Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Beatles (7)

Foram aqueles que, para além do seu talento, tiveram a sorte comercial do lado deles, mas também Brian Epstein como patrão do grupo que os acompanhou até à sua morte, e ainda George Martin como produtor de muitos dos seus discos e êxitos.

Que sorte temos/tivemos de os poder escutar e se calhar, quando do seu aparecimento. Tudo se modificou em termos populares musicais. Os Beatles foram/são/serão, inquestionavelmente, a banda que mais foi/é/será falada na história da música “pop”. Uma homenagem aqui a dois deles já desaparecidos.. Ao John Lennon e ao George Harrison, um agradecimento dos muitos trechos musicais que escreveram para todos nós e que nos ajudaram nos momentos bons e maus, das nossas vidas.

Aqui, periodicamente, trarei duas músicas, algumas menos conhecidas. Serão à roda de 20 êxitos que aqui exibirei, mas muitas delas, não vão ser aquelas que foram Nº. 1, a nível dos “Tops” mundiais, e que constam de um CD, editado em Portugal para a etiqueta “EMI Records Ltd.” em 2000. A escolha irá ser a minha. Os que são “amantes” deste grupo vão conhecê-las todas de certeza, os que são/foram meros ouvintes do grupo, acredito que hajam algumas que não conheçam.

Canção: Norwegian Wood

Autores: John Lennon & Paul McCartney

Álbum: Rubber Soul

Ano: 1965

Neste álbum “Rubber Soul”, as canções faziam o cantor enfrentar relações antagónicas com a mulher, contrastando com as primeiras canções, como "She Loves You" e "I Want to Hold Your Hand". As canções de “Rubber Soul” foram muito mais severas e quiçá, verdadeiras, no que diz respeito às relações românticas.

Norwegian Wood (John Lennon & Paul McCartney)

I once had a girl,

Or should I say

She once had me.

She showed me her room,

Isn't it good?

Norwegian wood.

She asked me to stay and she told me to sit anywhere,

So I looked around and I noticed there wasn't a chair.

I sat on a rug

Biding my time,

Drinking her wine.

We talked until two,

And then she said,

'It's time for bed'.

She told me she worked in the morning and started to laugh,

I told her I didn't, and crawled off to sleep in the bath.

And when I awoke

I was alone,

This bird has flown,

So I lit a fire,

Isn't it good?

Norwegian wood.


Canção: Julia

Autor: John Lennon

Álbum: The Beatles (White Album)

Ano: 1968

"Julia" foi escrito durante a visita dos Beatles a Rishkesh na Índia, para a meditação transcendental de Maharishi Mahesh Yogi em 1968. John escreveu então a sua mãe, Julia Lennon. Ele pediu ajuda a Donovan Leitch que explicou: “Disse-me que queria escrever uma música sobre a sua mãe. John disse: ‘Donovan, você é o rei das canções infantis. Podias-me ajudar ? ... Quero escrever uma música sobre a infância que nunca tive com a minha mãe’. Ele  pediu-me para ajudá-lo, que as imagens ele poderia usar nas letras de uma música sobre esse assunto. Então eu disse: ‘Bem, quando você pensa na música, onde você se imagina ?’… ‘E John disse: "Estou na praia e estou de mãos dadas com minha mãe e estamos a caminhar os dois juntos".

Eu ajudei-o com algumas falas, "Olhos de concha, sorriso ventoso" (seashell eyes, windy smile).”

Julia (John Lennon)

Half of what I say is meaningless

But I say it just to reach you, Julia.

Julia, Julia, oceanchild, calls me

So I sing a song of love, Julia

Julia, seashell eyes, windy smile, calls me

So I sing a song of love, Julia.

Her hair of floating sky is shimmering,

Glimmering,

In the sun.

Julia, Julia, morning moon, touch me

So I sing a song of love, Julia.

When I cannot sing my heart

I can only speak my mind, Julia.

Julia, sleeping sand, silent cloud, touch me

So I sing a song of love, Julia.

