Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Uma Mulher do Porto - Interacção Humorística (XIV)

Em 25-06-2009. Obrigado.
 
Uma mulher do Porto
 
Na Ribeira:
 
- Ó Guida, logo à noite bais às Antas ?

- Naue, bou ò cinema.

- Bais ber o quiê ?

- Olha, bou ber os "Colhões de Nabarone".

- Ó Guida, naum é os "Colhões de Nabarone", é os "Canhões de Nabarone" carago !.

- Óh... Foda-se !!! Atoun, bou às Antas !!!

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!