Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 30 de abril de 2022

Alcunhas Alentejanas (18) - Ralo

 É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.

 


Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto.Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Ralo (a) – masculino, cognome individual, alcunha adquirida, designação rejeitada, alcunha de referência, classificação: física/comportamental; história: Designação aplicada a um sujeitoi que tem a barba muito rala (Aljustrel); o visado, em criança, era muito franzino (Serpa); indivíduo que anda sempre a aborrecer os outros (Serpa); o receptor adquiriu esta alcunha porque assobia com o ralo de um regador (Moura).

(In Tratado das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)

Priberam (online)

ralo | s. m.

ralo | adj.

ralo | s. m.

1ª pess. sing. pres. ind. de ralar

ra·lo 1

(latim rallum, -i)

nome masculino

1. Ralador.

2. Fundo da peneira, da joeira, do crivo, etc.

3. Espécie de crivo que se coloca no orifício de um cano para não deixar passar nada que o obstrua.Ver imagem

4. Peça metálica crivada de buracos que se adapta a uma porta de escada para ver quem chama.Ver imagem = CRIVO

5. Apêndice do regador para borrifar. = CRIVO

6. Peça com buracos ou grade em confessionários ou conventos, que se destina geralmente a ver sem ser visto.Ver imagem = CRIVO, RÓTULO

7. Grade que permite fechar uma porta ou janela, mantendo a iluminação parcial e o arejamento.Ver imagem = GELOSIA, RÓTULA

8. [Entomologia]  Insecto ortóptero, semelhante ao grilo, muito nocivo às plantas. = RELA

9. Antiga embarcação indiana.

Palavras relacionadas: 

crivacrivocrivadocrivaçãocrivarralaralete

ra·lo 2

(latim rarus, -a, -um)

adjectivo

1. Pouco denso. = RARO ≠ ESPESSO

2. Que existe em pouca quantidade.

3. Que tem espaços entre si. = ESPAÇADO, INTERVALADO

Palavras relacionadas: 

raladoralaçãoarralentararralarralaralezaralão

ra·lo 3

(francês râle)

nome masculino

1. Ruído anormal nas vias respiratórias.

2. Estertor.

Palavras relacionadas: 

raladoralezaralaralaçãoralãoarralentararralar

ra·lar - Conjugar

verbo transitivo

1. Raspar com o ralador; esmagar; moer; triturar.

2. Chatear, aborrecer; importunar; apoquentar.

3. [Figurado]  Atormentar; amofinar.

verbo intransitivo

4. [Portugal: Trás-os-Montes]  Coaxar.

5. [Brasil, Informal]  Trabalhar muito (ex.: eles ralam pesado durante a semana toda e só descansam no domingo).

Palavras relacionadas: 

ralaçãoraladoralorala, , apoquentaraporrinhar

"ralo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/ralo [consultado em 24-07-2020].

Porto Editora (online)

ralo1

ˈʀalu

nome masculino

1. peça com orifícios ou grade, colocada na abertura de uma canalização de esgotos, no fundo de banheiras, lavatórios, tanques, etc., ou ao nível do chão, para possibilitar o escoamento de águas e a retenção de detritos

2. parte do encanamento que se localiza imediatamente abaixo desta peça

3. ralador

4. fundo do crivo ou da peneira

5. tampa crivada de orifícios colocada no bico dos regadores para permitir a saída e a distribuição da água

6. peça, com buracos ou grade, que se adapta a uma porta, janela, confessionário, etc., permitindo a entrada do ar e ver para fora sem ser visto

7. ZOOLOGIA designação comum, extensiva a diferentes espécies de insectos ortópteros, da família dos Grilotalpídeos, que apresentam as patas anteriores adaptadas à escavação, sendo comuns em terras de cultura, onde destroem as raízes de diversas plantascachorro-da-areia, grilo-toupeira, raro

Do latim rallu-, «raspador»

ralo2

ˈʀalu

nome masculino

ruído produzido pela respiração das pessoas atacadas de doença nas vias respiratóriaspieira

Do francês râle, «ruído no pulmão»

ralo3

ˈʀalu

adjectivo

1. pouco denso, pouco espesso, raro

2. com intervalos, espaçado

3. que aparece ou existe em pequena quantidade

ralo4

ˈʀalu

nome masculino

NÁUTICA antiga embarcação indiana

CinemaScope (43)

Retomo uma rúbrica que existia neste blogue, em rodapé e que possivelmente passou despercebida a muitos que me visitavam, por estar mesmo lá no fim da minha página.