Hum hum hum hum calls me

So I sing a song of love for Julia, Julia, Julia.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Dança (10) Soltinho

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Soltinho – É um género de dança de salão brasileiro, dançado geralmente com rock. É uma variação do East Coast Swing, uma dança americana que veio do Lindy Hop, e combina a ginga e a improvisação brasileiras ao swing dos EUA. …………….. Mais informação aqui !

Cleber Guimarães e Alice Correia - Soltinho Improviso

Soltinho com Cleber Guimarães & Robertinha

Aula de Soltinho - Passo Básico

 

Dança (9) Bolero

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Bolero – É um ritmo cubano que mescla raízes espanholas com influências locais de vários países hispano-americanos. Apesar de nascer em Cuba, tornou-se também bastante conhecido, como uma canção romântica mexicana. O ritmo foi-se modificando, tornando-se mais lento e desenvolvendo, especialmente, temas mais românticos. Têm tradição no bolero, os seguintes países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Venezuela , Uruguai, Argentina e Brasil. …………….. Mais informação aqui !

Bolero - Pedro e Luísa – (Academia Bahiana de Dança de Salão) – Salvador, Bahia, Brasil

Bailando o Bolero - La Habana, Cuba

Aprenda a Dançar o Bolero com Carlinhos de Jesus


sábado, 26 de dezembro de 2020

Prémio Valmor, Ano de 1905, Avenida 5 de Outubro 6-8

Casa Malhoa, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves. Encontra-se no final da Avenida 5 de Outubro, do outro lado da Maternidade Alfredo da Costa e tendo nas suas costas, do seu lado esquerdo, o Hotel Imaviz.

As fotos são referentes ao ano de 2018, sendo a primeira obtida através do “Google Earth”.

Arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior (1878-1962): 


“Natural de Lisboa, curso a Escola de Belas-Artes desta cidade, onde se formou com distinção. Seguiu depois para Paris, onde, como pensionista do Legado Valmor, frequentou o “atelier” Pascal (1) e satisfez provas que o habilitaram também com o diploma francês. Completou a sua formação com viagens de estudo através da própria França, Bélgica e Espanha, digressões demoradas e atentas, fixadas em muitos aspectos por magníficos desenhos que lhe forneceram elementos e sugestões para a temática decorativa e compositiva da sua obra.

Na década de trinta, desfrutando o apogeu da sua carreira, subscreveu os prédios construídos, na Avenida António Augusto de Aguiar, N.º 100; na Avenida da República, N.º 71; na Avenida Rodrigues Sampaio, N.º 158; na Avenida Ressano Garcia, N.º 24, e os dois prédios da Avenida de Berne, N.º 6 e 8.

Respeitante aos anos de 1905, 1912, 1914, 1915 e 1927, obteve o Prémio Valmor, respectivamente, com os edifícios da Avenida Cinco de Outubro, N.º 6-8, Alameda das Linhas de Torres, N.º 22 (semidemolido, hoje em ruínas, somente com as fachadas em pé!), Avenida Fontes Pereira, N.º 28, Avenida da Liberdade, N.º 206-218, e ainda com o da mesma artéria, N.º 176-180.

Nos anos de 1908 e 1912 foi distinguido com Menções Honrosas do mesmo Prémio, pelos prédios situados, respectivamente, na Avenida da República, N.º 45, tornejando para a Avenida Visconde Valmor (já demolido, em 1949/1950!), e na Praça Duque de Saldanha, N.º 12, tornejando para a Avenida Praia da Vitória, N.º 44, este existente e bem conservado (começa a apresentar sintomas de degradação!).”

In Bairrada, Eduardo Martins, “Prémios Valmor 1902-1952”, Edição 1988, CML. (sic)*

“http://www.priberam.pt/dlpo/sic” - *sic |sique| (palavra latina)

Advérbio: Sem alteração nenhuma; tal e qual. = assim

(1) - Jean-Louis Pascal (04-06-1837 – 17-05-1920) foi um arquitecto francês.

