Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Lous e The Yakuza – NPR Tiny Desk Home Concert (5)

A NPR Music (https://www.youtube.com/channel/UC4eYXhJI4-7wSWc8UNRwD4A) é um projecto da “National Public Radio”, uma organização de media americana sem fins lucrativos, com financiamento público e privado, lançado em Novembro de 2007, para apresentar programação musical de rádio pública e conteúdo editorial original para descoberta de música.

Parece-me um projecto interessantíssimo, principalmente, porque neste contexto de pandemia, dá-nos a possibilidade de ouvirmos grandes intérpretes e compositores a nível mundial, os quais mostram aqui, na NPR Music, a sua arte e a sua capacidade de comunicação. Por aqui vão passar, nomes conhecidos, menos conhecidos e desconhecidos. Para mim, foi e é um prazer procurar bons instrumentais e boas interpretações. As actuações poderão ser, às vezes, bastante mais extensas que o habitual, mas tentei procurar algo que possam escutar com prazer.

No Tiny Desk de hoje, vamos ouvir…

Lous e The Yakuza (Marie-Pierra Kakoma) (27-05-1996)

Bob Boilen (um dos criadores do canal NPR) | 27 de janeiro de 2021, diz:

Há uma elegante sensação quando “Lous e The Yakuza” executam uma Tiny Desk no “Book Bar” do “Hotel Grand Amour”, em Paris. E embora a música seja suave, optimista e quente, o que está por trás da história de fundo de “Lous”, nas suas letras em francês, é, às vezes, profundo e perturbador.

“Lous” - um anagrama para "Soul (Alma)" – ela é Marie-Pierra Kakoma, uma artista de 24 anos radicada na Bélgica, mas nascida na República Democrática do Congo. Ela veio para a Bélgica, para a sua família escapar da guerra no Congo. Eles eram refugiados. Para a sua actuação no “Tiny Desk” (em casa), ela começa com o seu single de 2019, "Dilemme". A música evoca imagens de crescer no Congo e no Ruanda: "Viver me assombra, tudo o que me rodeia me tornava má", canta ela em francês. As suas canções costumam ser acompanhadas de ritmos de rumba congolesa, cheios de elasticidade, beleza e resistência. ...

Grupo:

Lous (vocais), Joseph Nelson (teclas), Jamiel Blake (bateria), Swaeli Mbappe (baixo), Ayelya Douniama e Myriam Sow (vocais).

Composições: "Dilemme"; "Bon Acteur"; "Dans La Hess"; "Solo" e "Amigo"

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Amaro Freitas – Groups & Soloists of Jazz (39)

Amaro Freitas (19??)

A música é a única linguagem universal e é impossível ouvir tudo e conhecer tudo. De quando em vez alguns dos meus conhecimentos, e muitas vezes os meus filhos, me chamam a atenção para música nova ou para novos intérpretes. Desta vez um obrigado ao Álvaro Pinto !

Parece-me um excelente músico e compositor !!!

Subindo o Morro, do álbum “Sangue Negro” de 2016. Possivelmente com a seguinte formação: Jean Elton (contrabaixo), Hugo Medeiros (bateria), Eliudo Souza (saxofone) e Fabinho Costa (trompete).

Samba de César, do álbum “Sangue Negro” de 2016. Possivelmente com a seguinte formação: Jean Elton (contrabaixo), Hugo Medeiros (bateria), Eliudo Souza (saxofone) e Fabinho Costa (trompete).

Trupé, do álbum “Rasif” de 2018.

Sanfoka, do álbum com o mesmo nome “Sanfoka” de 2021. Com Jean Elton (contrabaixo) e Hugo Medeiros (bateria)

domingo, 26 de setembro de 2021

Discos Vinil (8) Close To The Edge

Nome: Close to the Edge

Autor: Yes

Ano: 1972

Produção: Eddie Offord, Yes

Intérprete/s: Yes

Editora: Atlantic

Texto:

Close to the Edge é o quinto álbum da banda britânica de “rock progressivo”, “Yes”. Tendo sido lançado em 1972 pela Atlantic, é considerado por muitos fãs e críticos a grande obra-prima da banda. O álbum também marca a saída do baterista Bill Bruford, que em Junho de 1972, logo após o término das gravações deste álbum, deixou a banda para tocar nos “King Crimson”, tendo sido substituído por Alan White.

