Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Herman José – Nelo e Idália - Ciências Exotéricas

4 comentários:

  1. eheheh. O que eu me ri com a crica, e não só... :)))))

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    1. Numa altura em que o Herman ainda era impagável !!!
      Obrigado Luciano

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  2. Lembro-me que em tempos idos, me diverti bastante com alguns dos "sketchs" do Herman...
    Hoje, pergunto-me como foi possível...
    Note-se que sou muito pouco fadista!

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  3. Os "sketches" do Herman eram excelentes e as personagens criadas também. Infelizmente, mais tarde e em virtude da guerra de audiências e, também, da sua vaidade própria, enveredou pela má educação com os seus convidados e pelo abuso da linguagem ordinária, e piadas de "mau gosto". Uma pena !
    Obrigado Maria José

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!