Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 28 de junho de 2022

Jazz Standards (213)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in

http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

How Long Has This Been Going On? (#213) - Música de George Gershwin e Letra de Ira Gershwin

“How Long Has This Been Going On?” foi originalmente escrita por um dueto,  George e Ira Gershwin, para um espectáculo da Broadway chamado “Smarty”. Era uma música para Adele Astaire e Jack Buchanan por ocasião do seu primeiro beijo. De acordo com o letrista Ira Gershwin no seu livro “Lyrics on Multiple Occasions”, o musical recebeu uma recepção fraca na pré-estreia em Filadélfia. Duas semanas depois, a música foi retirada do programa e substituída por “He Loves and She Loves”, “…uma música não tão boa quanto a anterior !”, diz Gershwin, “mas uma que se conseguiu superar.”).

Carmen McRae (Harlem, New York, EUA, 08-04-1920 – Beverly Hills, California, EUA, 10-11-1994)

Peggy Lee (Jamestown, North Dakota, EUA, 26-05-1920 – Bel Air, California, EUA, 21-01-2002) – “Ed Sullivan Show”, em 7 de Novembro de 1965

Stan Getz (Filadélfia, Pensilvânia, EUA 02-02-1927 - Malibu, California, EUA, 06-06-1991) - Stan Getz (saxofone) & Chet Baker (trompete): The Stockholm Concerts, em 1983 para a Sonet Music AB.

Tommy Flanagan (Detroit, Michigan, EUA; 16-03-1930 - New York City, New York, EUA, 16-11-2001), John Coltrane (Hamlet, Carolina do Norte, EUA, 23-09-1926 - Long Island, Nova Iorque, EUA, 17-07-1967) e Kenny Burrell (Detroit, Michigan, EUA, 31-07-1931) – Álbum “The Cats” com Tommy Flanagan (piano), John Coltrane (saxofone), Kenny Burrel (guitarra) e Idrees Sulieman (trompete).

Letra

I could cry salty tears

Where have I been all these years?

Little wow, tell me now

How long has this been goin' on?

There were chills up my spine

And some thrills I can't define

Listen sweet, I repeat

How long has this been goin' on?

Oh, I feel that I could melt

Into heaven I'm hurled

I know how Columbus felt

Finding another world

Kiss me once, then once more

What a dunce I was before

What a break, for heaven's sake

How long has this been goin' on?

Let me dream that it's true

Kiss me twice, then once more

That makes thrice, let's make it four

What a break, for heaven's sake

How long has this been goin' on?

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

sábado, 25 de junho de 2022

Eyes Thru Glass (73) - Lisboa à Volta Av República - Avenidas III

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica.

Esta é a terceira de cinco mostras de fotografia tiradas, em Dezembro de 2009, com a minha HP 850 PhotoSmart, na avenida da República e circundantes. O tema eram os edifícios de alguma beleza arquitectónica.


























sexta-feira, 24 de junho de 2022

Ana Laíns – Fado (9)

O Fado é, desde Novembro de 2011, Património Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO).

Não sou grande admirador, com uma excepção para o fado de Coimbra, mas reconheço o valor deste género musical que representa muito bem, alguma da Boa Música Portuguesa.

Ana Laíns (1979)

Quatro Caminhos, do álbum com o mesmo nome de 2010.

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Alcunhas Alentejanas (19) - Saguim

É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.


Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto.Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Saguim – masculino, cognome individual, alcunha adquirida, designação assumida/designação rejeitada, alcunha de tratamento, classificação: profissional/zoomórfica/física; história: A alcunha reside no facto de o receptor subir postes, frequentemente, por ser electricista (Beja); denominação que identifica um homem de baixa estatura (Castro Verde, Ponte de Sôr, Beja e Redondo); sujeito que viveu em África e falava muito nos saguis (Moura); o visado é parecido com um macaco (Santiago do Cacém). Existe também em Campo Maior e Fronteira.

(In Tratado das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)

Priberam (online)

saguim | s. m.

sa·guim |àgüím|

nome masculino

[Zoologia]  O mesmo que sagui.