(In wikipedia)

Este grupo é composto de músicos excepcionais e neste álbum e em estúdio, participaram: Jon Anderson (voz), Bill Brufford (bateria), Steve Howe (guitarras e vocais), Chris Squire (baixo e vocais) e Rick Wakeman (teclas). Destes cinco músicos e à data da publicação, o baixista Chris Squire já não se encontra entre nós.

O álbum é composto de três composições e fica aqui na íntegra. No lado um do vinil, as duas composições são “Close to the Edge”, escrito na forma de sonata, e “And You And I”, e no lado dois, a composição “Siberian Kathru”, um excelente exemplo do que é o rock e jazz, de fusão, e também de algum “minimal repetitivo”. Entenda-se por fusão, as melodias complexas, dentro de uma outra melodia, que poderá ser o tema da composição.

Não é propriamente um álbum que seja feito para se gostar à primeira. Quero dizer com isto, passarmos a trauteá-lo facilmente, somente após ouvirmos as músicas uma única vez. Não vos trago aqui simplicidade. É um álbum de rock progressivo e fusão, e por isso, para se degustar com o passar dos tempos. A segunda música “And You And I” é a mais acessível para quem não está habituado a ouvir este tipo de músicas, o resto é com o tempo que se aprende a apreciar.

Quem conseguiu deglutir as três composições, em estúdio ou ao vivo, sem desistir, parabéns. É sinal que conseguiu ouvir algo de muita qualidade, e eventualmente, muito diferente das costumeiras receitas comerciais, que ouvimos na rádio e na televisão. As músicas de rápida absorção, nem pecisamos pensar, ouvimos estilo autómatos, trauteamos e ficamos felizes. Será que ficamos ???

Fotos:





Músicas: 

Deixo aqui duas versões de cada uma das composições, a de estúdio, logo seguida da mesma composição, mas desta vez, ao vivo. Ouçam primeiro as versões de estúdio, se puderem ou quiserem.

Close To the Edge (versão estúdio) e suas partes:

"The Solid Time of Change"

"Total Mass Retain"

"I Get Up I Get Down"

"Seasons of Man"

Close To the Edge (versão ao vivo em 1996)

And You and I (versão estúdio) e suas partes:

"Cord of Life"

"Eclipse"

"The Preacher the Teacher"

"Apocalypse"

And You and I (versão ao vivo, em no Festival de Jazz de Montreux, Canadá 2003). Somente vísivel e audível no Youtube !!!

Siberian Khatru (versão estúdio)

Siberian Khatru (versão ao vivo, em no Festival de Jazz de Montreux, Canadá 2003)

sábado, 25 de setembro de 2021

Dança (32) Morna

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Morna – É um género musical e de dança de Cabo Verde proclamado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO a 11 de Dezembro de 2019. Tradicionalmente tocada com instrumentos acústicos, a morna reflecte a realidade insular do povo de Cabo Verde, o romantismo intoxicante dos seus trovadores e o amor à terra (ter de partir e querer ficar) …………….. Mais informação aqui !

Clip 9 (morna a par), Música: Mar de Canal - Cesária Evora 

Concurso de Morna na ACV (Associação Caboverdeana, Lisboa) 

Clip 4 (morna - base lento rápido), Música: Miss Perfumado, Bau

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Dança (31) Dança Contemporânea

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Dança Contemporânea – Dança contemporânea é um género de dança teatral que se desenvolveu em meados do século XX e, desde então, tornou-se um dos géneros mais conhecidos, especialmente no mundo ocidental. Alguns teóricos remetem a origem da dança contemporânea às experiências dos artistas pós-modernos, do movimento Judson Dance Theater, iniciado na década de 1960, nos Estados Unidos. …………….. Mais informação aqui !

Dança Contemporânea

Dança Contemporânea

Beginning Contemporary Dance I Follow Along Class With @MissAuti

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

O Poeta Bocage (6)

Vou trazer aqui em dez publicações, trinta sonetos de Manuel Maria Barbosa du Bocage (Elmano Sadino), pseudónimo adoptado em 1790, quando da sua adesão à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia. Bocage é um dos nossos melhores poetas, embora não lhe seja reconhecida a sua genialidade, visto ser basicamente conhecido pelas suas anedotas obscenas ou ousadas. Escolhi trinta sonetos, dez da poesia lírica, dez de poesia satírica e outros dez da poesia erótica.

