Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
domingo, 6 de janeiro de 2019
7.ª Arte – Victor Fleming
Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.
Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.
Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.
Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses
Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!
No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In Imdb - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Do cinema americano trago-vos Victor Fleming (23-02-1889 – 06-01-1949), realizador com uma obra extensa. Com 44 películas. Dele escolhi 2 filmes que vi, e que deverão ser dos mais conhecidos.
(1939) Gone With The Wind – E Tudo o Vento Levou
(1939) The Wizard of Oz – O Feiticeiro do Oz
(2010) Quem foi Victor Fleming dito por Michael Sragow !
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Faz hoje precisamente 70 anos que morreu VICTOR FLEMING.
ResponderEliminarEscolheste os dois filmes mais populares mas, Joana d'Arc com a Ingrid Bergman é um dos melhores filmes.
Tal como disse no início destas publicações, sou um cinéfilo amador. Vi muita filmografia de grandes realizadores, mas não tenho a pretensão de dizer ter visto filmes que não vi. Acredito que "Joana d'Arc" seja um dos seus principais filmes, como dizes, mas na realidade, não o vi.
EliminarObrigado Teresa
Creio que não haverá quem não tenha visto estes dois filmes. Boa escolha, Ricardo!
ResponderEliminarAgora o que eu não sabia - porque, lamentavelmente, nunca liguei muito ao nome dos realizadores - é que tinha sido esse o cineasta.
Vamos ver com me comporto desta vez!
Bom Domingo a Todos.
Janita, a charada vai ser simples como de costume !
EliminarObrigado e resto de Bom Domingo
A sala de cinema em que, pela primeira vez vi, no grande écrã, E tudo o vento levou foi na do desaparecido Monumental.
ResponderEliminar"E Tudo o Vento Levou" vi no antigo Cinema Condes hoje café de rock !
EliminarObrigado Luísa
As duas obras que mais deram a conhecer o realizador.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Penso que sim!
EliminarObrigado e abraço, Pedro
Gostei muito das tuas escolhas.
ResponderEliminarLembrei comovida " E tudo o vento levou"
Muito obrigada por esta excelente partilha Ricardo.
Sim era uma película que dava para chorar!
EliminarObrigado Manuela
"O Feiticeiro de OZ" marcou a minha infância e princípio da adolescência.
ResponderEliminarAinda me lembro de cantar o "Somewhere Over the Rainbow" a plenos pulmões sempre que um arco-íris aparecia no horizonte :))
O "E Tudo o Vento Levou" devo-o ter visto sim... mas era muito novinha e não me deixou o desejo de o voltar a ver. Muito dramático! :)
Talvez agora, mais de quarenta anos depois, eu me atreva a vê-lo completo...
Tu semeias a semente... e talvez esta caia em terreno fértil.
Beijinhos levados... por correio
(^^)
"O Feiticeiro do Oz" é um filme muito engraçado e Bom. Um bom filme para crianças, coisa que hoje não abunda. O "E Tudo o Vento Levou" é uma história um pouco de "faça e alguidar", uma história dentro da guerra civil norte-americana. Não gostei!
EliminarObrigado Afrodite
Voltarei cá para recordar realizadores e filmes.
ResponderEliminarNeste trio, sou sincera, só me lembrava de Gone with the Wind, que vi várias vezes, há muitos anos
Embora só temnha dois filmes para recordares, sõa dois grandes filmes !
EliminarObrigado Maria
Com o passar o tempo, vamos dando mais importância aos Realizadores ! (?)
ResponderEliminarCreio que no meu tempo de mais jovem, para mim, contavam muito mais os actores e as actrizes que os realizadores !
Talvez não me recorde bem, mas creio que raramente me interessava saber qual foi o realizador.
Hoje, é bem diferente ! Temos uma maior noção do papel de quem dirige um filme e de facto, o Victor Fleming tem filmes fantásticos !!!
Também nunca cheguei a ver o "E Tudo O Vento Levou", complecto. Apenas pequenas passagens e nunca me atraiu muito vê-lo agora, apesar de ser considerado um dos melhores filmes de sempre ! :)
Abraço, Ricardo ! :)
Como cinéfilo e penso que acontece assim com todos os cinéfilos, gostava de seguir o trabalho dos realizadores.
Eliminar"E Tudo o vento Levou" é um tipo de filmes que nunca apreciei, mas é no entanto, uma grande realização com excelentes interpretações.
Obrigado Rui e Abraço