Acontecimentos referentes à década:

1902 - Inauguração do elevador de Santa Justa;

1903 - Publicação do novo regulamento de salubridade para as construções urbanas;

1904 – Aprovação do Plano Geral de Melhoramentos, apresentado pelo engenheiro Ressano Garcia (1847-1911);

1905 – Desenvolvimento das construções ao longo da Avenida Fontes Pereira de Melo e da futura Avenida da República;

1905 - Jardim Zoológico, nas Laranjeiras, Raul Lino;

1907 – Animatógrafo do Rossio;

1908 - Projecto para o Parque Eduardo VII do arquitecto Miguel Ventura Terra.


sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Alcunhas Alentejanas (5) - Estorninho

É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.


Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto. Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Estorninho – masculino, cognome individual, alcunha adquirida, designação assumida, designação rejeitada, alcunha de tratamento, alcunha de referência, classificação: ornitológica / física; história: Indivíduo que tem as faces muito vermelhas (Aljustrel). Existe também em Avis e na Vidigueira.

(In Tratado das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)

Priberam (online)

es·tor·ni·nho

nome masculino

1. [Ornitologia]  Pássaro conirrostro de plumagem escura malhada de branco, muito domesticável e que aprende a cantar facilmente.

2. [Figurado]  Pessoa leviana.

adjectivo

3. [Tauromaquia]  Diz-se do touro zaino com pequenas manchas brancas.

Palavras relacionadas: 

esturnídeozorralpissitarchuchurrear

"Estorninho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/Estorninho [consultado em 15-06-2020].

Porto Editora (online)

estorninho

es.tor.ni.nho (i)ʃturˈniɲu

nome masculino

ORNITOLOGIA designação comum, extensiva às aves passeriformes do género Sturnus, da família dos Esturnídeos, de pequeno porte, bico recto e fino e plumagem geralmente escura, que inclui espécies frequentes em Portugal

Do latim *sturnīnu-, «da cor do estorninho», de sturnu-, «estorninho»

Estorninho Preto – Sturnus Unicolor


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Roland Fiddy (4)

Roland John Fiddy é um famoso “cartonista” inglês. Nasceu em Plymouth, Devon, no sudoeste da Inglaterra, em 17 de Abril de 1931. Foi casado com a artista dinamarquesa Signe Kolding de quem tem um filho e uma filha. Morreu em Hastings, East Sussex, em 3 de Julho de 1999.

Estudou no College of Art de Bristol. Tem “cartoons” publicados na Grã-Bretanha, Estados Unidos e em muitos outros países. Os seus livros incluem “The Best of Fiddy” em 1966 e uma série de 11 “Fanatic's Guides” de 1989 a 1992.

Fiddy foi muito apreciado, no Mundo inteiro, pelo seu humor e estilo. Ganhou o primeiro prémio em várias competições internacionais de banda desenhada,  incluindo entre outros, o “Knokke-Heist” na Bélgica, em 1990, “Festival de Beringen” na Bélgica, em 1984, “Festival de Cartoon” em Amesterdão, na Holanda” em 1985, Sofia, Bulgária, em 1986 e Yomiyuri Shimbun, Japão, em 1988.

Aqui fica, abaixo, o “cartoon” de hoje, do livro “Os Fanáticos dos Computadores” editado pela Publicações D.Quixote em Julho de 1992 (1.ª edição). Um livro que me foi dado por alguém especial, que já não se encontra entre nós.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Jim Beard – Groups & Soloists of Jazz (11)

Jim Beard (James Arthur Beard) (26-08-1960)

Song Of The Sun, do álbum “Song Of The Sun”, de 1990

The Gentleman and Hizcaine, do álbum “Show Of Hands”, de 2013.

Baubles, Bangles and Beads, do álbum “Chunks and Chairknobs”, de 2020.

…ao vivo, no clube "New Morning", Paris, França, 5 de Março de 2020, com Jon Herington (guitarra) e Jim Beard (piano)  

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Discos Vinil (3) Por Este Rio Acima

Nome: Por Este Rio Acima

Autor: Fausto Bordalo Dias

Ano: 1982

Produção: Eduardo Paes Mamede

Intérprete/s: Fausto Bordalo Dias

Editora: Triângulo TR 002/3

Texto:

Mais uma obra de arte da “Música Popular Portuguesa”. Esta da autoria de Fausto Bordalo Dias.

