Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 1 de março de 2022

7.ª Arte - Roger Vadim

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!

Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.

Do cinema francês trago-vos Roger Vadim (26-01-1928 – 11-02-2000), realizador com 36 películas, umas, como realizador e outras, como escritor. Dele escolhi 2 filmes que vi, embora para além destes tenha visto outros.

(1956) Et Dieu… Créa la FemmeE Deus Criou a Mulher

(1968) Barbarella

(1967) Entrevista com Roger Vadim

13 comentários:

  1. Roger Vadim feiote seduziu três mulheres lindas de morrer: Brigitte Bardot, Jane Fonda e Catherine — todas elas estiveram no seu funeral. Vi esses dois filmes 🎥 prefiro o primeiro.

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    1. Sim também prefiro o primeiro, obviamente. O segundo é uma aventura espacial (estilo western francês) que mostra principalmente os atributos corporais de Jane Fonda :).
      Catherine Deneuve grande do cinema francês !
      Teresa obrigado

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  2. E Deus criou a Mulher com a fabulosa BB.
    Nom de Dieu mon ami!!!!

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    1. Sim a fabulosa BB em português, na altuar conhecida por "(B)em (B)oa" :)
      Abraço Pedro

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  3. Conheço as atrizes e o nome dos filmes, mas nunca os vi.

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    1. Se puderes vê, são antigos mas o primiiro é bom cinema !
      Catarina obrigado

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  4. Oi Ricardo
    Obrigada pelo teu comentário.
    Estou mais perto de ti, essa temporada acho que não vai dar para passar em |Portugal- gostaria muito mas há muitos protocolos e cuidados ainda ,Só vindo mesmo ver parte da familia ,na Suiça. Aqui ainda não choveu também e apesar do sol faz bastante frio .
    Também amo cinema e gostei muito do seu texto_ não lembro de ter visto Barbarella vou procurar ver. É uma Arte que também me fascina.
    Grande abraço e boa noite.

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    1. Lis cuida-te nas tuas viagens.
      Espero que nos visites. O tempo aqui que deveria ser de chuve, é de Primavera.
      Fica bem e saúde
      Abraço

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  5. Grandes recordações as suas publicações despertam em nós.
    Obrigado.

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  6. Vi o primeiro!
    B.B. Sempre maravilhosa. Uma grata recordação.

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!