Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lumiére - “True Grit” (Indomável)

“True Grit” (Indomável)


Sobre o Filme

“True Grit” (Indomável), dos irmãos Coen, Joel David e Ethan Jesse, é baseado na novela de Charles Portis, e foi estreado em 2010. As filmagens decorreram, primariamente, em Granger (Texas), com algumas filmagens em Austin (Texas).
Em 1969, Henry Hathaway realizou uma adaptação do filme, chamada “Velha Raposa”, com John Wayne, Robert Duvall e Dennis Hopper.



Intérpretes e Personagens

Jeff Bridges - U.S. Marshal Reuben J. "Rooster" Cogburn
Matt Damon - Texas Ranger LaBoeuf
Josh Brolin - Tom Chaney
Hailee Steinfeld - Mattie Ross
Barry Pepper - "Lucky" Ned Pepper
Domhnall Gleeson - Moon (The Kid)
Ed Lee Corbin - Bear Man (Dr. Forrester)
Roy Lee Jones - Yarnell Poindexter
Paul Rae - Emmett Quincy
Nicholas Sadler - Sullivan
Bruce Green - Harold Parmalee
Joe Stevens - Lawyer Goudy
Dakin Matthews - Colonel Stonehill
Elizabeth Marvel - 40-year-old Mattie
Leon Russom - Sheriff
Jake Walker - Judge Isaac Parker
Peter Leung - Mr. Lee
Don Pirl - Cole Younger
Jarlath Conroy - The Undertaker
J.K. Simmons - Lawyer Daggett (Voice Only)

Prémios

O filme é um dos mais falados - possível nomeado ao Óscar de Melhor Filme, na próxima edição dos prémios da Academia, agendados para hoje, dia 27 de Fevereiro, no Kodak Theatre, em Hollywood.



Sobre o/s Realizador/es

Joel David Coen, nascido a 29 de Novembro de 1954 e Ethan Jesse Coen nascido a 21 de Setembro de 1957, conhecidos, profissionalmente, como os irmãos Coen, são realizadores cinematográficas norte-americanos. Eles escrevem, dirigem e produzem os seus filmes em conjunto, embora mais recentemente Joel dirija e Ethan produza.

Filmografia

De Joel David Coen:

1984 - Blood Simple;
1987 - Raising Arizona;
1990 - Miller's Crossing;
1991 - Barton Fink;
1994 - The Hudsucker Proxy;
1996 – Fargo;
1998 - The Big Lebowski;
2000 - O Brother, Where Art Thou?;
2001 - The Man Who Wasn't There;
2003 - Intolerable Cruelty.

De Joel David Coen & Ethan Jesse Coen:

2004 - The Ladykillers;
2007 - No Country for Old Men;
2008 - Burn After Reading;
2009 - A Serious Man;
2010 - True Grit.

Trailer original



Legendado em Brasileiro



Opinião

Independentemente, dos Óscares que hoje este filme possa arrecadar, o que vi ontem no cinema, desiludiu-me. Óbvio que quem realiza sobre livros escritos, das duas uma, ou consegue “dar-lhes a volta” ou o filme, como é o caso, é uma mera descrição do livro. A novela de Portis é definitivamente uma história fraquinha passada no velho Oeste norte-americano. Conta a história de uma rapariguinha de 14 anos (Hailee Steinfeld no papel de Mattie Ross) que parte, com um Marshall (Jeff Bridges no papel de U.S. Marshal Reuben J. "Rooster" Cogburn) e um Texas Ranger (Matt Damon no papel de Texas Ranger LaBoeuf) em busca do criminoso (Josh Brolin no papel de Tom Chaney) que matou o seu pai.
Restam-nos as interpretações, que são razoáveis, nomeadamente a de Jeff Bridges, o guarda-roupa, as imagens e o som. Mas isso, com a máquina de fazer cinema norte-americana, e o dinheiro investido, já não conta assim tanto. Tecnologicamente também, os filmes cada vez hoje valem menos. Estamos na era do digital e não há desculpa para má imagem ou mau som. Tudo ou quase tudo é filtrado, quando não é feito, em computador.
Para mim, o cinema, vale (sempre valeu !) pela mensagem que o filme deve passar. Já há muito que a 7ª. Arte deixou de ser a arte da imagem.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Jazz Standards (III)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:

“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.

