Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Jazz Standards (XVI)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Night And Day (#33) – Letra e Música de Cole Porter
Em 29 de Novembro de 1932, o musical “Gay Divorce” abriu a temporada “Ethel Barrymore Theatre”. O “show” marcou a partida de Fred Astaire, como se fosse a sua primeira aparição, sem a sua irmã Adele. Nessa noite com Claire Luce, Astaire apresentou a composição “Night And Day”. O espectáculo conseguiu mais 247 actuações, distinguindo-se como a última aparição de Fred Astaire na Broadway.

Fred Astaire (Omaha, 10-05-1899 — Los Angeles, 22-06-1987) & Ginger Rodgers (Independence, 16-07-1911 - Rancho Mirage, 25-04-1995)


Letra (versão de Fred Astaire & Ginger Rodgers)

Like the beat beat beat of the tom-tom
When the jungle shadows fall
Like the tick tick tock of the stately clock
As it stands against the wall
Like the drip drip drip of the raindrops
When the summer shower is through
So a voice within me keeps repeating you, you, you

Night and day, you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Whether near to me, or far
Its no matter darling where you are
I think of you, night and day

Day and night, why is it so
That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffics boom
In the silence of my lonely room
I think of you, night and day

Night and day under the hide of me
Theres an oh such a hungry yearning burning inside of me
And this torment wont be through
Until you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day

Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998)


Letra (versão de Frank Sinatra)

Night and day, you are the one
Only you beneath the moon or under the sun
Whether near to me, or far
Its no matter darling where you are
I think of you, day and night

Night and day, why is it so
That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffics boom
In the silence of my lonely room
I think of you, day and night

Night and day, under the hide of me
Theres an oh such a hungry yearning burning inside of me
And this torment wont be through
Until you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day

Ella Fitzgerald (Newport News, 25-04-1917 — Beverly Hills, 15-06-1996)


Letra (versão de Ella Fitzgerald)

Night and day, you are the one
Only you beneath the moon and under the sun
Whether near to me, or far
It's no matter darling where you are
I think of you, night and day

Night and day, why is it so
That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
I think of you, night and day

Day and night, under the hide of me
There's an oh such a hungry yearning burning inside of me
And its torment won't be through
'Til you let me spend my life making love to you
Day and night

Night and day, why is it so
That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
I think of you, night and day

Day and night, under the hide of me
There's an oh such a hungry yearning burning inside of me
And its torment won't be through
'Til you let me spend my life making love to you
Night and day...
Day and night...

Bill Evans (Plainfield, 16-08-1929 — New York, 15-09-1980) – Do álbum “The Best of Bill Evans” para a etiqueta “Riverside” em 2004. Faixa nº. 4.

Microgeração e Minigeração

Executado por Pedro Monteiro Soares, em 14 de Maio de 2011, para a “Solar One”.

Vão carregando na seta para irem vendo o "video". Aconselho carregarem antes em "More" e em "Full Screen".


Má percepção para desenhos - Interacção Humorística (XVI)

Em 16-07-2009. Obrigado.
 
Má percepção para o desenho
 
Um industrial de Paços de Ferreira foi à Noruega comprar madeira para a sua fábrica de móveis. À noite, sozinho no bar do hotel, repara numa loira encostada ao bar. Não sabendo falar norueguês, pediu ao barman um bloco e uma caneta. Desenhou um copo com dois cubos de gelo e mostrou-o à loira. Ela, sorriu e tomaram um copo.
De seguida começou a tocar uma música romântica. Ele, pega novamente no bloco, desenha um casal a dançar e mostra-lhe. Ela levanta-se e vão dançar.
Terminada a música, regressam ao bar e é ela que pega no bloco. Desenha uma cama, uma cadeira e uma cómoda e mostra-lhe.
Ele vê e diz: Sim, sim, sou de Paços de Ferreira...