É o primeiro disco de uma trilogia que inclui ainda, os álbuns “Crónicas da Terra Ardente” (1994) e “Em Busca das Montanhas Azuis” (2011). Este “Por Este Rio Acima” baseia-se nas viagens de Fernão Mendes Pinto, relatadas no seu livro “Peregrinação” de 1614, enquanto que o seguinte, “Crónicas da Terra Ardente” foi inspirado pela “História Trágico-Marítima” de 1735, reunido por Bernardo Gomes de Brito.

“Por Este Rio Acima” é considerado geralmente pela crítica um dos álbuns mais marcantes da “Música Popular Portuguesa” das últimas décadas. Em 2009, este trabalho foi considerado o 4.º melhor álbum da década de 1980, pela revista Blitz, que recorreu a um grupo de mais de 50 personalidades ligadas ao mundo da música.

(In Wikipedia)

Comentário de Fernando Ribeiro (do blogue "A Matéria do Tempo) que aqui transcrevo dada a sua importância:

Magnífico disco de um magnífico cantautor. Fica indelevelmente para a história da música portuguesa.

Já agora, quero chamar a atenção para o livro que inspirou Fausto, a "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto, que é o mais emocionante livro de aventuras que alguma vez já li. Os filmes de Indiana Jones, que Spielberg realizou, não lhe chegam aos calacanhares. E há muito mais de verdadeiro na "Peregrinação" do que se imagina.

A frase que dá o título ao disco, "Por este rio acima", é usada pelo próprio Fernão Mendes Pinto, quando ele e um grupo de portugueses subiram por um rio acima na China, para assaltarem um templo cheio de riquezas. O assalto correu mal, eles foram capturados e levados para Pequim, a fim de serem julgados e condenados.

A viagem até Pequim permitiu a Fernão Mendes Pinto fazer uma descrição vivíssima da China rural, que ele percorreu então. Em Pequim, ele e os seus companheiros terão sido mantidos durante três dias numa cisterna, com água cheia de sanguessugas pelo peito! Foram julgados e condenados, ocasião que Fernão Mendes Pinto aproveita para reconhecer que eles mereceram o castigo e faz um grande elogio à justiça chinesa. A condenação consistiu na sua deportação para a fronteira do império, a fim de combaterem contra os atacantes tártaros. Foram colocados, portanto, na Grande Muralha da China.

Uma das razões pelas quais Fernão Mendes Pinto foi alcunhado Fernão Mentes Minto, foi porque se achava que era impossível existir uma muralha tão grande como a que ele diz que encontrou na China. Ora todos nós sabemos que Fernão Mendes Pinto não mentiu e que a Grande Muralha da China existe mesmo.

Muitos outros factos contados por ele na "Peregrinação" foram comprovadamente verdadeiros. Por exemplo, escavações arqueológicas feitas em Pequim mostram que a descrição que ele faz da cidade, tal como era no séc. XVI, é verdadeira, a tal ponto que os chineses consideram que a descrição dele é a mais exata que existe. Os japoneses, por seu lado, tomam com verdadeira a descrição que Fernão Mendes Pinto faz do primeiro desembarque de portugueses no Japão, assim como da introdução das armas de fogo no país. Etc.

Que Fernão Mendes Pinto tenha vivido todas as aventuras que conta no livro, parece altamente inverosímil. Mas se as não viveu, pelo menos informou-se muito bem informado.

Enfim, um disco e um livro a não perder.

Fotos:



Músicas:

O Barco Vai de Saída Fausto Bordalo Dias, espectáculo no CCB.

A Guerra é a Guerra Fausto Bordalo Dias, espectáculo no CCB.

A Voar Por Cima Das Águas Fausto Bordalo Dias, com Orlando Costa, , espectáculo no CCB.


Olha o Fado Fausto Bordalo Dias, com Sérgio Godinho e José Mário Branco, espectáculo “Três Cantos”

Por Este Rio Acima Fausto Bordalo Dias, espectáculo no CCB.

Navegar, Navegar Fausto Bordalo Dias, espectáculo no CCB.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Homem Optimista - Interacção Humorística (203)

Em 01-07-2013. Obrigado.

