(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Claude Lelouch (Paris, 30-10-1937 – 20xx) - É um argumentista, produtor e realizador de cinema francês.
“C'était Un Rendez-vous” (“Era Um Encontro”) é um curta-metragem, feito em 1976, por Claude Lelouch No filme, é mostrado um condutor andando a alta velocidade nas ruas de Paris, às 5:30 da manhã.
Devido a limitada disponibilidade de “videotapes” do mesmo, o filme ganhou o estatuto de culto e também, posteriormente, muita admiração dos apaixonados das quatro rodas, devido ao abuso que o condutor pratica ao dirigir o veículo a alta velocidade.
Dada a crescente popularidade e a falta de cópias originais do filme, ele foi recentemente “recriado”, baseando-se no negativo original do filme (de 35mm), e lançado em DVD, tendo forte divulgação pela Internet.
Este filme é um exemplo do que se chama “cinéma vérité”, já que foi feito num ângulo único e sem montagem, sendo usada uma câmara instalada na parte dianteira do carro. A duração do filme foi limitada ao tempo máximo de gravação permitido pela câmara, que era de menos de 10 minutos.
A ideia de Calude Lelouch aproveitou-se do novo equipamento que tinha em mãos, uma câmara giroscópica (cujos efeitos são de movimento). A câmara tinha um tempo curto de gravação e registou o percurso louco, até chegar à Basílica do Sagrado Coração, (Sacre Cœur, em francês) localizada no bairro de Montmartre.
O filme mostra nos seus quase nove minutos de duração um condutor dirigindo seu carro pelas ruas de Paris, nas primeiras horas da manhã, acompanhado do som das altas rotações do motor, com várias mudanças de marchas repentinas e pneus a guinchar. Tudo começa no túnel da “Périphérique”, mostrando uma imagem a bordo de um carro que não é visto, indo em direcção a “Avenue Foch”. Locais famosos da cidade são exibidos, durante o trajeto em que é feito, tais como o “Arco do Triunfo”, o obelisco da “Praça da Concórdia”, assim como também a famosa avenida “Champs-Élysées”. Peões não são respeitados, pombos que estavam nas ruas são dispersados, sinais vermelhos são ignorados, vias de mão-única e de contramão são usadas e faixas centrais são atravessadas. O carro nunca aparece, mas devido à posição da câmara, sabemos que estamos a filmar o percurso. No final, a viatura estaciona na calçada da colina do “Sacre Coeur”. O protagonista sai do carro e encontra-se com uma mulher de cabelos loiros, enquanto se ouve ao fundo sinos tocando.
A mesma ideia foi usada, tempos depois, em alguns filmes do género, como Getaway in Stockholm e Ghost Rider.
Vários grupos de discussões espalhados pela “Internet” reivindicavam que o carro usado no filme tenha sido uma Ferrari 275 GTB, que era do próprio Lelouch, ou então algum outro modelo de carro, como o Alpine-Renault, ou até mesmo, um protótipo de Le Mans. Partes do carro ou até mesmo sua cor nunca foram mostrados até então.
Já para o piloto anónimo, as especulações da época basearam-se nos pilotos activos e mais conhecidos da época, tais como: Jacques Laffite, Jacky Ickx, Jean-Pierre Beltoise, Jean Ragnotti, Johnny Servoz-Gavin, René Arnoux, Jean-Pierre Jarier, entre outros.
Cálculos feitos por grupos independentes mostraram que o carro nunca passou de 140 km/hora. Lelouch afirmou que a velocidade máxima teria atingido os 200 km/hora.
Em 2006, trinta anos depois da estreia do filme, o director francês revelou, numa uma espécie de "making of", que o carro que trasnportou a câmara não foi um Ferrari 275 GTB, como todos pensavam, mas sim um Mercedes-Benz 450 SEL 6.9. Este carro tem mudanças automáticas e chega à velocidade máxima de 230 km/hora. As mudanças para velocidades altas e o som das altas rotações de motor indicam que o carro está a mais de 200 km/hora; no entanto, a velocidade do carro em relação à velocidade em que o som reproduz parece não ter relação. Como já se especulava, o som utilizado é um “overdub” do Ferrari 275 GTB, dando por isso e de facto, a impressão de maior velocidades. Isto foi depois confirmado por Lelouch na mesma entrevista.
Ao mesmo tempo que a informação verdadeira do carro foi revelada, uma foto foi divulgada no site oficial do director (e que depois, de modo instantâneo, se espalhou pela Internet), mostrando Lelouch ajustando a câmara giroscópica que foi utilizada no filme, no seu Mercedes.
O filme feito por Lelouch exibe uma negligência criminal, decorrendoa do risco de morte corrido pelos pedestres e da segurança do condutor. Na primeira exibição do filme, Lelouch foi preso e libertado logo depois, sem nenhuma punição sofrida.
A distribuição do filme poderia ser vista como ameaça, já que poderia incentivar qualquer condutor a andar perigosamente (e como louco) pelas ruas, desrespeitando todas as leis do trânsito (incluíndo semáforos), apontando que Lelouch estava certo quando falava que o filme era algo de acção real, ao contrário dos com efeitos cinematográficos.
Comentários atribuídos ao próprio Lelouch indicam que ele reconheceu o ultraje moral feito neste filme e que ele estava preparado para os futuros riscos e problemas que o filme proporcionaria.