• Grafia no Brasil: sagüim.

Palavras relacionadas: sagui


"Saguim", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/Saguim [consultado em 24-07-2020].

Porto Editora (online)

Saguim  /gu-i/

sa.guim  saˈɡwĩ

nome masculino

ZOOLOGIA designação comum, extensiva aos macacos da família dos Calitriquídeos, nativos das regiões florestais da América Central e da América do Sul, de porte ligeiro, pelagem macia, cauda longa, fina e não preênsil, dedos polegares curtos e não oponíveis e unhas em forma de garra, que se alimentam sobretudo de insectos e frutas

Do tupi saw'i, «idem»

Zoológico Virtual - Imagens do animal "Sagui" ou “Saguim”

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Dança (48) Mambo

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Mambo – É um estilo musical e de dança originária dos EUA, porém bastante popular em Cuba …………….. Mais informação aqui !

Mambo Show Dance at Ultimate Ballroom Dance Studio in Memphis

Lou Bega - Mambo Nr.5, Claudia e Ugo

Clases de Mambo | Eva y Kim

terça-feira, 21 de junho de 2022

Dança (47) Flamenco

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Flamenco – É música, o canto e a dança cujas origens remontam às culturas cigana e mourisca, com influência árabe e judaica. A cultura do flamenco é associada principalmente à região da Andaluzia, na Espanha, assim como a Múrcia e Estremadura, e tornou-se um dos símbolos da cultura espanhola…………….. Mais informação aqui !

Compagnie Antonio Gades - Suite Flamenca 

Entre dos Aguas (Paco de Lucia) - Flamenco Dancing and Guitar, Barcelona

Curso Básico de Dança Flamenca com Izabel Moratti - Aula 1

sábado, 18 de junho de 2022

Luciana Souza – Jazz Singers (58)

Luciana Souza (14-07-1966)

Pra Que Discutir Com Madame, do álbum “Brazilian Duos” de 2002, para a ℗ Sunnyside Communications.

Chega de Saudade, do álbum “North and South”, de 2003 para a ℗ Sunnyside Communications.

Muita Bobeira, do álbum “Duos II” de 2012, para a ℗ Sunnyside Communications. 

I Can Let Go Now

quarta-feira, 15 de junho de 2022

Philip Glass (22)

Philip Glass (31-01-1937)

Glassworks

Metamorphosis, adaptação musical da obra de Franz Kafka, “Metamorfose”. 

Andamentos: Metamorphosis One – 00:00; Metamorphosis Two – 06:54; "Metamorphosis Three" – 13:59; "Metamorphosis Four" – 19:09; e "Metamorphosis Five" – 26.29.

The Hours, música para o filme com o mesmo nome “The Hours”, de Stephen Daldry. Ganhou um prémio BAFTA para amelhor música de filme em 2002.

The Kiss

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Rémi Gaillard (41)

Rémi Gaillard (07-02-1975)

Humorista francês conhecido por ser profissional em partidas. Os vídeos publicados no seu “site”, denominado “Nimportequi” (Não importa a quem/A um qualquer), e posteriormente no “YouTube”, tiveram grande impacto, primeiramente, em França e depois em todo o mundo. Os seus vídeos consistem em situações hilariantes, os chamados "apanhados", por vezes levadas ao extremo, tendo já sido expulso por seguranças dos lugares em que se encontra ou detido pela polícia.

Decathlon

Olympics

domingo, 12 de junho de 2022

CinemaScope (45)

Retomo uma rúbrica que existia neste blogue, em rodapé e que possivelmente passou despercebida a muitos que me visitavam, por estar mesmo lá no fim da minha página.

É música claro ! O que estavam à espera ?

São composições que me dizem muito, porque sou um romântico e um eterno apaixonado por música, pelas outras artes, pela humanidade, pelos amigos que encontrei na blogosfera, pela Natureza, pela vida, no fundo, pelas coisas boas desta sociedade em que vivemos.