… e …

Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Willow Weep for Me (#13) - Letra e Música de Ann Ronell
Willow Weep for Me” foi introduzida pelo vocalista e “assobiador” Muzzy Marcelino, actuando com a orquestra de Ted Fio Rito. Em Outubro de 1932, a gravação da “Brunswick” entrou nas tabelas em 3 de Dezembro de 1932, subindo ao 17º. Lugar. Em 17 de Dezembro Paul Whiteman e a sua orquestra gravaram com a cantora Irene Taylor e entraram para as tabelas subindo ao número dois. 32 anos mais tarde, em 1964, esta canção “Willow Weep for Me” emergiu nas tabelas, desta vez com o duo britânico “Chad & Jeremy”.

Hank Jones (Vicksburg, Mississippi, United States, 31-07--1918 – Manhattan, New York, United States, 16-05-2010) – No Carnegie Hall, em 6 de Abril de 1994, no 50º. Aniversário da editora “Verve”.



Billie Holiday (Filadélfia, 07-04-1915 — New York, 17-07-1959).



Letra (versão de Billie Holyday)

Willow weep for me
Willow weep for me
Bent your branches down along the ground and cover me
Listen to my plea
Hear me willow and weep for me
Gone my lovely dreams
Lovely summer dreams
Gone and left me here
To wheep my tears along the stream
Sad as I can be
Hear me willow and weep for me

Whisper to the wind and say thay love has sinned
To leave my heart a sign
And crying alone

Murmur to the night
Hide her starry light
So none will find me sighing
Crying all alone
Wheeping willow tree
Wheeping sympathy
Bent your branches down along the ground and cover me
Listen to me plee
Hear me willow and weep for me

Willow
Willow
Willow
Wheep for me

Phil Woods (Springfield, Massachusetts, 02-11-1931 - 20xx) – No “show” de David Sanborn em 1990.



Tin Hat (Trio) – Em 16 de Fevereiro de 2003, com a “Chamber Orchestra” de Philadelphia dirgida por Jeri Lynne Johnson. Mark Orton (guitarra), Rob Burger (acordeão), Celeste (harmónica) e Carla Kihlstedt (voz).



Letra (versão dos Tin Hat Trio)

Willow weep for me, willow weep for me,
Bend your branches green along the stream that runs to sea,
Listen to my plea, listen willow weep for me,
Gone my lover's dream, lovely summer dream,
Gone and left me here to weep my tears into the stream,
Sad as I can be - Hear me willow and weep for me.

Whisper to the wind to say that love has sinned
To leave my heart a breaking and making this moan,
Murmur to the night to hide her starry light,
So none will find me sighing and crying all alone,
Weeping willow tree, weep in sympathy,
Bend your branches down along the ground and cover me,
When the shadows fall, bend oh willow and weep for me.

To leave my heart a breaking and making this moan,
So none will find me sighing and crying all alone,
Weeping willow tree, weep in sympathy,
Bend your branches down along the ground and cover me,
When the shadows fall, bend oh willow,
Bend oh willow and weep for me.

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

De facto Boa Música – Vocal Jazz (I)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos).