É música claro ! O que estavam à espera ?

São composições que me dizem muito, porque sou um romântico e um eterno apaixonado por música, pelas outras artes, pela humanidade, pelos amigos que encontrei na blogosfera, pela Natureza, pela vida, no fundo, pelas coisas boas desta sociedade em que vivemos.

Desta vez os registos, enquanto não apagados ou eliminados do Youtube, ficarão por cá, com uma única etiqueta “CinemaScope”.

Wings Mull Of Kintyre

Os Wings, o grupo criado por Paul McCartney e Linda Eastman após o fim dos Beatles.

Se há um instrumento que me agrada em determinadas composições, como melodia de fundo, ele é, indubitavelmente, a “gaita de foles”.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Jazz Standards (211)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in

http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Django (#211) - Música e Letra de John Lewis

O pianista e director musical do “Modern Jazz Quartet”, John Lewis, compôs “Django” em 1954 como uma homenagem ao grande violonista cigano Django Reinhardt. Foi uma peça de assinatura do “Modern Jazz Quartet” que, além de Lewis, apresentava Milt Jackson no vibrafone, Percy Heath no contrabaixo e Connie Kay que substituiu Kenny Clarke, na bateria. Embora a gravação marcante do “MJQ”, “Django”, tenha sido lançada num LP em 1956, na verdade foi gravada em três sessões diferentes em 1953, 1954 e 1956. A sessão de 1953 foi lançada como dois Long Play’s de 10 polegadas. “Django” foi gravado na sessão de 1954.

Bill Evans (Plainfield, EUA, 16-08-1929 — New York, EUA, 15-09-1980) - Bill Evans (piano, electric piano) e Eddie Gomez (contrabaixo), no "Montreux Jazz Festival", Montreal, Suiça, 20 de Julho de 1975.

Joe Pass (New Brunswick, New Jersey, EUA, 13-01-1929 – Los Angeles, California, EUA, 23-05-1994) – Com Joe Pass (guitarra), John Pisano (guitarra), Jim Hughart (contrabaixo) e Colin Bailey (bateria).

John Lewis (La Grange, Illinois, EUA, 03-05-1920 - New York, EUA, 31-03-2001) – O seu criador, ao vivo, no Berlin Piano Workshop de 1965, com John Lewis (piano), Niels-Henning Ørsted Pedersen (contrabaixo) e Connie Kay (bateria).

Eddie Higgins (Cambridge, Massachusetts, EUA, 21-02-1932 - Fort Lauderdale, Florida, EUA, 31-08-2009) Trio – com Eddie Higgins (piano), Richard Evans (contrabaixo) e Marshall Thompson (bateria).

sábado, 23 de abril de 2022

Jafumega – Nascidos Aqui (38)

Jafumega (1980 – 1983)

Ribeira, de 1981.

Nó Cego, do álbum “Jafumega”, de 1982.

Latin'America, do álbum “Jafumega”, de 1982.

Kasbah, do álbum “Jafumega”, de 1982. No programa “5 para a Meia-Noite”.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Sting e Shirazee – NPR Tiny Desk Home Concert (10)

A NPR Music (https://www.youtube.com/channel/UC4eYXhJI4-7wSWc8UNRwD4A) é um projecto da “National Public Radio”, uma organização de media americana sem fins lucrativos, com financiamento público e privado, lançado em Novembro de 2007, para apresentar programação musical de rádio pública e conteúdo editorial original para descoberta de música.