Alguns links sobre a poesia de Bocage, bem como onde poderão encontrar  alguns livros editados do poeta:

https://www.bertrand.pt/autor/bocage/9129

https://www.wook.pt/livro/poesias-eroticas-bocage/223553

https://www.fnac.pt/Antologia-de-Poesia-Erotica-de-Bocage-Bocage/a1320322

Na RTP

Entrevista a Daniel Pires, presidente do Centro de Estudos Bocagianos sobre a obra satírica e erótica do poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage, com visita à exposição "2005 Ano Bocage", Comemorações do Bicentenário da Morte de Bocage, patente no Museu de Arqueologia e Etnografia de Setúbal realizada por Henrique Félix.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/poesia-erotica-e-satirica-de-bocage/

Na TSF

https://www.tsf.pt/programa/o-livro-do-dia/emissao/antologia-de-poesia-erotica-de-bocage-8963082.html

 

No Município de Setúbal

https://www.mun-setubal.pt/livro-valoriza-poesia-erotica/ 



Sobre a artista plástica Dina de Sousa:

http://artistasportugueses.weebly.com/dina-de-sousa.html

 

Lírica

Em que estado, meu bem, por ti me vejo,

Em que estado infeliz, penoso, e duro !

Delido o coração de um fogo impuro

Meus pesados grilhões adoro e beijo

 

Quando te logro mais, mais te desejo,

Quando te encontro mais, mais te procuro,

Quando mo juras mais, menos seguro

Julgo esse doce amor, que adorna o pejo.

 

Assim passo, assim vivo, assim mesu fados

Me desarreigam da alma a paz, e o riso

Sendo só meu sustento os meus cuidados

 

E, de todo apagada a luz do siso,

Esquecem-se (ai de mim !) por teus agrados

«Morte, Juízo, Inferno e Paraíso.»

 

Satírica

Conhecem um vigário de chorina,

De insulsa frase, da ralé maruja?

Sapo imundo, que bebe ou que babuja

No que deita por fora a Cabatina ?

 

Este é um tal Franco, um tal sovina,

Que orelhas mil e mil com trovas suja,

Digno rival do mocho e da coruja

Quando a voz desenfreia, a banza afina.

 

Faz versos em francês, francês antigo,

Em gíria de Veneza, e finalmente

Em corrupto espanhol; leve o castigo:

 

Ele diz que são bons, e os mais que mente;

Põe mãos à obra, faze o que te digo:

Chicoteia esse bruto, e crê na gente.

 

Erótica

Soneto do caralho decadente

 

Com quem magoas o não digo! Eu nem te vejo,

Meu caralho infeliz! Tu, que algum dia

Na gaiteira amorosa filistria

Foste o regalo do meu pátrio Tejo!

 

Sem te importar o feminino pejo, (pudor)

Atrás da mimosa virgem, que fugia,

Ficando a terna, fadigada Armia,

Lhe pegavas no coninho um beijo.

 

Hoje, canal de fétida remela,

O misantropo do país das bimbas,

Apenas olha a cândida donzela!

 

Deitado dos colhões sobre as tarimbas,

Só com a memória em feminil canela

Às vezes pívia (*) casual cachimbas.

 

(*) pívia = punheta. Por outras palavras: "às vezes ainda dás para bater algumas punhetas." Bocage revela neste poema que está velho e que a sua vitalidade já não é a mesma de antigamente. 

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Faz Hoje Anos (94) – Andrea Bocelli

Faz hoje 63 anos... Parabéns !!!

Andrea Bocelli (22-09-1958), “Con Te Partiró”, do álbum “Bocelli” de 1995, escrita por Francesco Sartori (música) e Lucio Quarantotto (letra). Um notável tenor italiano, nascido em Lajatico, província de Pisa, mais ou menos no centro de Itália.


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Beatles (18)

Antepenúltima Publicação !!!


Foram aqueles que, para além do seu talento, tiveram a sorte comercial do lado deles, mas também Brian Epstein como patrão do grupo que os acompanhou até à sua morte, e ainda George Martin como produtor de muitos dos seus discos e êxitos.

Que sorte temos/tivemos de os poder escutar e se calhar, quando do seu aparecimento. Tudo se modificou em termos populares musicais. Os Beatles foram/são/serão, inquestionavelmente, a banda que mais foi/é/será falada na história da música “pop”. Uma homenagem aqui a dois deles já desaparecidos.. Ao John Lennon e ao George Harrison, um agradecimento dos muitos trechos musicais que escreveram para todos nós e que nos ajudaram nos momentos bons e maus, das nossas vidas.