Madeleine Peyroux (1973 – 20xx) – Peyroux (pronuncia-se como o país Perú) nasceu em Atenas, Georgia e cresceu entre Brooklyn, Califórnia do Sul e Paris. Foi na “cidade da luz”, como vulgarmente é conhecida a capital da França que ela encontrou a sua voz. Quando jovem ela tocou na rua e em 1989 ela começou a actuar com um grupo de “buskers” (pessoas que tocam em cidades a troco de dinheiro). Nessa altura ela juntou-se ao grupo “Lost Wandering Blues & Jazz Band” tornando-se a única mulher do grupo, o qual fez digressões pela Europa durante alguns anos. Madeleine faz a sua primeira gravação em 1996, com o seu espectacular primeiro álbum “Dreamland”.
Madeleine foi confrontada com um verdadeiro caudal de críticas. Foi comparada com Billie Holiday. Muitos se questionaram como alguém tão novo conseguia cantar canções clássicas de Holliday, Bessie Smith e Patsy Cline, tão convincentemente, como se fossem suas. A revista “Time Magazine” disse de Peyroux, quando da saída do álbum “Dreamland” que era a jovem cantora com a voz mais excitante e envolvente na ribalta desse ano.
Madeleine, a americana que vivera em Paris, como cantora de rua, de repente encontra-se no caminho correcto para a fama. Aparições em “Lilith Fair” e festivais de “jazz”, e primeiras partes nos concertos de Sarah McLachlan e Cesária Évora. Entretanto o álbum “Dreamland” chegava às impressionantes 200.000 cópias mundiais. Oito anos depois edita “Careless Love” na editora “Rounder Records”, em Setembro de 2004. São já seis álbuns, de 1996 a 2009. O último “Bare Bones” saíu em 2009.

Tema “Half the Perfect World”, de 2006, do seu quarto álbum de estúdio. Composto por Leonard Cohen e Anjani Thomas.



Tema “Careless Love”, de William C. Handy, Martha Koenig e Spencer Williams, composto em 1926. Do seu álbum com o mesmo nome, em 2004.



Tema “A Little Bit” de 2006, do seu quarto álbum de estúdio. Composto por Madeleine Peyroux, Larry Klein e Joe Harris.



Tema “This Is Heaven To Me”, composto por Frank Reardon–Ernest Schweikert. Do seu álbum “Careless Love” (2004).

A gata do PS - Interacção Humorística (III)

Em 22-05-2009. Obrigado.

A gata do PS

Era uma vez uma menina que chegou à escola e disse à professora:

- A minha gata teve quatro gatinhos e são todos do PS.

A professora achou muita graça e no dia seguinte, quando passou por lá o inspector, pediu à aluna que contasse a história da gata:

- A minha gata teve quatro gatinhos e dois são do PS.

- Então mas ontem não eram todos do PS?

- Sim, mas dois já abriram os olhos!

Post Scriptum: Esta anedota serve, obviamente, para qualquer partido. Nós não precisamos de partidos, precisamos de pessoas honestas para levar a nossa Caravela a bom porto, caso contrário, vamos passar a vida com conversa do “chacha”.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nada substitui o papel (*) (II)

Umas poucas palavras, sem querer contestar sequer o futuro do papel e opiniões aqui já expressas sobre ele.
Apesar das novidades em louça de casa de banho e das novas sanitas com lavagem acoplada, penso que nunca iremos “limpar o cú” a um “site” ou “link” da Internet. Graças a Deus há o “papel higiénico” ou a pedra !

A importância de uma invenção com quase 2.000 anos é aqui em dois pequenos “clips” do Youtube que me foram cedidos pelo meu amigo desde o tempo do liceu, Luís Gaspar, e que foi um dos intervenientes neles, exibida como um importante e expressivo meio terráqueo de comunicarmos.





Obrigado e um grande Abraço Luís Manuel, pela tua (vossa) intervenção no programa do Manuel Luís Goucha, na TVI. Foi extremamente importante, para quem ainda acredita em formas dignas e cultas de comunicarmos uns com os outros.

(*) O papel pensa-se que terá sido inventado na China, durante a dinastia Han, entre 206 AC e 221 DC. Terá seguramente mais de 1.700 anos de história.

Quem mais Português e Lutador que o Zeca ??!!

Isto não vai lá com escrita e com Blogs !

Mais dia, menos dia teremos de sair para a rua para irmos todos reclamar pelos nossos direitos, como cidadãos, como seres humanos.

Quem se julgam alguns mais importantes do que outros ?

Comida, tecto, saúde, e educação, a isso todos temos direito, independentemente de vivermos na “barraca” ou num condomínio fechado.

Para quem não entenda ou não queira entender, isto não é discurso partidário, nem conectado com doutrina política alguma, é simplesmente um direito de todo o ser humano.

Ou somos tão cínicos que para umas coisas apoiamos instituições humanitárias e para outras não ?!