Homem Optimista

Hoje, quando acordei, levantei o tronco da cama e a minha coluna fez “TREQ !”. Pus-me de pé e o meu joelho fez "TREQ !". Olhei para o chão e meu pescoço fez "TREQ !".

Depois, olhei para o espelho e pensei: "Caramba, além de gostoso, estou a ficar crocante !?...

domingo, 13 de dezembro de 2020

Beatles (6)

Foram aqueles que, para além do seu talento, tiveram a sorte comercial do lado deles, mas também Brian Epstein como patrão do grupo que os acompanhou até à sua morte, e ainda George Martin como produtor de muitos dos seus discos e êxitos.

Que sorte temos/tivemos de os poder escutar e se calhar, quando do seu aparecimento. Tudo se modificou em termos populares musicais. Os Beatles foram/são/serão, inquestionavelmente, a banda que mais foi/é/será falada na história da música “pop”. Uma homenagem aqui a dois deles já desaparecidos.. Ao John Lennon e ao George Harrison, um agradecimento dos muitos trechos musicais que escreveram para todos nós e que nos ajudaram nos momentos bons e maus, das nossas vidas.

Aqui, periodicamente, trarei duas músicas, algumas menos conhecidas. Serão à roda de 20 êxitos que aqui exibirei, mas muitas delas, não vão ser aquelas que foram Nº. 1, a nível dos “Tops” mundiais, e que constam de um CD, editado em Portugal para a etiqueta “EMI Records Ltd.” em 2000. A escolha irá ser a minha. Os que são “amantes” deste grupo vão conhecê-las todas de certeza, os que são/foram meros ouvintes do grupo, acredito que hajam algumas que não conheçam.

Canção: Ask Me Why

Autor: John Lennon

Álbum: Please, Please Me

Ano: 1962

Originalmente lançada no Reino Unido como lado B do single "Please Please Me" . Também foi incluída no primeiro álbum britânico deles, “Please Please Me”. Atribuída à dupla John Lennon & Paul McCartney, apesar de Paul ter dito que a composição foi basicamente escrita por John Lennon

   

Ask Me Why (John Lennon)

I love you, cause you tell me things I want to know.

And it’s true that it really only goes to show,

That I know,

That i, i, i, I should never, never, never be blue.

Now you’re mine, my happiness still makes me cry.

And in time, you’ll understand the reason why,

If I cry,

It’s not because I’m sad, but you’re the only love that I’ve ever had.

I can’t believe it’s happened to me

I can’t conceive of any more misery.

Ask me why, I’ll say I love you,

And I’m always thinking of you.

I love you, cause you tell me things I want to know.

And it’s true that it really only goes to show,

That I know,

That i, i, i, I should never, never, never be blue.

Ask me why, I’ll say I love you,

And I’m always thinking of you.

I can’t believe it’s happened to me.

I can’t conceive of any more misery.

Ask me why, I’ll say I love you,

And I’m always thinking of you.


Canção: You Never Give Me Your Money (versão longa)

Autor: Paul McCartney

Álbum: Abbey Road

Ano: 1969

Há quem identifique quatro músicas dentro de uma, em "You Never Give me Your Money":

A primeira que se inicia com "You never give me your money, you only give me your funny paper... " falaria das dificuldades passadas por Paul com a administração da Apple (o caso "Allen Klein/ Eastman"). Paul canta de modo clássico;

A segunda com início no verso "Out of college money spent, see no future pay no rent...", sem ligação com o verso anterior, fala da falta de dinheiro e de um "sentimento mágico". Paul passa a cantar em tom mais forte e elevado;

A terceira, com início em "One sweet dream...". Paul volta a modificar o seu modo de cantar; e…

… a última, é cantada em coro o refrão:"One, two, three,....all good children go to heaven". Todas as partes são harmoniosas, mas bem distintas.


   

You Never Give Me Your Money (Paul McCartney)

You never give me your money

Your only give me your funny paper

And in the middle of negotiations you break down

I never give you my number

I only give you my situation

And in the middle of investigation I break down.

Out of college money spent

See no future pay no rent.

All the money's gone, nowhere to go.

Any Jobber got the sack,

Monday morning turning back.