Aqui, periodicamente, trarei duas músicas, algumas menos conhecidas. Serão à roda de 20 êxitos que aqui exibirei, mas muitas delas, não vão ser aquelas que foram Nº. 1, a nível dos “Tops” mundiais, e que constam de um CD, editado em Portugal para a etiqueta “EMI Records Ltd.” em 2000. A escolha irá ser a minha. Os que são “amantes” deste grupo vão conhecê-las todas de certeza, os que são/foram meros ouvintes do grupo, acredito que hajam algumas que não conheçam.

Canção: Blue Jay Way

Autor: George Harrison

Álbum: Magical Mistery Tour

Ano: 1967

George Harrison começava a cultivar o seu grande interesse pela cultura hindu. Entre 66 e 68, apesar do seu trabalho no grupo, George afastara-se do seu instrumento principal, a guitarra, para se dedicar à cítara, debaixo da orientação de Ravi Shankar. 

Blue Jay Way (George Harrison)

There's a fog upon L.A. (Los Angels)

And my friends have lost their way

We'll be over soon they said

Now they've lost themselves instead.

Please don't be long please don't you be very long

Please don't be long or I may be asleep

Well it only goes to show

And I told them where to go

Ask a policeman on the street

There's so many there to meet

Please don't be long please don't you be very long

Please don't be long or I may be asleep

Now it's past my bed I know

And I'd really like to go

Soon will be the break of day

Sitting here in Blue Jay Way

Please don't be long please don't you be very long

Please don't be long or I may be asleep.

Please don't be long please don't you be very long

Please don't be long

Please don't be long please don't you be very long

Please don't be long

Please don't be long please don't you be very long

Please don't be long

Don't be long - don't be long - don't be long

Don't be long - don't be long - don't be long.

 

Canção: Within You Without You

Autor: George Harrison

Álbum: Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band

Ano: 1968

Composta por George Harrison, e tocada por ele somente e um grupo de músicos indianos não creditados, embora George Martin tenha orquestrado a secção de cordas e o próprio Harrison tenha assistido a Neil Aspinall a tocar “tambura”. De acordo com a editora “Prema Music”, Amrit Gajjar tocou nesta música o instrumento “dilrubha”. “Within You Without You” tinha sido escrita e tocada pela primeira vez, fazia muito tempo, numa harmónica, em casa de um amigo dos Beatles, Klaus Voormann, enquanto se “fumava”.

Within You Without You (George Harrison)

We were talking - about the space between us all

And the people - who hide themselves behind a wall of illusion

Never glimpse the truth - then its far too late - when they pass away.

We were talking - about the love we all could share - when we find it

To try our best to hold it there - with our love

With our love - we could save the world - if they only knew.

Try to realize it's all within yourself

No-one else can make you change

And to see you're really only very small,

And life flows on within you and without you.

We were talking - about the love that's gone so cold and the people,

Who gain the world and lose their soul -

They don't know - they can't see - are you one of them?

When you've seen beyond yourself -

Then you may find peace of mind, is waiting there -

And the time will come when you see we're all one,

And life flows on within you and without you.

domingo, 19 de setembro de 2021

Alcunhas Alentejanas (13) - Machacão

É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.  

Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto.Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Machacão – masculino, cognome individual, alcunha adquirida, designação rejeitada, alcunha de referência, classificação: comportamental e linguística; história: O alcunhado bebia muito e, quando estava embriagado dizia: “Cá o machacão é valente!”, pretendendo dizer: “Cá o machão é valente!” (Mora).

(In Tratado das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Eyes Thru Glass (64) - Alcobaça

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica.

De uma mostra de 8, aqui fica a sétima e penúltima, referente à cidade de Alcobaça.



































terça-feira, 14 de setembro de 2021

Jazz Standards (205)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in

http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Baby Won't You Please Come Home (#205) - Música de Clarence Williams e Letra de Charles Warfield 

Clarence Williams não foi só um pianista que acompanhou, nas suas gravações, muitos dos cantores de “blues” como Ethel Waters, Bessie Smith e sua esposa Eva Taylor, mas também liderou a sua própria banda que, ocasionalmente, incluía Louis Armstrong e Sidney Bechet.