Chico Buarque de Hollanda

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Francisco Buarque de Hollanda (Rio de Janeiro, 19-07-1944 – 20xx) - Mais conhecido, como Chico Buarque ou ainda Chico Buarque de Hollanda, é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro.
Filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, iniciou a sua carreira na década de 1960, destacando-se em 1966, quando venceu, com a canção “A Banda”, o Festival de Música Popular Brasileira. Socialista declarado, se auto-exilou na Itália em 1969, devido à crescente repressão da ditadura militar no Brasil, tornando-se, ao voltar em 1970, um dos artistas mais activos na crítica política e na luta pela democratização do Brasil. Na carreira literária, foi ganhou três “Prémios Jabuti”, com melhor romance em 1992 com “Estorvo”, além do Livro do Ano, tanto pelo livro “Budapeste”, lançado em 2004, como por “Leite Derramado”, em 2010.
Casou-se e separou-se da actriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia, que é actriz e casada com Chico Diaz; Helena, casada com o percussionista Carlinhos Brown; e Luísa.
É irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina.

A música "Valsinha" de Chico e Vinicius. Este poema em homenagem ao grande compositor foi construído utilizando-se versos e letras de suas canções, além de alusões biográficas de Chico Buarque.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Jazz Standards (XV)

Gostaria de salientar, e após 19 semanas de “Jazz Standards“ que isto não é um curso, mas sim, um prazer pessoal meu e, também em vos presentear com outro tipo de música. Eu no meu actual Blog e no anterior, o “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, nunca fui nem quis, nem quero ser mediático. As notícias transmitidas pelos meios de comunicação social, tem o meu interesse em 10% delas, o resto não me interessa. 

Política, futebol, e vidas das pessoas mediáticas, pouco me interessam. O País tem de se construir de uma única maneira, com trabalho honesto. Muita raramente me lerão com comentários políticos, futebolísticos, ou outros que tais, da coscuvilhice.

Apreciem música, mas música mesmo, que é ainda das poucas coisas verdadeiras e universais.

A explicação abaixo, sobre o que é um “Jazz Standard” é importante para quem ler o meu Blog pela primeira vez, por isso a repito, todas as semanas.

Como vos disse já mais que uma vez, não sou músico, não sei música, sou simplesmente um melómano, interessada em ouvir sons com qualidade e diferentes das trivialidades que passam pela grande maioria da nossa rádio e televisão.

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Ain’t Misbehavin (#32) - Música de Fats Waller & Harry Brooks e Letra de Andy Razaf
Na apresentação da publicação musical da música negra “Hot Chocolates”, na Connie’s Inn, no bairro de Harlem, Fats Waller introduziu pela primeira vez a composição “Ain’t Misbehavin”. O espectáculo teve um tal sucesso que foi transferido para a Broadway, tendo a sua estreia a 20 de Junho de 1929, no Teatro Hudson, e aí realizaram-se 219 actuações. No espectáculo de “Connie’s Inn” a canção de “Ain’t Misbehavin” foi interpretada por Margaret Simms e Paul Bass, mais tarde, as “Russell Wooding’s Hallelujah Singers” é que a cantaram. No “Hudson Theatre”, na abertura foram à mesma as “Russell Wooding’s Hallelujah Singers”, mas no intervalo Louis Armstrong, que se estreavana Brodway, foi para o palco e tocou “Ain’t Misbehavin” em solo de trompete.

Fats Waller (New York, 21-05-1904 - Kansas, 15-12-1943)


Letra (versão de Fats Waller)

No one to talk with,
All by myself,
No one to walk with,
But I'm happy on the shelf
Ain't misbehavin',
Savin' my love for you
For you, for you, for you, for you

I know for certain,
The one I love,
I’m through with flirtin',
It’s you that I’m thinking of
Ain't misbehavin',
Savin' my love for you

Like Jack Horner in the corner
Don't go no where,
What do I care,
Your kisses are worth waitin' for
Be-lieve me

I don't stay out late,
No place to go,
I'm home about eight,
Just me and my radio
Ain't misbehavin',
I'm savin' my love for

Django Reinhardt (Liberchies, Pont-à-Celles, 23-01-1910 - Fontainebleau, 16 May 1953) & Stéphane Grappelli (Paris, 26-01-1908 - Paris 01-12-1997) – Django Reinhardt (guitarra) e Stéphane Grappelli (violino).