Vamos começar a mudar, mais que não sejam as nossas atitudes sobre quem tem direito a quê, e para com os outros, aqueles que são mais necessitados.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Jazz Standards (II)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:

“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.

… e …

Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

What Is This Thing Called Love? (#8) - Letra e Música de Cole Porter
Em 27 de Março de 1929, a cantora Elsie Carlisle, Britain’s “Radio Sweetheart Number One” (a britânica, amorosa Nº. 1 da Rádio), cantou pela primeira vez “What Is This Thing Called Love?” no “London Pavilion. A canção fazia parte da revista musical “Wake Up and Dream” com letras e música de Cole Porter e do livro de John Hastings Turner.

Leo Reisman (11-10-1897 - 18-12-1961) & Orquestra



Gwyneth Paltrow (Los Angeles, 27-09-1972) – Do filme “Infamous”.



Letra (versão de Gwyneth Paltrow) extensível a Leo Reisman & Orchestra

What is this thing called love ?
This funny thing called love ?
Just who can solve its mystery ?
Why should it make a fool of me ?

I saw you there one wonderful day
You took my heart and threw it away
thats why I ask the lord
in heaven above
what is this thing called love?

… (?) … refrão.

Lamento, algumas falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

Art Pepper (Gardena, 01-09-1925 – Panorama City, 15-06-1982) (Quartet) – Do álbum “Modern Art” com Art Pepper (saxophone alto sax), Russ Freeman (piano), Ben Tucker (contrabaiox) eChuck Flores (bateria).



Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998) – Gravado por ele em 1955 para o álbum "In the We
e Small Hours", com orquestração de Nelson Riddle.



Letra (versão de Frank Sinatra)

What is this thing called love ?
This funny thing called love ?
Just who can solve its mystery ?
And why should it make a fool of me ?

I saw you there one wonderful day
But you took my heart and you threw my heart away
Thats why I ask the lord up in heaven above
Just what is this thing called love ?

De facto Boa Música – Vocal Brasileira (II)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Djavan Caetano Viana (Maceió, 27-01-1949 – 20xx)
- É um cantor, compositor, produtor musical e violonista brasileiro. Djavan combina ritmos sul-americanos com música popular dos Estados Unidos, Europa e África. Entre os seus sucessos musicais destacam-se, "Seduzir", "Flor de Lis", "Lilás", "Pétala", "Se…", "Eu te Devoro", "Açaí", "Segredo", "A Ilha", "Faltando um Pedaço", "Oceano", "Esquinas" e "Boa Noite".
Nascido em Maceió, capital de Alagoas, filho de uma mãe afro-brasileira e de um pai de origem holandesa e brasileira. A sua mãe era lavadeira, e entoava canções de Ângela Maria e de Nelson Gonçalves. Aprendeu a tocar violão sozinho na adolescência. Sempre gostou muito de jogar futebol. As composições de Djavan já foram gravadas por Al Jarreau, Carmen McRae, The Manhattan Transfer, Loredana Bertè, Eliane Elias (piano e vocal); e, no Brasil entre outros por Gal Costa, João Bosco, Chico Buarque, Daniela Mercury, Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Simone, Caetano Veloso e Maria Bethânia.
O seu álbum duplo “Djavan Ao Vivo”, vendeu 1,2 milhões de cópias e a sua canção "Acelerou" foi escolhida a melhor canção brasileira de 2000 no Grammy Latino. No ano 2000, Djavan recebeu os Prémios Multishow de melhor cantor, melhor Show e melhor CD. O seu último álbum, intitulado “Matizes”, foi lançado em 2007 e Djavan partiu em digressão através do Brasil para promovê-lo.
Da sua discografia fazem parte 18 álbuns, 1 Banda Sonora e 6 álbuns especiais.

Tema “Oceano”, de 1989, do seu décimo álbum e com o mesmo nome “Oceano”.



Tema “Meu Bem Querer”, de 1998, do álbum “Bicho Solto”, o seu décimo terceiro álbum.



Tema “Um Amor Puro”, de 1999, do seu primeiro álbum ao vivo em comemoração dos seus 25 anos de carreira.



