Nome:
Close to the Edge
Autor:
Yes
Ano:
1972
Produção: Eddie Offord,
Yes
Intérprete/s: Yes
Editora: Atlantic
Texto:
Close to the Edge é o quinto álbum da banda britânica de “rock progressivo”, “Yes”. Tendo sido lançado em 1972 pela Atlantic, é considerado por muitos fãs e críticos a grande obra-prima da banda. O álbum também marca a saída do baterista Bill Bruford, que em Junho de 1972, logo após o término das gravações deste álbum, deixou a banda para tocar nos “King Crimson”, tendo sido substituído por Alan White.
(In
wikipedia)
Este grupo é composto de músicos excepcionais e neste álbum e em estúdio, participaram: Jon Anderson (voz), Bill Brufford (bateria), Steve Howe (guitarras e vocais), Chris Squire (baixo e vocais) e Rick Wakeman (teclas). Destes cinco músicos e à data da publicação, o baixista Chris Squire já não se encontra entre nós.
O álbum é composto de três composições e fica aqui na íntegra. No lado um do vinil, as duas composições são “Close to the Edge”, escrito na forma de sonata, e “And You And I”, e no lado dois, a composição “Siberian Kathru”, um excelente exemplo do que é o rock e jazz, de fusão, e também de algum “minimal repetitivo”. Entenda-se por fusão, as melodias complexas, dentro de uma outra melodia, que poderá ser o tema da composição.
Não é propriamente um álbum que seja feito para se gostar à primeira. Quero dizer com isto, passarmos a trauteá-lo facilmente, somente após ouvirmos as músicas uma única vez. Não vos trago aqui simplicidade. É um álbum de rock progressivo e fusão, e por isso, para se degustar com o passar dos tempos. A segunda música “And You And I” é a mais acessível para quem não está habituado a ouvir este tipo de músicas, o resto é com o tempo que se aprende a apreciar.
Quem conseguiu deglutir as três composições, em estúdio ou ao vivo, sem desistir, parabéns. É sinal que conseguiu ouvir algo de muita qualidade, e eventualmente, muito diferente das costumeiras receitas comerciais, que ouvimos na rádio e na televisão. As músicas de rápida absorção, nem pecisamos pensar, ouvimos estilo autómatos, trauteamos e ficamos felizes. Será que ficamos ???
Fotos:
Músicas:
Deixo aqui duas versões de cada uma das composições, a de
estúdio, logo seguida da mesma composição, mas desta vez, ao vivo. Ouçam
primeiro as versões de estúdio, se puderem ou quiserem.
Close To the Edge (versão estúdio) e suas partes:
"The Solid Time of Change"
"Total
Mass Retain"
"I
Get Up I Get Down"
"Seasons
of Man"
Close To the Edge (versão ao vivo em 1996)
And You and I (versão estúdio) e suas partes:
"Cord of Life"
"Eclipse"
"The Preacher the Teacher"
"Apocalypse"
And You and I (versão ao vivo, em no Festival de Jazz de Montreux, Canadá 2003). Somente vísivel e audível no Youtube !!!
Siberian Khatru (versão estúdio)
Siberian Khatru (versão ao vivo, em no Festival de Jazz de Montreux, Canadá 2003)
Longas tardes na cave da casa dos manos Queirós.
ResponderEliminarAbraço, boa semana
:)... quantos de nós reunidos em casa de amigos a ouvir música!
EliminarPedro obrigado e abraço
Não conhecia.
ResponderEliminarMuito obrigada pela partilha Ricardo
Creio não ser o teu estilo de música,mas pelo menos ficaste a conhecer.
EliminarManuela obrigado
Mais uma vez obrigado pela partilha :)
ResponderEliminarO ultimo fecha a porta, obrigado
Eliminar
ResponderEliminarDespertaste-me memórias com quarenta anos! Oh páh... isso não se faz!
Os YES era uma das preciosidades que eu ouvia na casa do meu irmão.
Eram discos dos Yes, dos Jethro Tull, do próprio Rick Wakeman, o "As seis mulheres de Henrique Oitavo", o "Viagem ao centro da Terra", o álbum "Charge" dos Paladin... os Supertramp... sei lá, tantas e tantas boas memórias.
Obrigada por esta viagem ao passado.
Beijinhos a dizer YES
(^^)
Pois muitos de nós temos boas lembranças desses tempos em que nos divertíamos a ouvir boa música. Não haviam Smartphones, Internet, embora com muito menos tecnologia, acho que éramos bem mais felizes.
EliminarClara obrigado
Este álbum dos Yes traz-me recordações amarguíssimas e fantásticas ao mesmo tempo. Amarguíssimas, porque eu estava em Angola, mergulhado na guerra colonial até à ponta dos cabelos, e arriscava a minha vida quase todos os dias. Quando acontecia passar a noite no quartel e não na mata em operações militares, eu deliciava-me com o rock progressivo que ouvia num programa de rádio chamado "Fórmula J", que passava todos os dias ao fim da tarde na Emissora Oficial de Angola. O tema dos Yes "And You And I", sobretudo, foi tocado inúmeras vezes nesse programa. Que bálsamo era esta música para mim! O programa dava-nos a ouvir os Yes e também dava a ouvir os Pink Floyd, Emerson, Lake and Palmer, os Jethro Tull, eu sei lá! E também dava a ouvir o Bob Dylan, a Joan Baez, os Roxy Music, o David Bowie e até o Zeca Afonso! Até o Zeca! Só em Angola era possível ouvir canções do Zeca antes do 25 de Abril na Emissora Oficial, porque, por cá, ele estava proibidíssimo na Emissora Nacional.
ResponderEliminarPois bem. Há poucos meses descobri que tinha um pedaço do programa "Fórmula J" gravado na ponta final de uma cassete que trouxe de Angola. A gravação deve ter sido feita em novembro de 1973, a partir de um rádio portátil e em onda média, junto à fronteira norte de Angola, ou seja, a mais de quatrocentos quilómetros de distância de Luanda, de onde o programa era transmitido. A gravação foi feita num princípio de noite extremamente tempestuoso, como só em África acontece, com raios e coriscos a caírem por todos os lados. O locutor do programa era António Macedo, que até recentemente apresentou o Programa da Manhã da Antena 1. A gravação é esta.
Percebo que este "post" foi-te avivar memórias esquecidas.
EliminarNo final da gravação que enviaste, ouvem-se os "Jethro Tull" em "Thick as a Brick" :) !
Fernando, muito obrigado pelo excelente comentário