Anita O'Day (Chicago, Illinois, 18-10-1919 - Los Angeles, 23-11-2006) – Com o Trio de Nat King Cole.


Letra (versão de Anita O’Day)

No one to talk with,
All by myself,
No one to talk with,
But I'm happy on the shelf
Ain't misbehavin',
Savin' all my love for you

I know for certain,
The one I love,
I’m through with flirtin',
It’s just you that I’m thinking of
Ain't misbehavin',
Savin' my love for you

Like Jackie Horner up in the corner
He don't go no where,
What do I care,
Your kisses are worth waitin' for
Believe me

I don't stay out late,
Don’t care to go,
I'm home about eight,
Just me and my radio
Ain't misbehavin',
Savin' my love for

Art Tatum (Toledo, Ohio, 13-10-1910 - Los Angeles, Califórnia, 05-11-1956) – Durante a Segunda Guerra Mundial, com uma audiência de militares norte-americanos.

Prosia Saudade (II)

As horas fora em que vagueei pelas alcatifas do trabalho,
Foi o tempo que passou no relógio da minha vida.
Por muito que ande com os ponteiros para trás,
Esses segundos de areia esgueiraram-se na ampulheta partida.

Um sopro, um vento.

Hoje, quando escrevo, espero ansiosamente,
Para tentar ainda ralhar, como se fosse 1995.
Mas não é.

É a saudade.

Jarra com Flores - Interacção Humorística (XV)

Em 10-07-2009. Obrigado.

Jarra com Flores

MORENA:

O meu marido hoje mandou-me flores !
Já sei que esta noite vou ter que abrir as pernas !

LOIRA:

Porquê ?! Não tens uma jarra...?!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Jazz Standards (XIV)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Sophisticated Lady (#31) – Música de Duke Ellington e Letra de Irving Mills e Mitchell Parish
Duke Ellington e a sua orquestra tocaram “Sophisticated Lady” pela primeira vez em 1933, com solos de Toby Harwdick (saxofone alto), Barney Bigard (clarinete), Lawrence Brown (trombone) e Ellington (piano). A gravação entrou para as tabelas em 27 de Maio de 1933 e ficou por lá 16 semanas, subindo ao 3º. Lugar. O lado B do disco/vinil continha a música “Stormy Weather”, que seguiu o mesmo percurso do lado A e subiu nas tabelas ao 4º. Lugar. A composição “Stormy Weather” de Ted Koehler e Harold Arlen, foi apresentada pela orquestra de Leo Reisman, com Harold Arlen como vocalista, e nesse ano Duke Ellington fez a segunda versão desta música.

Toots Thielemans (Bruxelas, 29 de Abril de 1922 -20xx) – No programa “Night Music”, em 1989.


Chick Corea (Chelsea, Massachusetts, 12-06-1941 - 20xx) – Ao vivo no “Kirin Jazz Day”, com Chick Corea (piano), John Pattituci (contrabaixo) e Dave Weckl (bateria).


Al Jarreau (Milwaukee, 12-03-1940 - 20xx)


Letra (versão de Al Jarreau)

They say into that your early life romance came
And in your tender heart burned a flame
A flame that flickered and died one day away
And now with disillusion deep in your eyes
You learned that fools in love soon grow wise
I know has changed you somehow
I see you now
I see you now
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow
You are so nonchalant, diamonds shining, dancing and dining
With some man in a restaurant
Is that all you really want?
No sophisticated lady, I know
You miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
You smoking, and you drinking,
never ever thinking of sometime tomorrow
You are so nonchalant, diamonds shining, dancing and dining
With some man in a restaurant
Is that all you really want?
No sophisticated lady, I know
You miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
And when nobody is nigh
I see you cry

Melissa Manchester (New York, 15-02-1951 - 20xx) – Melissa Manchester (voz) e Stan Getz (saxofone), com a orquestra “Boston Pops”.