Tema “Açaí”, de 1982, do álbum Luz, quinto álbum.

De facto Boa Música – Vocal Portuguesa (II)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Dulce José Silva Pontes (Montijo, 08-04-1969 – 20xx) – É uma das cantoras portuguesas mais populares e reconhecidas internacionalmente. Canta canções “pop”, música tradicional portuguesa (fado e folclore incluído), bem como música clássica.
Costuma definir-se como uma artista da música do mundo (“World Music”). Também compõe alguns dos temas que canta. A sua actividade artística contribuiu para o renascimento do fado na década de noventa, do século passado. Dulce distingue-se principalmente pela sua voz, que é versátil, dramática e com uma capacidade invulgar de transmitir emoções. É uma soprano dramático com uma voz potente, versátil e penetrante. É considerada uma das melhores artistas dentro do panorama musical português. Já actuou em palcos como o “Carnegie Hall” e ao lado de nomes como Enio Morricone compositor e maestro), Andrea Bocelli (tenor) e José Carreras (tenor).

9 Álbuns, 1 Single, 2 Colectâneas e 11 Álbuns em colaboração.

Tema “Lusitana Paixão”, que concorreu ao Festival Europeu da Canção em 1991. Foi composta por Jorge Quintela e José da Ponte e letra de Fred Micaelo e José da Ponte. A versão para o Festival foi orquestrada por Fernando Correia Martins.



Tema “Canção Do Mar”, de 1955, composta por Frederico de Brito e Ferrer Trindade. Foi celebrizada por Amália Rodrigues no filme “Os Amantes do Tejo” sob o nome “Solidão”. Existe uma versão de Anamar, datada de 1987. Aqui do álbum “Lágrimas” de Dulce Ponte editado em 1993.

Lamento o sincronismo e a falta de qualidade linguística das legendas (Ricardo Santos).



Tema “Lágrima”, de Amália Rodrigues e Carlos Gonçalves. Aqui do álbum “Lágrimas” de Dulce Ponte editado em 1993.



Tema “Your Love”, composto por Ennio Morricone.

Conselho de Amigo - Interacção Humorística (II)

Em 22-05-2009. Obrigado.





quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Prosia - Acendi e apaguei a luz

No sofá

Uma maneira de te manteres acordado,
É pegares num alfinete e picares-te.
Certamente assim, não serás ludibriado.
A intenção de todos os vampiros é chupar-te.

Adormeces

A redoma de vidro que reflecte o corpo.
Antigamente, existia uma varanda para a calçada.
Contemplas a terra, com um olhar absorto,
À espera da tua mulher esbelta e alada.

Essa que te libertará da prisão pessoal,
Aquela que pegará em ti e voará por cima,
Em direcção a qualquer endereço astral,
Onde farás parte, finalmente, de uma rima.

Acordas

O vento que massaja a face molhada,
A chuva forte que encharca a roupa.
A barba cresceu, branca, imaculada.
Passou a vida, um breve fechar de boca.

Uma lágrima que foi mal chorada,
Um sorriso que foi correspondido,
Uma raiva que te foi domesticada,
Um desejo que te foi querido.

No leito

Ainda pensas “como isto foi veloz !”
Há dias eras uma criança inocente.
Fizeste mal, também, a alguns de nós,
Mas afinal, querias ser feliz, somente.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Nada substitui o papel (*) - Dama de Espadas - Mário Zambujal

De Mário Zambujal, o autor da “Crónica dos Bons Malandros” acabei de ler um conto despretensioso e bem escrito que aconselho. “A Dama de Espadas” é uma história da vida interessante que centra o seu enredo na personagem de Filipe que é amado por Eva Teresa, irmã mais nova de Rosália, filhas dos Lucas. Talvez com um final inesperado. Até poderia dar uma curta-metragem cinematográfica, não fôramos nós portugueses, um pais de “pelintras”, de que tudo o que vem lá de fora é que é bom, e de que os nossos “irmãos” do outro lado do Oceano é que sabem fazer novelas. Um “chorrilho” de asneiras, claro !
Artistas, e pessoas inteligentes e sábias, é o que não falta por cá. O que faltam são empresários e dirigentes de qualidade. Temos muitos de uns e de outros, mas de “lápis atrás da orelha”. Nome que, antigamente, era dado aos merceeiros, que puxavam do seu lápis, afiado na navalha, e faziam ou assentavam as contas, num papel pardo de embrulho, ou num livro de débito e crédito, daqueles que pagavam ao mês.
Aconselho este conto singelo.