Desta vez os registos, enquanto não apagados ou eliminados do Youtube, ficarão por cá, com uma única etiqueta “CinemaScope”.

George HarrisonGot My Mind Set On You

O meu “Beatle” favorito. Não somente pelos grandes êxitos que escreveu quando nos Beatles, mas também pela sua excelente carreira a solo.

Charada 7.º Arte – Carlos Diegues (2)

Fotos e nomes correctos: Zezé Mota e José Wilker

1- Janita (Zezé Mota em “Xica da Silva” e José Wilker em “Bye Bye Brasil”)

2- Luísa (Zezé Mota em “Xica da Silva” e José Wilker em “Bye Bye Brasil”)

3- Manuela (Zezé Mota em “Xica da Silva” e José Wilker em “Bye Bye Brasil”)

Muito Obrigado a Todos Vós pela participação e pelos acertos, que todos conseguiram. A ideia não é ser difícil, mas sim despertar as pessoas a verem bom cinema. Abraço !!!

Próximo realizador, o italiano Roberto Rossellini.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Charada 7.ª Arte – Carlos Diegues

Realizador Carlos Diegues

Charada com comentários NÃO moderados. Por favor, não coloquem aqui a solução, enviem-na para o meu email: ricardosantos1953@gmail.com

O que têm de fazer:

Em baixo, descobrirem e dizerem-me (mail), ambos os nomes da actriz e do actor e em que filme (pelo menos um!) no qual tenham participado. Não é obrigatório que tenham participado no mesmo filme, mas os filmes têm de ser do realizador em questão.

Ajudas: O número de letras do nome a encontrar, e uma foto um pouco alterada.

Somente aceitarei os nomes correctos com as fotos.

Têm 48 horas para "matar a charada" e três palpites por actriz e outros três por actor.

Depois de amanhã, dia 12, pelas 20:00 publico a solução, bem como os seus participantes.

Actriz, duas palavras (9 letras):

_ _ _ _    _ _ _ _ _

Actor, duas palavras (10 letras):

_ _ _ _    _ _ _ _ _ _

 

Obrigado

quarta-feira, 8 de junho de 2022

7.ª Arte - Carlos Diegues

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!

Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.

Do cinema brasileiro trago-vos Carlos Diegues (19-05-1940), realizador fundador do Cinema Novo. Com 33 películas e uns quantos galardões. Dele escolhi 1 filme que vi, embora talvez tenha visto mais um ou dois.

(1979) Bye, Bye Brasil

(2015) Entrevista com Carlos Diegues

domingo, 5 de junho de 2022

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Renee Olstead – Jazz Singers (57)

Renee Olstead (19-06-1989)

Sleepwalk

What a Difference a Day Makes, do album “What a Difference a Day Makes”, de 2004, para a ℗ 2004 Reprise Records.

Taking A Chance On Love

My Baby Cares For Me, Ao vivo, em Berlin no Siegessäule, em 2 de Julho de 2005.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Manfred Mann – Festas de Garagem (7)

Na minha juventude diverti-me imenso nas “festas de garagem”. Um levava o gira-discos portátil, outros levavam uns quantos discos. Haviam sempre umas sandes e uns refrigerantes. Dançávamos a tarde inteira e às vezes a entrar pela noite. Ora música para os “pulos”, ora música para dançar agarrados, às vezes “agarradinhos”, mas sem abusar 😊, porque as mães delas eram algumas vezes nossas conhecidas, e tínhamos imenso respeito por elas.

São apenas duas músicas por intérprete. Em alguns deles, duas canções, irão saber a pouco. Naquela época, a “Pop” e a “Rock” anglo-saxónica dominava. Grupos ingleses e americanos, eram aqueles que passavam na rádio, e era neles, onde gastávamos algum dinheiro das nossas mesadas, para comprar os seus discos.

Hoje na 7.ª festa de garagem trago-vos…

Manfred Mann (1962 – 1969)

Ha Ha Said The Clown, composta por  Tony Hazzard, do álbum “Mighty Garvey!

My Name Is Jack, de 1968, composta por John Simon.