Claude Lelouch (Paris, 30-10-1937 – 20xx) - É um argumentista, produtor e realizador de cinema francês.
“C'était Un Rendez-vous” (“Era Um Encontro”) é um curta-metragem, feito em 1976, por Claude Lelouch No filme, é mostrado um condutor andando a alta velocidade nas ruas de Paris, às 5:30 da manhã.
Devido a limitada disponibilidade de “videotapes” do mesmo, o filme ganhou o estatuto de culto e também, posteriormente, muita admiração dos apaixonados das quatro rodas, devido ao abuso que o condutor pratica ao dirigir o veículo a alta velocidade.
Dada a crescente popularidade e a falta de cópias originais do filme, ele foi recentemente “recriado”, baseando-se no negativo original do filme (de 35mm), e lançado em DVD, tendo forte divulgação pela Internet.
Este filme é um exemplo do que se chama “cinéma vérité”, já que foi feito num ângulo único e sem montagem, sendo usada uma câmara instalada na parte dianteira do carro. A duração do filme foi limitada ao tempo máximo de gravação permitido pela câmara, que era de menos de 10 minutos.
A ideia de Calude Lelouch aproveitou-se do novo equipamento que tinha em mãos, uma câmara giroscópica (cujos efeitos são de movimento). A câmara tinha um tempo curto de gravação e registou o percurso louco, até chegar à Basílica do Sagrado Coração, (Sacre Cœur, em francês) localizada no bairro de Montmartre.
O filme mostra nos seus quase nove minutos de duração um condutor dirigindo seu carro pelas ruas de Paris, nas primeiras horas da manhã, acompanhado do som das altas rotações do motor, com várias mudanças de marchas repentinas e pneus a guinchar. Tudo começa no túnel da “Périphérique”, mostrando uma imagem a bordo de um carro que não é visto, indo em direcção a “Avenue Foch”. Locais famosos da cidade são exibidos, durante o trajeto em que é feito, tais como o “Arco do Triunfo”, o obelisco da “Praça da Concórdia”, assim como também a famosa avenida “Champs-Élysées”. Peões não são respeitados, pombos que estavam nas ruas são dispersados, sinais vermelhos são ignorados, vias de mão-única e de contramão são usadas e faixas centrais são atravessadas. O carro nunca aparece, mas devido à posição da câmara, sabemos que estamos a filmar o percurso. No final, a viatura estaciona na calçada da colina do “Sacre Coeur”. O protagonista sai do carro e encontra-se com uma mulher de cabelos loiros, enquanto se ouve ao fundo sinos tocando.
A mesma ideia foi usada, tempos depois, em alguns filmes do género, como Getaway in Stockholm e Ghost Rider.
Vários grupos de discussões espalhados pela “Internet” reivindicavam que o carro usado no filme tenha sido uma Ferrari 275 GTB, que era do próprio Lelouch, ou então algum outro modelo de carro, como o Alpine-Renault, ou até mesmo, um protótipo de Le Mans. Partes do carro ou até mesmo sua cor nunca foram mostrados até então.
Já para o piloto anónimo, as especulações da época basearam-se nos pilotos activos e mais conhecidos da época, tais como: Jacques Laffite, Jacky Ickx, Jean-Pierre Beltoise, Jean Ragnotti, Johnny Servoz-Gavin, René Arnoux, Jean-Pierre Jarier, entre outros.
Cálculos feitos por grupos independentes mostraram que o carro nunca passou de 140 km/hora. Lelouch afirmou que a velocidade máxima teria atingido os 200 km/hora.
Em 2006, trinta anos depois da estreia do filme, o director francês revelou, numa uma espécie de "making of", que o carro que trasnportou a câmara não foi um Ferrari 275 GTB, como todos pensavam, mas sim um Mercedes-Benz 450 SEL 6.9. Este carro tem mudanças automáticas e chega à velocidade máxima de 230 km/hora. As mudanças para velocidades altas e o som das altas rotações de motor indicam que o carro está a mais de 200 km/hora; no entanto, a velocidade do carro em relação à velocidade em que o som reproduz parece não ter relação. Como já se especulava, o som utilizado é um “overdub” do Ferrari 275 GTB, dando por isso e de facto, a impressão de maior velocidades. Isto foi depois confirmado por Lelouch na mesma entrevista.
Ao mesmo tempo que a informação verdadeira do carro foi revelada, uma foto foi divulgada no site oficial do director (e que depois, de modo instantâneo, se espalhou pela Internet), mostrando Lelouch ajustando a câmara giroscópica que foi utilizada no filme, no seu Mercedes.
O filme feito por Lelouch exibe uma negligência criminal, decorrendoa do risco de morte corrido pelos pedestres e da segurança do condutor. Na primeira exibição do filme, Lelouch foi preso e libertado logo depois, sem nenhuma punição sofrida.
A distribuição do filme poderia ser vista como ameaça, já que poderia incentivar qualquer condutor a andar perigosamente (e como louco) pelas ruas, desrespeitando todas as leis do trânsito (incluíndo semáforos), apontando que Lelouch estava certo quando falava que o filme era algo de acção real, ao contrário dos com efeitos cinematográficos.
Comentários atribuídos ao próprio Lelouch indicam que ele reconheceu o ultraje moral feito neste filme e que ele estava preparado para os futuros riscos e problemas que o filme proporcionaria.
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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!