(*) O papel pensa-se que terá sido inventado na China, durante a dinastia Han, entre 206 AC e 221 DC. Terá seguramente mais de 1.700 anos de história.

Ainda se lembram da “Crónica dos Bons Malandros” ? eis aqui a lembrança do seu “genérico” (incompleto). Filme de Fernando Lopes, comédia de 1984, com banda sonora “O Malandro” interpretada por Paulo de Carvalho.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mudam-se as vontades...

O “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” terminou. Acabou no início, como se diz agora, da 4º. Temporada ou “Season”, se quisermos ser mais “in” e mais actuais.

Eu não terminei, obviamente, e ainda bem (digo eu!). Vou continuar por aqui com um novo Blog, intitulado “O Pacto Português”. Era algo que eu tinha de fazer para me contextualizar e definir em relação ao acordo ortográfico.

Não vai ser muito diferente do Blog anterior, mas vai ser em Português (anti acordo) e algumas vezes mais antigo ainda. É o meu “cartaz” de contestação, contra o que eu acho ser, a falta de personalidade de um povo. E mais não comento!

Quem me quiser continuar a visitar agora neste novo capítulo da minha história bloguística, dar-me-á um grande prazer. Desculpem de terem, somente e novamente, se o quiserem fazer claro, de me adicionar e perseguir.

Sejam Bem-Vindos ao Português da Língua de Pessoa em “O Pacto Português”. Eu adoptei falar esta Língua, de facto, difícil, “traiçoeira”, mas que é a minha. É aquela que me dá o prazer de comunicar, ao escrevê-la e ao falá-la, com todos vocês que conheci, conheço e conhecerei.

Jazz Standards (I)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:

“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.

… e …

Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Lover Man (#7) – Letra e Música de James Edward Davis, Ram Ramirez e Jimmy Sherman
Na sua autobiografia “Lady Sings the Blues”, Billie Holiday conta que «Jimmy Davis estava no Exército, quando escreveu “Lover Man”, e trouxe-me a composição, logo até mim.» Infelizmente, antes que a pudesse gravar, Davis foi obrigado a viajar para a Europa, e Billie Holyday nunca mais o viu. Enquanto a cantora não menciona Jimmy Sherman, ela lamenta que Ram Ramirez tenha recebido todos os créditos pela letra de “Lover Man”, mas isto é apenas parte da história.

Sarah Vaughan (Newark, 27-03-1924 — Los Angeles, 03-04-1990).



Letra (versão de Sarah Vaughan), extensível a Nora Jones e a Ella Fitzgerald.

I don't know why but I'm feeling so sad
I long to try something I never had
Never had no kissin'
Oh, what I've been missin'
Lover man, oh, where can you be?

The night is (so) cold and I'm so alone
I'd give my soul just to call you my own
Got a moon above me
But no one to love me
Lover man, oh, where can you be?

I've heard it said
That the thrill of romance
Can be like a heavenly dream

I go to bed with a prayer
That you'll make love to me
Strange as it seems

Someday we'll meet
And you'll dry all my tears
Then whisper sweet
Little things in my ear
(Just) Hugging and a-kissing
Oh, what I've been missing
Lover man, oh, where can you be?

Norah Jones (Brooklyn, 30-03-1979 - 20xx)



Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996) – No programa de Andy Williams, em 11 de Setembro de 1966.



Charlie Parker (29-08-1920 – 12-03-1955) – Do álbum “Charlie Parker On Dial”, com Howard McGhee (trompete), Charlie Parker (saxofone alto), Jimmy Bunn (piano), Bob Kesterson (contrabaixo) e Roy Porter (bateria). Gravado nos estúdios C.P. MacGregor, em Hollywood, em 29 de Julho de 1946.

