Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 30 de abril de 2019

7.ª Arte - Terence Fisher

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In Imdb - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Do cinema inglês trago-vos Terence Fisher (23-02-1904 – 18-06-1980), realizador com uma obra notável. Um dos realizadores imensamente influente no cinema do terror e das figuras míticas, como Frankenstein ou como Drácula. 50 películas como director e 17 como editor. Dele escolhi um único filme que vi, embora pense que tenha visto mais dois ou três. Não é género cinematográfico que me agrade.

(1966) Dracula: Prince of DarknessDrácula, Príncipe das Trevas

15 comentários:

  1. Embora os filmes deste realizador britânico tenham qualidade, nunca me apeteceu ver um filme dele. Não é o meu gênero.

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    1. Também não são o meu género, mas se for de um bom realizador gosto de ver.
      Obrigado Teresa

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  2. Não gosto de filmes de terror. Cheguei a ver um sobre vampiros quando era ainda jovem e confirmei, na altura, que este tipo de filmes não era para mim. Quem diria que passados muitos anos viria a ver todos os filmes da série Twilight! Mais do que uma vez. Mas estes não os consideram filmes de terror.
    : )

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    1. Tive um colega meu que que ria que nem um perdido nos filmes de terror ! :))
      Os filmes da "Twilight Zone", penso que falas do Alfred Hitchcock, vios todos !
      Obrigado Catarina

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    2. Não , refiro-me a filmes mais recentes baseados nos livros de Stephenie Meyer e que teve muito sucesso entre a juventude e os mais maturos(as) como eu. :)

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  3. Gosto de filmes de suspense e mistério, gosto até de séries como "Mentes Criminosas", já de vampiros e de outros de terror, pelo terror, não gosto nadinha!

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  4. Confesso que não é a minha praia ...

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    1. Terror também não é a minha, no entanto Terence Fischer é um bom realizador e ainda vi alguns filmes deles !

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  5. Parece ser consensual (pelo menos por quem comentou) não se gostar do "género" de filmes deste realizador .
    Claro que não estará em causa o valor do realizador, mas sim o tema ! :))

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    1. Terror é mais para pessoas deste tempo ! Digo eu !
      Abraço Rui

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  6. Eu também pertenço ao grupo que não gosta deste género de filmes, mas como diz o Rui e muito bem, não lhe podermos tirar o valor do realizador.

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    1. Também calcularia que não gostasses !
      Obrigado Manuela

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  7. A sua obra é de facto notável e extensa.
    Do que estive a ver no IMDB, há imensos títulos que conheço.
    Devo ter por isso visto alguns filmes deste realizador, mesmo que hoje nem o nome quase me recordava.
    Alé disso, sempre fui fã de toda a obra de Sir Arthur Conan Doyle, sobretudo da sua mais famosa criação as aventuras de Sherlock Holmes, e por isso todos os filmes que passavam na TV relacionados com este tema, eu via. É provável que possa ter visto algum deles com realização de Terence Fisher.

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    1. É um bom realizador e com uma vasta obra. Vi de certeza alguns filmes mais que o que aqui coloquei, mas muito honestamente não me lembro !
      Sou mais filmes de "suspense", policiais e tribunais.
      Obrigado Clara

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!