Parece-me um projecto interessantíssimo, principalmente, porque neste contexto de pandemia, dá-nos a possibilidade de ouvirmos grandes intérpretes e compositores a nível mundial, os quais mostram aqui, na NPR Music, a sua arte e a sua capacidade de comunicação. Por aqui vão passar, nomes conhecidos, menos conhecidos e desconhecidos. Para mim, foi e é um prazer procurar bons instrumentais e boas interpretações. As actuações poderão ser, às vezes, bastante mais extensas que o habitual, mas tentei procurar algo que possam escutar com prazer.

No Tiny Desk de hoje, vamos ouvir…

Sting (Gordon Matthew Thomas Sumner) (02-10-1951)

Shirazee (?)

Abby O’Neill | 22 Março de 2021

O ícone da música “Sting” volta ao Tiny Desk com um novo colaborador, e a história é emocionante. Durante a pandemia, a estrela “pop” beninense Shirazee adaptou a sua própria versão do clássico "Englishman in New York" de “Sting” para "African in New York". A sua versão chegou a “Sting”, que adorou tanto que pediu a Shirazee para emprestar a sua voz para seu espectáculo no “Tiny Desk” (casa) e também gravá-lo no seu novo álbum “Duets”…

Grupo: Sting (vocais e guitar) e Shirazee (vocais).

Composições: : "Englishman/African in New York"; "If I Ever Lose My Faith in You"; e "Sister Moon".

terça-feira, 19 de abril de 2022

Paul Mauriat (5)

Não são compositores, embora alguns deles tenham composto, mas foram maestros de grandes orquestras que todos recordamos, com os seus êxitos mais mediáticos.

Paul Mauriat (04-03-1925 – 03-11-2006)

Love is Blue, escrita pelos compositores franceses André Popp e Pierre Cour.

Sympathy

Soleado

Je t'aime… Moi non plus

sábado, 16 de abril de 2022

Flora Purim – Jazz Singers (56)

Flora Purim (06-01-1942)

You Can Fly, do álbum “Open Your Eyes You Can Fly”, de 1976, para a ℗ 1976 Fantasy, Inc.

Crystal Silence, composta por Chico Corea. Do álbum “Perpetual Emotion” de Flora Purim, editado em 2001, para a ℗ 2001 Narada Productions, Inc.

I Feel You, do álbum “Speak No Evil”, de 2003 para a ℗ 2003 Narada Productions, Inc.

Partido Alto, do álbum “The Colours of Life”, de 2016, para a ℗ IN+OUT Records.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Alfredo Marceneiro – Fado (7)

Alfredo Marceneiro – Fado (7)

O Fado é, desde Novembro de 2011, Património Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO).

Não sou grande admirador, com uma excepção para o fado de Coimbra, mas reconheço o valor deste género musical que representa muito bem, alguma da Boa Música Portuguesa.

Alfredo Marceneiro (1891 – 1982)

É Tão Bom Ser Pequenino

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Golfe e uma questão de qual buraco - Interacção Humorística (214)

Em 07-04-2104. Obrigado.

Golfe e uma questão de qual buraco

-Desculpe incomodá-la, perdi- me novamente. Pode-me dizer em que buraco estou agora?

  -O senhor está um buraco atrás de mim, eu estou no 14 e o senhor está no 13.

 Novamente agradeceu à mulher a gentileza e continuou o seu jogo. Quando acabou o jogo, encontrou a mulher no bar do clube.

 Foi na sua direcção e perguntou se poderia convidá-la a tomar algo em agradecimento por o ter ajudado. Ela aceitou e começaram a conversar animadamente, quando perguntou o que ela fazia para viver.

-Trabalho em vendas.

-É mesmo? eu também! E o que vende? Perguntou o homem.

-Ela um pouco envergonhada, e depois de alguma insistência, dispôs-se a dizer-lhe, se ele prometesse não se rir. Ele prometeu não fazê-lo...