Frank Sinatra (Hoboken, EUA, 12-12-1915 — Los Angeles, EUA, 14-05-1998)

Sam Cooke (Clarksdale, Mississippi, EUA, 22-01-1931 - Los Angeles, California, EUA, 11-12-1964) – do álbum “The Man Who Invented Soul” para a editora “BMG Music”, em 1972.

Bessie Smith (Chattanooga, Tennessee, EUA, 15-04-1894 - Clarksdale, Mississippi, EUA, 26-09-1937) - Esta é uma de suas primeiras gravações em 1923 com o pianista Clarence Williams.

Ella Fitzgerald (Newport News, EUA, 25-04-1917 — Beverly Hills, EUA, 15-06-1996) – do álbum “Ella Fitzgerald & Her Orchestra Vol 1”.

Letra

I've got the blues, I feel so lonely

I'll give the world if I could only

Make you understand

It surely would be grand

I'm gonna telephone my baby

Ask him won't you please come home

'Cause when you're gone

I'm worried all day long

Baby won't you please come home

Baby won't you please come home

I have tried in vain

Evermore to call your name

When you left you broke my heart

That will never make us part

Every hour in tthe day

You will hear me say

Baby won't you please come home, I mean

Baby won't you please come home

Baby won't you please come home

'Cause your mama's all alone

I have tried in vain

Nevermore to call your name

When you left you broke my heart

That will never make us part

Landlord gettin' worse

I've got to move May the first

Baby won't you please come home, I need money

Baby won't you please come home

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

domingo, 12 de setembro de 2021

Yo-Yo Ma, Stuart Duncan, Edgar Meyer, Chris Thile e Aoife O'Donovan – NPR Tiny Desk Home Concert (4)

A NPR Music (https://www.youtube.com/channel/UC4eYXhJI4-7wSWc8UNRwD4A) é um projecto da “National Public Radio”, uma organização de media americana sem fins lucrativos, com financiamento público e privado, lançado em Novembro de 2007, para apresentar programação musical de rádio pública e conteúdo editorial original para descoberta de música.

Parece-me um projecto interessantíssimo, principalmente, porque neste contexto de pandemia, dá-nos a possibilidade de ouvirmos grandes intérpretes e compositores a nível mundial, os quais mostram aqui, na NPR Music, a sua arte e a sua capacidade de comunicação. Por aqui vão passar, nomes conhecidos, menos conhecidos e desconhecidos. Para mim, foi e é um prazer procurar bons instrumentais e boas interpretações. As actuações poderão ser, às vezes, bastante mais extensas que o habitual, mas tentei procurar algo que possam escutar com prazer.

No Tiny Desk de hoje, vamos ouvir

Yo-Yo Ma (07-10-1955), Stuart Duncan (14-04-1964), Edgar Meyer (24-11-1960), Chris Thile (20-02-1981) e Aoife O'Donovan (18-11-1982)

O violoncelista Yo-Yo Ma lidera uma equipa de sonho, de músicos de cordas - Edgar Meyer, Chris Thile, Stuart Duncan - que trazem emprestada da “Bluegrass”. O quarteto, mais a cantora Aoife O'Donovan executam três canções do álbum deles, “The Goat Rodeo Sessions”, nos escritórios da NPR Music.

Grupo:

Yo-Yo Ma (violoncelo), Stuart Duncan (violino), Edgar Meyer (contrabaixista), Chris Thile (bandolinista) e Aoife O'Donovan (voz)

Composições: "Quarter Chicken Dark", "Attaboy" e "Here And Heaven"

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Carmen Souza – Jazz Singers (53)

Carmen Souza (20-05-1981)

Excelente esta intérprete, filha de pais cabo-verdianos, nascida em Lisboa. Um ritmo que espero que vos contagie!!!

Donna Lee, Carmen Souza (vocal), Theo Pascal (contrabaixo), Tuche (guitarra acústica), João Frade (acordeão) e Mauricio Zottarelli (bateria).

Señor Blues, composição de Horace Silver. Com Theo Pascal (contrabaixo), Elias Kacomanolis (percussão) e Ben Burrell (piano).

Song for my Father, composição de Horace Silver. Com Carmen Souza (voz), Theo Pascal (contrabaixo), Jonathan Idiagbonya (piano) e Dado Pasqualini (percussão). Gravado em Paris no “Satellit Cafe”.

Soul Searching, composição de Horace Silver. Com Carmen Souza (vocal), Theo Pascal (contrabaixo), Elias Kacomanolis (bateria) e Ben Burrell (piano).