Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Manfred Mann – Festas de Garagem (7)

Na minha juventude diverti-me imenso nas “festas de garagem”. Um levava o gira-discos portátil, outros levavam uns quantos discos. Haviam sempre umas sandes e uns refrigerantes. Dançávamos a tarde inteira e às vezes a entrar pela noite. Ora música para os “pulos”, ora música para dançar agarrados, às vezes “agarradinhos”, mas sem abusar 😊, porque as mães delas eram algumas vezes nossas conhecidas, e tínhamos imenso respeito por elas.

São apenas duas músicas por intérprete. Em alguns deles, duas canções, irão saber a pouco. Naquela época, a “Pop” e a “Rock” anglo-saxónica dominava. Grupos ingleses e americanos, eram aqueles que passavam na rádio, e era neles, onde gastávamos algum dinheiro das nossas mesadas, para comprar os seus discos.

Hoje na 7.ª festa de garagem trago-vos…

Manfred Mann (1962 – 1969)

Ha Ha Said The Clown, composta por  Tony Hazzard, do álbum “Mighty Garvey!

My Name Is Jack, de 1968, composta por John Simon.

8 comentários:

  1. Era mesmo isso, a época das festas de garagem.
    Abraço, bfds

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    1. Sim, festas de garagem :) !
      Pedro obrigado, abraço

      Comentários que vão para a SPAM :((... o blogger está cada vez pior!!!

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  2. Como já tenho dito, nunca fui a uma festa de garagem e só soube da sua existência através dos blogues.
    Não se me lembro destas canções... Normalmente, ou me lembro ou não me lembro. Hoje estou na dúvida. Não têm um som característico que me faça recordar.

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    1. As festas de garagem aconteciam em muitos bairros visto que os organizadores, moravam em habitações que tinham garagens, fossem elas vivendas ou apartamentos. Eu tive-as aqui nos Olivais e na Encarnação. Muito comuns nas décadas de 60 (final) e 70.
      Catarina obrigado

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  3. Este conjunto foi um enorme êxito nos anos 60 que, além das festas de garagem, me faz lembrar a "Vigésima Terceira Hora", que era um programa de rádio de João Martins, transmitido das 23 às 24 horas (ou seria até à uma da manhã?) pela Rádio Renascença. Todos os dias (todos!), o Manfred Mann passava nesse programa, de que eu só ouvia os primeiros 35 a 40 minutos, porque no dia seguinte tinha que me levantar cedo para ir para as aulas. Mas eu só ia para a cama depois de ouvir, às 23:30, a rubrica "Cinco Minutos de Jazz", de José Duarte, que começou a sua existência nesse programa. Já não se fazem programas de rádio assim.

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    1. Lembro-me da "23.ª Hora", um excelente programa de rádio. Também comecei a ouvir jazz pela primeira vez, com "Cinco Minutos de Jazz" do José Duarte. Tempos em que a rádio, musicalmente, dava muito prazer ouvir.
      Fernando obrigado

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  4. Era muito novinha, mas ainda fiz também algumas festas de garagem!
    Conheço o ambiente dos gira-discos e das trocas de discos e Lps.
    Agora os discos Vinil é a nova paixão de quem gosta mesmo de música e principalmente dos colecionadores. Beijinhos e feliz semana.

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    1. Eram isso mesmo as festas de garagem!... Singles, EP's e LP's, gira-discos com o altifalante na tampa...
      mz obrigado

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!