De facto Boa Música – Vocal Portuguesa (I)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Manuel Paulo de Carvalho Costa (Lisboa, 15-05-1947 – 20xx) - é um cantor português. Paulo de Carvalho começou, como baterista. Em 1962 foi um dos fundadores dos “Sheiks”. O sucesso da carreira da banda, a que chamaram “Os Beatles portugueses”, pôs-lhe fim às veleidades futebolísticas nos juniores do Benfica.
Musicalmente Paulo de Carvalho é um artista completo, muito mais canções o dariam a conhecer nos seus vários estilos musicais, ficam estes temas para aqui o enaltecer.

Tema “Corre Nina”, de 1970, composto por Pedro Osório e José Carlos Moura Portugal Sobral.



Tema “Flor Sem Tempo”, de 1971, composto por José Calvário e José Sotto Mayor.



Tema “E Depois Do Adeus”, de 1974, uma das senhas da Revolução do “25 de Abril”, composto por José Calvário e José Niza.



Tema “Nini Dos Meus 15 anos”, de 1978, composto por Paulo Carvalho e Fernando Assis Pacheco.

De facto Boa Música – Vocal Brasileira (I)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Marisa de Azevedo Monte (Rio de Janeiro, 01-07-1967 – 20xx) é uma consagrada cantora, compositora, instrumentista e produtora musical brasileira. Vencedora de 3 prémios “Grammy Latino”, também já ganhou vários “Video Music Brasil”, Prémio “Multishow de Música Brasileira”, “Associação Paulista de Críticos de Arte” e “Prémio TIM de Música”, entre outros prémios nacionais e internacionais. Marisa já vendeu 10 milhões de CD’s e DVD’s no mundo todo, no Brasil em 2009 ela atingiu os 5,850 milhões e 325 mil DVD’s. Marisa é considerada pela revista “Rolling Stone Brasil” - uma das mais notáveis revistas do mundo no segmento de música - como a maior cantora do Brasil, posto este antes ocupado por Elis Regina, ela também tem dois álbuns (“MM” de 1989 e “Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão” de 1994) na lista dos 100 melhores discos da história da música brasileira. Em 2006 foi eleita pela “Associação Paulista de Críticos de Arte” a "Melhor Artista de 2006". Ela é considerada a cantora que mais influenciou cantoras que se lançaram a partir da década de 90 em diante.
15 Álbuns na sua discografia, entre discos gravados ao vivo e em estúdio. 23 músicas gravadas em temas para novela e 7 grandes espectáculos no Brasil.

Tema “Não É Fácil”, composto por Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes. Incluído no álbum “Memórias, Crónicas e Declarações de Amor” editado em 2000. O seu quinto álbum de estúdio.



Tema “Amor I Love You” , composto por Marisa Monte e Carlinhos Brown. Fazendo parte do seu álbum “Memórias, Crónicas e Declarações de Amor” editado em 2000. O seu quinto álbum de estúdio.



Tema “Sou Seu Sabiá” , composto por Caetano Veloso. Incluído no seu álbum “Memórias, Crónicas e Declarações de Amor” editado em 2000. O seu quinto álbum de estúdio.



Tema “Beija Eu”, composto por Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Arto Lindsay. Faz parte do seu segundo álbum, denominado “Mais” (1991).

Sem o tigre por perto - Interacção Humorística (I)

Em 21-05-2009. Obrigado.

Sem o Tigre por perto

O apresentador do circo anuncia:

- Agora a mulher mais corajosa do mundo vai deitar-se numa jaula com um tigre da Sibéria e vai deixá-lo lambê-la inteirinha.

Uma mulher esbelta entra na jaula, deita-se no chão e o tigre aproxima-se e começa a lambê-la
O tigre lambe, lambe, lambe ... e a plateia vibra.

- Há alguém com coragem suficiente de fazer o mesmo ? - pergunta o apresentador.

Um rapaz de uma fila lá do fundo, grita:

- Eu tenho ! Mas tem que tirar o tigre daí !