Letra (versão de Melissa Manchester)

They say into your early life romance came
And in that heart of yours burned a flame
A flame that flickered one day and died away
Then, with disillusion deep in your eyes
You learned that fools in love soon grow wise
The years have changed you, somehow
I see you now
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow, nonchalant,
Diamonds shining, dancing, dining with some man in a restaurant
Is that all you really want?
No, no, sophisticated lady,
You know, you miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
Smoking, drinking, never thinking of tomorrow, nonchalant,
Diamonds shining, dancing, dining with some man in a restaurant
Is that all you really want?
No, no, sophisticated lady,
You know, you miss the love you lost long ago
And when nobody is nigh you cry
Sophisticated lady don’t cry
Don’t cry
Don’t cry
Don’t cry

Claude Lelouch – “C'était Un Rendez-Vous” (1976)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)


Claude Lelouch (Paris, 30-10-1937 – 20xx) - É um argumentista, produtor e realizador de cinema francês.

C'était Un Rendez-vous” (“Era Um Encontro”) é um curta-metragem, feito em 1976, por Claude Lelouch No filme, é mostrado um condutor andando a alta velocidade nas ruas de Paris, às 5:30 da manhã.

Devido a limitada disponibilidade de “videotapes” do mesmo, o filme ganhou o estatuto de culto e também, posteriormente, muita admiração dos apaixonados das quatro rodas, devido ao abuso que o condutor pratica ao dirigir o veículo a alta velocidade.

Dada a crescente popularidade e a falta de cópias originais do filme, ele foi recentemente “recriado”, baseando-se no negativo original do filme (de 35mm), e lançado em DVD, tendo forte divulgação pela Internet.

Este filme é um exemplo do que se chama “cinéma vérité”, já que foi feito num ângulo único e sem montagem, sendo usada uma câmara instalada na parte dianteira do carro. A duração do filme foi limitada ao tempo máximo de gravação permitido pela câmara, que era de menos de 10 minutos.

A ideia de Calude Lelouch aproveitou-se do novo equipamento que tinha em mãos, uma câmara giroscópica (cujos efeitos são de movimento). A câmara tinha um tempo curto de gravação e registou o percurso louco, até chegar à Basílica do Sagrado Coração, (Sacre Cœur, em francês) localizada no bairro de Montmartre.

O filme mostra nos seus quase nove minutos de duração um condutor dirigindo seu carro pelas ruas de Paris, nas primeiras horas da manhã, acompanhado do som das altas rotações do motor, com várias mudanças de marchas repentinas e pneus a guinchar. Tudo começa no túnel da “Périphérique”, mostrando uma imagem a bordo de um carro que não é visto, indo em direcção a “Avenue Foch”. Locais famosos da cidade são exibidos, durante o trajeto em que é feito, tais como o “Arco do Triunfo”, o obelisco da “Praça da Concórdia”, assim como também a famosa avenida “Champs-Élysées”. Peões não são respeitados, pombos que estavam nas ruas são dispersados, sinais vermelhos são ignorados, vias de mão-única e de contramão são usadas e faixas centrais são atravessadas. O carro nunca aparece, mas devido à posição da câmara, sabemos que estamos a filmar o percurso. No final, a viatura estaciona na calçada da colina do “Sacre Coeur”. O protagonista sai do carro e encontra-se com uma mulher de cabelos loiros, enquanto se ouve ao fundo sinos tocando.

A mesma ideia foi usada, tempos depois, em alguns filmes do género, como Getaway in Stockholm e Ghost Rider.

Vários grupos de discussões espalhados pela “Internet” reivindicavam que o carro usado no filme tenha sido uma Ferrari 275 GTB, que era do próprio Lelouch, ou então algum outro modelo de carro, como o Alpine-Renault, ou até mesmo, um protótipo de Le Mans. Partes do carro ou até mesmo sua cor nunca foram mostrados até então.

