, foi gravada em Novembro de 1945, para a editora “Savoy Records”. O seu quinteto incluía o jovem Miles Davis (trompete), Curley Russell (contrabaixo), Max Roach (bateria) e Dizzy Gillespie (trompete e piano). Enquanto muitos associam o título da canção, com Billie Holiday, Brian Priestley em “Chasin’ the Bird: The Life and Legacy of Charlie Parker” diz que o título refere-se a Billie, o secretário de Dizzy Gillespie, o agente Billy Shaw, ex-trompetista para quem Gillespie nomeou a sua composição "Shaw ‘Nuff ".
Na sua análise do estilo de Parker e na sua contribuição para o “bop”, Priestley diz: "Na verdade, é a primazia absoluta da variedade rítmica no seu toque, que agora é totalmente aceite - em teoria, pelo menos - como sendo uma das suas principais conquistas."
Priestley salienta, mais tarde, que “…a música de Parker é altamente compatível com secções rítmicas afro-latinas. ‘Billie’s Bounce’ ou ‘Moose the Mooche’ podem ser tocadas em ritmo ‘latino’, ou nos seus derivados ‘soul’ e ‘funk’, sem alterar a linha melódica ou a acentuação."

Charlie Parker (Kansas, Missouri, EUA, 29-08-1920 – New York, EUA, 12-03-1955)


Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996) – Ao vivo no Festival de jazz de Montreux, em 1977.


George Benson (Pittsburgh, Pennsylvania, EUA, 22-03-1943 - 20xx)


Manuela Mameli (nnnn – 20xx) – Com Manuela Mameli (voz), Oscar Fridolfsson (bateria), Robin Jonsson (contrabaixo), Carl Sjöström (guitarra), Marina Cyrino (flauta), Denis Diaz (percussão), Davod Basiri (pandeiro) e Gustav Afshai (piano).


Letra

You know it's hard to fall out of love with you
'cos you do feel the blue
With everything I wanted you to
I never felt so good about loving you
You were the one to take me up
I hope you never stop
Doing the things you do
Billy's Bounce
You know it's hard to fall out of love with you
'cos you do feel the blue
With everything I wanted you to
I never felt so good about loving you
You were the one to take me up
I hope you never stop
Doing the things you do
Billy's Bounce
You know it's hard to fall out of love with you
'cos you do feel the blue
With everything I wanted you to
I never felt so good about loving you
You were the one to take me up
I hope you never stop
Doing the things you do
Billy's Bounce

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)