Yellow lorry slow, nowhere to go.

But oh - that magic feeling nowhere to go.

One sweet dream

Pick up the bags and get in the limousine.

Soon we'll be away from here.

Step on the gas and wipe that tear away,

One sweet dream came true today, came true today.

One, two, three, four, five, six, seven,

All good children go to heaven.

sábado, 12 de dezembro de 2020

Faz Hoje Anos (78) – Frank Sinatra

Faz hoje 105 anos... Parabéns !!!

Frank Sinatra (12-12-1915 – 14-05-1998), “My Way” é talvez a sua canção mais emblemática e que por sinal, eu nem sequer gosto muito 😊 ! Excelente intérprete, Sinatra trouxe as suas composições que foram, são e serão cantadas por gerações. Obrigado Frank !!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Eyes Thru Glass (54) – Tomar (2/3)

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica.

Em Dezembro de 2018, andei a tirar umas fotos na cidade dos Templários, a maravilhosa cidade de Tomar, e também nos arredores. Esta é a segunda mostra de três.


Igreja Santa Maria dos Olivais 







Barragem Castelo do Bode





Mata Nacional Sete Montes







terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Charada 7.º Arte – Billy Wilder (2)

Fotos e nomes correctos: Marilyn Monroe e Jack Lemmon

1- Clara (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Some Like it Hot”)

2- Janita (Marilyn Monroe em "O Pecado Mora ao Lado" e Jack Lemmon em "O Apartamento"

3- Gabriela (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor”)

4- Luísa (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor”)

5- A Teresa (Ematejoca) certamente que acertou, embora não tenha recebido mail seu, visto que continua com o problema no seu endereço postal

6- Catarina (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Some Like it Hot”)

7- Manuela (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor”)

8- Lis (Marilyn Monroe em “Quanto Mais Quente Melhor” e Jack Lemmon em “Se Meu Apartamento Falasse”)

9- Pedro Coimbra (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Some Like it Hot”)

10- Cantinho (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor”)

11- Ana Freire (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor”)

12- Boop (Marilyn Monroe e Jack Lemmon em “Quanto Mais Quente Melhor”)

Muito Obrigado a Todos Vós pela participação e pelos acertos, que todos conseguiram. A ideia não é ser difícil, mas sim despertar as pessoas a verem bom cinema. Abraço !!!

Próximo realizador, o norte-americano Sidney Lumet, que anunciarei na Newsletter a data de publicação.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Charada 7.ª Arte – Billy Wilder

Realizador Billy Wilder

Charada com comentários NÃO moderados. Por favor, não coloquem aqui a solução, enviem-na para o meu email: ricardosantos1953@gmail.com

O que têm de fazer:

Em baixo, descobrirem e dizerem-me (mail), ambos os nomes da actriz e do actor e em que filme (pelo menos um!) no qual tenham participado. Não é obrigatório que tenham participado no mesmo filme, mas os filmes têm de ser do realizador em questão.

Ajudas: O número de letras do nome a encontrar, e uma foto um pouco alterada.

Somente aceitarei os nomes correctos com as fotos.

Têm 48 horas para "matar a charada" e três palpites por actriz e outros três por actor.

Depois de amanhã, dia 8, pelas 20:00 publico a solução, bem como os seus participantes.

Actriz, duas palavras (13 letras):

_ _ _ _ _ _ _   _ _ _ _ _ _

Actor, duas palavras (10 letras):

_ _ _ _    _ _ _ _ _ _




 


 


Obrigado

sábado, 5 de dezembro de 2020

7.ª Arte - Billy Wilder

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!

Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa

Do cinema norte-americano e nascido na Áustria, trago-vos Billy Wilder (22-06-1906 – 27-03-2002), realizador com 29 películas e uns quantos galardões. Dele escolhi 5 filmes que vi, embora penso que tenha visto mais dois ou três.

(1950) Sunset BoulevardCrespúsculo dos Deuses

(1959) Some Like It HotQuanto mais Quente Melhor

(1963) Irma La Douce

(1964) Kiss me, StupidBeija-me, Idiota

(1978) FedoraO Segredo de Fedora

(1994) Entrevista com Billy Wilder