Já para o piloto anónimo, as especulações da época basearam-se nos pilotos activos e mais conhecidos da época, tais como: Jacques Laffite, Jacky Ickx, Jean-Pierre Beltoise, Jean Ragnotti, Johnny Servoz-Gavin, René Arnoux, Jean-Pierre Jarier, entre outros.

Cálculos feitos por grupos independentes mostraram que o carro nunca passou de 140 km/hora. Lelouch afirmou que a velocidade máxima teria atingido os 200 km/hora.

Em 2006, trinta anos depois da estreia do filme, o director francês revelou, numa uma espécie de "making of", que o carro que trasnportou a câmara não foi um Ferrari 275 GTB, como todos pensavam, mas sim um Mercedes-Benz 450 SEL 6.9. Este carro tem mudanças automáticas e chega à velocidade máxima de 230 km/hora. As mudanças para velocidades altas e o som das altas rotações de motor indicam que o carro está a mais de 200 km/hora; no entanto, a velocidade do carro em relação à velocidade em que o som reproduz parece não ter relação. Como já se especulava, o som utilizado é um “overdub” do Ferrari 275 GTB, dando por isso e de facto, a impressão de maior velocidades. Isto foi depois confirmado por Lelouch na mesma entrevista.

Ao mesmo tempo que a informação verdadeira do carro foi revelada, uma foto foi divulgada no site oficial do director (e que depois, de modo instantâneo, se espalhou pela Internet), mostrando Lelouch ajustando a câmara giroscópica que foi utilizada no filme, no seu Mercedes.

O filme feito por Lelouch exibe uma negligência criminal, decorrendoa do risco de morte corrido pelos pedestres e da segurança do condutor. Na primeira exibição do filme, Lelouch foi preso e libertado logo depois, sem nenhuma punição sofrida.

A distribuição do filme poderia ser vista como ameaça, já que poderia incentivar qualquer condutor a andar perigosamente (e como louco) pelas ruas, desrespeitando todas as leis do trânsito (incluíndo semáforos), apontando que Lelouch estava certo quando falava que o filme era algo de acção real, ao contrário dos com efeitos cinematográficos.

Comentários atribuídos ao próprio Lelouch indicam que ele reconheceu o ultraje moral feito neste filme e que ele estava preparado para os futuros riscos e problemas que o filme proporcionaria.

Prosia Saudade I

Olhei para trás e vi-a sentada num banco de autocarro
Um enorme jornal sobre as pernas,
A ler os bonecos e a soletrar as primeiras sílabas.
Os sorrisos de quem se sentava naquele banco eram gratos.

As horas voaram.

Olhei para a frente e está longe,
À distância de “Era uma vez na América”.
Em alguns tempos, em que me escuto sozinho,
A água salgada bate nas minhas janelas.

É a saudade.

Uma Mulher do Porto - Interacção Humorística (XIV)

Em 25-06-2009. Obrigado.
 
Uma mulher do Porto
 
Na Ribeira:
 
- Ó Guida, logo à noite bais às Antas ?

- Naue, bou ò cinema.

- Bais ber o quiê ?

- Olha, bou ber os "Colhões de Nabarone".

- Ó Guida, naum é os "Colhões de Nabarone", é os "Canhões de Nabarone" carago !.

- Óh... Foda-se !!! Atoun, bou às Antas !!!

Em 4 minutos, a evolução de 200 Países em 200 anos

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Hans Rosling (Uppsala, Suécia, 27-07-1948 – 20xx) – Médico sueco, Académico, Estatísitico e orador público. Ele é Professor em Saúde Internacional, no “Karolinska Institute” e co-fundador, e Presidente da “Gapminder Foundation”, que contribuiu para o desenvolvimento, daquilo que vamos ver aqui, o sistema de “software” “Trendalyzer”.

O médico Hans Rosling mostra a história do desenvolvimento do planeta nos últimos dois séculos, transformando estatísticas em animação gráfica interactiva (“Trendalyzer”). Programa "The Joy of Stats" da BBC 4.

sábado, 7 de maio de 2011

Jazz Standards (XIII)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.
Então o que é um “standard” ?
Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.

Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Love For Sale (#30) – Letra e Música de Cole Porter
No dia 9 de Dezembro de 1930, Charles Darnton do jornal nova-iorquino “Evening World” escreveu que a interpretação de “Love For Sale”, por Kathryn Crawford, June Shafer, Ida Pearson, e Stella Friend, tinha sido de muito mau gosto. Nesse mesmo dia, no outro nova-iorquino “Herald Tribune”, Percy Hammond escreveu, “...uma vocalista assustada cantou “Love For Sale”.
Na noite anterior ambos os jornalistas tinham estado na estreia do musical da Broadway “The New Yorkers”, no “Broadway Theater”, durante a qual Crawford apresentou a canção de Cole Porter “Love For Sale”.

Billie Holiday (Filadélfia, 07-04-1915 — New York, 17-07-1959) – Do LP “Solitude” de 1956, faixa nº. 10.


Letra (versão de Billie Holiday)

Love for sale,
Appetising young love for sale.
Love that's fresh and still unspoiled,
Love that's only slightly soiled,
Love for sale.
Who will buy?
Who would like to sample my supply?
Who's prepared to pay the price,
For a trip to paradise?
Love for sale
Let the poets pipe of love
in their childish way,
I know every type of love
Better far than they.
If you want the thrill of love,
I've been through the mill of love;
Old love, new love
Every love but true love
Love for sale.
Appetising young love for sale.
If you want to buy my wares.
Follow me and climb the stairs
Love for sale.

Oscar Peterson (Montreal, 15-08-1925 - 23-12-2007) – “Plays The Cole Porter Songbook” álbum de 1959, com composições de Cole Porter. Faixa nº. 3, com Oscar Peterson (piano), Ray Brown (contrabaixo) e Ed Thigpen (bateria). Gravado entre 14 Julho e 9 Agosto de 1959, para a etiqueta “Verve”.


Chet Baker (Yale, Oklahoma, 23-12-1929 – Amsterdão, 13-05-1988) - Chet Baker (trompte e voz), Jean-Louis Rassinfosse (contrabaixo) e Michel Graillier (piano). 1ª. Faixa do álbum “Candy” (1985).


Carmen McRae (Harlem, New York, 08-04-1920 – Beverly Hills, California, 10-11-1994) – Carmen McRae (voz), Norman Simmons (piano), Victor Sproles (contrabaixo) e Walter Perkins (bateria), em 1962.


Letra (versão de Carmen McRae)

Love for sale,
Appetising young love for sale.
Love that's fresh and still unspoiled,
Love that's only slightly soiled,
Love for sale.

Norman we’re only gonna do one chorus of this theme !

Who will buy?
Who would like to sample my supply?
Who's prepared to pay the price,
For a trip to paradise?
Love for sale
Let the poets pipe of love
in their childish way,
I know every type of love
Better far than they.
If you would like the thrill of love,
I've been through the mill of love;
Old love, new love
Every kind but true love
Love for sale.
Appetising, appetising young love for sale.
If you would like to buy my wares.
Follow me and climb the stairs
Love for sale.
Love for sale.
Love for sale.

Pat Metheny – De novo por cá (V)... último

(In Wikipédia ou http://www.patmetheny.com - Os excertos das biografias foram adaptados e traduzidos, o resto dos textos são da minha autoria – Ricardo Santos)

Se quiserem ler/ouvir todos os artigos/músicas deste grupo, é irem ao meu “velho” Blogue “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” e procurarem as etiquetas “PMG” e “Fusão”, aconselho também a etiqueta “Jazz o que é” (“link” aqui em baixo), onde se explica o que é este género musical, pela vozes do saudoso Luís Villas-Boas (“música de vivos para vivos” !!!) e pelo trompetista Laurent Filipe.


Third Wind” (do álbum do grupo, intitulado “Still Life (talking)” de 1987), ao vivo em 1991. Com Pat Metheny (guitarra), Lyle Mays (teclas), Steve Rodby (contrabaixo), Armando Marçal (percussão), Paul Wertico (bateria) e Pedro Aznar (vocais e outros instrumentos).


