Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

7.ª Arte - Ron Howard

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!

Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.

Do cinema norte-americano trago-vos Ron Howard (01-03-1954), realizador com uma obra notável de cinema e de televisão. No cinema, o que aqui nos interessa, ele fez 33 películas como realizador, 28 como actor, 4 como argumentista e 40 como produtor uns quantos galardões. Dele escolhi 5 filmes que vi, embora para além destes tenha visto outros.

(1985) Cocoon


 (1995) Apollo 13Apolo 13


(2001) A Beautiful MindUma Mente Brilhante

Excelente película protagonizada por Russell Crowe.


(2006) The Da Vinci CodeO Código Da Vinci


 (2009) Angels and DemonsAnjos e Demónios


 Entrevista com Ron Howard

10 comentários:

  1. Não sou grande entusiasta dos filmes de RON HOWARD, embora tenho visto quatro dos aqui apresentados, sendo “Beautiful Mind” o meu favorito.

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    1. "Mente Brilhante", também, dos que aqui apresento, é o meu preferido.
      Teresa obrigado

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  2. Beautiful Mind e The Da Vinci Code são muito bons.

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  3. Adoro, adoro, adoro.

    Dos filmes que aqui apresentaste vi todos.
    Curiosamente é dos realizadores cuja filmografia melhor conheço e que tem a enorme vantagem de ter James Horner encarregue da soundtrack de grande parte dos seus filmes.
    O filme "A Beautiful Mind" mexeu muito comigo, é sem dúvida um excelente filme.

    Dá vontade de fazer uma larga matiné e rever estes filmes todos de uma assentada.

    (^^)

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    1. Como disse "Mente Brilhante" foi aquele que mais me cativou dos que aqui estão. Talvez "Apollo 13, seja o mais fraco de todos, embora com excelentes interpretações. "Coccon" é uma fantasia muito agradável de ver. O "Código Da Vinci" e os "Anjos e Demónios" são filmes que é preciso estar com disposição para os ver.
      Clara obrigado

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  4. Apolo 13, Mente Brilhante e Código da Vinci, foram os que vi e gostei.

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  5. Respostas
    1. From those above I prefer "A Beautiful Mind".
      Anne Hagman-Niilola, thank you

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!