- Vendo tampões higiénicos.

Ele imediatamente soltou uma gargalhada que chamou a atenção de todos os presentes;

Ela, um pouco zangada, disse:

- Você prometeu não rir!

- Desculpe, não consegui evitar, continuo um buraco atrás do seu, é que eu vendo papel higiénico...  !!!

domingo, 10 de abril de 2022

Eyes Thru Glass (70) - Passeio Rio Tejo – Ponte Vasco da Gama (III)

Aqui neste blogue e no “Eyes thru Glass“ mostro aquilo que os meus olhos vêem, através da objectiva.

Aqui ficarão somente as fotos, sem texto ficcional e sem música, apenas uma breve introdução, onde são tiradas e quando, e eventualmente alguma especificação técnica.

No dia 29 de Agosto de 2009, ainda com a minha HP Photosmart 850, fui com o meu filho, e um ex-colega do Liceu, dar um passeio no Rio Tejo. São 3 mostras, deste passeio. A última e terceira intitulei-a de “Passeio Rio Tejo – Ponte Vasco da Gama”.












sábado, 9 de abril de 2022

Dança (42) Marrabenta

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Marrabenta – É uma forma de música-dança típica de Moçambique e o seu nome foi derivado da palavra portuguesa: "rebentar". Incorporou vários ritmos folclóricos como os Magika, Xingombela e Zukuta, sendo também sujeita à influência ocidental…………….. Mais informação aqui !

Marrabenta Mozambique

Mabermuda - Vuthu Marrabenta (Moçambique Música)

Aulas de danca, Marrabenta de Mocambique (sem explicações)


Não posso deixar passar o comentário do Fernando Ribeiro que por aqui costuma passar e me deixa sempre comentários que enriquecem sempre qualquer "post". Um Muito Obrigado ao Fernando Ribeiro e se puderem visitem o seu excelente blogue  

"... O primeiro vídeo mostra-nos umas esbeltas bailarinas a dançar um ritmo que deve ser marrabenta, não duvido, mas a marrabenta é muito mais do que apenas percussão. O segundo vídeo, sim, é marrabenta sem dúvida nenhuma, mas o som é trabalhado demais para o meu gosto.

Eu não sou entendido em marrabenta, nem pouco mais ou menos, mas não estarei longe de errar se disser que a principal influência que esta dança sofreu, veio da África do Sul. Milhares e milhares de moçambicanos rumaram à África do Sul ao longo de anos e anos, para trabalharem nas minas de ouro daquele país. No regresso, trouxeram as músicas e os ritmos que lá ouviam, como o kwela e outros.

Uma das marrabentas que mais êxito tiveram, ainda no tempo colonial, foi "Georgina", pelo Grupo Bayette:


Um marrabenta muito mais atual chama-se "A Hi Dzimeni" e é interpretada por Neyma:


Um nome incontornável da marrabenta é o de Fany Mpfumo, que foi um dos moçambicanos que trabalharam nas minas sul-africanas. As suas marrabentas são consideradas as mais clássicas. A mais popular, talvez, das marrabentas de Fany Mpfumo é "Elisa Gomara Saia", que os angolanos do Duo Ouro Negro popularizaram em Portugal, e que neste vídeo é interpretada por Mingas e a Orquestra Marrabenta:


Para terminar, uma outra canção de Fany Mpfumo, também interpretada por Mingas e chamada "Ava Sati Va Lomu":

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Dança (41) Dança Moderna

A Dança é uma das três principais artes cénicas da antiguidade, ao lado do Teatro e da Música (in wikipédia). No Priberam esta é a sua definição gramatical e não só, e na Porto Editora esta é a sua definição gramatical e não só. Achei um tema interessante e decidi trazer aqui as muitas formas de dança, origens, com a ajuda da Wikipédia e do Youtube.