Third Wind” (do álbum do grupo, intitulado “Still Life (talking)” de 1987), com a "Metropole Orchestra" ou "Het Metropole Orkest", e a voz de Fay Lovsky, gravado em 2003. É uma orquestra popular de jazz, de origem holandesa. Foi fundada em 1945 por Dolf van der Linden e é administrada e subsidiada pela "Netherlands Public Broadcasting". O nome do grupo foi sugerido por um dos músicos. Dolf van der Linden liderou durante 35 anos até sair em 1980. Foi substituído por Rogier van Otterloo, que conduziu a orquestra até 1998, altura da sua morte súbita. Dick Bakker herdou a batuta até 1995, altura em que o actual maestro Vince Mandoza assumiu a sua liderança.

Gravado no “Festival Norh Sea Jazz” de 2003 – Evento de três dias, na Holanda, e um dos melhores festivais internacionais de jazz na Europa. Ano após ano, os convidados nunca deixam de impressionar, e o fim de semana inteiro é soberbamente organizado. Todas as salas estão localizadas no interior do labirinto, que é o complexo do Centro de Congressos holandês, "Den Haag". Cada um dos dias do Festival atrai uma população de 22.000 ou mais amantes do Jazz, aqueles que simplesmente apreciam umas horas bem passadas.

Um exemplo em Jesus - Interacção Humorística (XIII)

Em 25-06-2009. Obrigado.

Um exemplo em Jesus

Um pai judeu, com a melhor das intenções, enviou o seu filho para o colégio mais caro da comunidade Judia. Apesar das suas intenções, Samuel não ligava “puto” às aulas.

Notas do primeiro mês: Matemática 2, Geografia 3.5, História 1.7, Literatura 2 e Comportamento 0

Estas espantosas classificações repetiam-se de mês a mês, até que o pai se cansou e, um dia, chamou-o e disse-lhe:

- Samuel ouve bem o que te vou dizer, se no próximo mês as tuas notas e o teu comportamento não melhorarem, vou-te mandar estudar para um colégio católico.

No mês seguinte as notas do Samuel foram uma tragédia, só comparável ao naufrágio do Titanic e o pai cumpriu com a sua palavra. Através de um rabino próximo da sua família, contactou com um bispo que lhe recomendou um bom Colégio Franciscano para o qual Samuel foi enviado. As notas alteram-se por completo.

Notas do primeiro mês: Matemática 18, Geografia 16, História 18, Literatura 20 e Comportamento 20;
Notas do segundo mês: Matemática 20, Geografia 18, História 20, Literatura 20 e Comportamento 20.

O pai surpreendido perguntou-lhe:

- Samuel, O que te aconteceu para ires tão bem na escola? Como é que se deu este milagre?
- Não sei papá. Apresentaram-me todos os colegas e a todos os professores e logo de tarde fomos a uma igreja.
Quando entrei, vi uma estátua de um homem crucificado, com pregos nas mãos e nos pés, com cara de ter sofrido muito e todo ensanguentado.

Perguntei: ‘Quem é Ele?’

E um aluno dos cursos superiores, respondeu-me:

'Ele era um judeu como tu !'.

Então disse cá para comigo: F***-se,... aqui temos que estudar, que estes gajos não são para brincadeiras !!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A poupança de água. Um bem precioso.

A empresa Roca investiu num sistema de poupar água, utilizando as águas de lavar as mãos e a cara para os sanitários.
Deveriam existir muitas e muitas outras a fazerem o mesmo.

Talvez fosse bom que os Governos tivessem a coragem de obrigar os empresários e as suas empresas, a produzir produtos que através da Tecnologia ajudassem a poupar energia, neste caso água. Só assim salvaremos a espécie animal no planeta que habitamos.

Sim, porque não duvidem, a Terra, por mais alguns milhões, deverá cá ficar, nós os animais é que iremos desaparecer, talvez muito em breve !