Muitas danças nasceram em África, paraíso dos ritmos e batuques, quando os instrumentos eram rudimentares. Com a escravatura, elas foram levadas para outros continentes e países, nomeadamente, o Brasil, e para outros países latino-americanos. Irão aparecer algumas muito idênticas, embora todas existam na realidade. O que aconteceu, simplesmente, foi a criação de coreografias diferentes, consoante a interpretação dada pelos povos que as cultivaram ou cultivam.

Dança Moderna – emergida nos últimos anos do século XIX e firmada nos primeiros anos do século XX, tem raízes e intenções bem distintas. Os bailarinos dançam descalços, trabalham com contrações, torções, desencaixes, etc …………….. Mais informação aqui !

Five Brahms Waltzes in the Manner of Isadora Duncan - Solo (Tamara Rojo, The Royal Ballet)

Isadora Duncan Dance Video

Easy Dance Routine for Beginners from Modern Dance Workout

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Alcunhas Alentejanas (17) - Quarenta

 É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.


Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto. Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos  que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.

Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.

Tratado das Alcunhas

Quarenta – masculino, cognome individual, designação familiar, alcunha adquirida, designação assumida/ designação rejeitada, alcunha de tratamento, alcunha de referência, passagem a apelido; classificação: comportamental; história: O visado, aos dez anos, já andava a guardar porcos numa herdade. Como não foi à escola só sabia contar até quarenta. Então, quando o patrão à noite lhe perguntava se tinha contado os porcos, ela respondia: “Sim patrão. São quarenta!” (Portalegre); sujeito que só sabia contar até 40 (Viana do Alentejo). Existe também em Barrancos, Cuba, Elvas, Grândola, Odemira, Portel, Redondo, Santiago do Cacém, Vendas Novas, Ponte de Sôr, Estremoz, Serpa e Avis.

(In Tratado das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)

Priberam (online)

qua·ren·ta

(latim quadraginta)

quantificador numeral cardinal de dois géneros plural

1. Número que se obtém quando a trinta e nove se adiciona uma unidade.

nome masculino

2. O número que representa quarenta.

3. O quadragésimo indivíduo ou objecto de uma série.

quarentas

nome masculino plural

4. Idade aproximada entre os 40 e os 49 anos (ex.: está nos quarentas e vive em casa dos pais).

Nota: forma os numerais cardinais entre 40 e 50 quando seguido da conjunção e e das unidades (ex.: quarenta e um; quarenta e dois).Palavras relacionadas: 

quadragésimotrintaquadragésimaquarentarquadragenárioquarentãoquarentena


"Quarenta", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/Quarenta [consultado em 24-07-2020].

Porto Editora (online)

qua.ren.ta

kwɐˈrẽtɐ

quantificador numeral cardinal

trinta mais dez

nome masculino

1. o número 40 e a quantidade representada por esse número

2. o que, numa série, ocupa o quadragésimo lugar

RELIGIÃO Quarenta Horas

cerimónia que consiste em expor o Santíssimo em memória das quarenta horas durante as quais Jesus esteve sepultado

Do latim quadraginta, «quarenta»

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Poesia (11) – Jorge de Sena

Jorge de Sena (02-11-1919 – 04-06-1978)

Carta aos meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya, dita por Mário Viegas.

Não, Não assino, Não subscrevo, dita por Mário Viegas.

sábado, 2 de abril de 2022

Banda do Casaco – Nascidos Aqui (37)

Banda do Casaco (1974 – 1984)

Morgadinha dos Canaviais, do álbum “Coisas Do Arco Da Velha”, de 1976, Letra de António Avelar Pinho e Música de Nuno Rodrigues

Estranha Força, do álbum “No Jardim Da Celeste”, de 1980, Letra de António Avelar Pinho e Música de Nuno Rodrigues

Ai Se a Luzia, do álbum “No Jardim Da Celeste”, de 1980, Letra de António Avelar Pinho e Música de Nuno Rodrigues

Dono da Noite, do álbum “Com Ti Chitas”, de 1984, Letra de Teresa Abecassis e Música de Nuno Rodrigues