Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 23 de outubro de 2021

Beatles (20)

Última Publicação !!!

 

Foram aqueles que, para além do seu talento, tiveram a sorte comercial do lado deles, mas também Brian Epstein como patrão do grupo que os acompanhou até à sua morte, e ainda George Martin como produtor de muitos dos seus discos e êxitos.

Que sorte temos/tivemos de os poder escutar e se calhar, quando do seu aparecimento. Tudo se modificou em termos populares musicais. Os Beatles foram/são/serão, inquestionavelmente, a banda que mais foi/é/será falada na história da música “pop”. Uma homenagem aqui a dois deles já desaparecidos.. Ao John Lennon e ao George Harrison, um agradecimento dos muitos trechos musicais que escreveram para todos nós e que nos ajudaram nos momentos bons e maus, das nossas vidas.

Aqui, periodicamente, trarei duas músicas, algumas menos conhecidas. Serão à roda de 20 êxitos que aqui exibirei, mas muitas delas, não vão ser aquelas que foram Nº. 1, a nível dos “Tops” mundiais, e que constam de um CD, editado em Portugal para a etiqueta “EMI Records Ltd.” em 2000. A escolha irá ser a minha. Os que são “amantes” deste grupo vão conhecê-las todas de certeza, os que são/foram meros ouvintes do grupo, acredito que hajam algumas que não conheçam.

Canção: Oh! Darling

Autor: Paul McCartney

Álbum: Abbey Road

Ano: 1969

Paul McCartney desejava criar uma balada de “Rock & Roll” estilo “anos 50". Deveria ser algo semelhante aos vocais de "Kansas City" e "Long Tall Sally" e parecido, segundo depoimento posterior dele, à voz de alguém que estivesse há uma semana cantando ao vivo. Para gravar esta canção vocal ele foi durante alguns dias de madrugada, aos estúdios Abbey Road, quando não havia nenhum outro “beatle” por lá, até conseguir o efeito que queria na sua voz. Ele acreditava que as primeiras horas do dia eram melhores para um canto alto, forte e agudo.

Oh! Darling (Paul McCartney)

Oh! Darling, please believe me

I'll never do you no harm

Believe me when I tell you

I'll never do you no harm

 

Oh! Darling, if you leave me

I'll never make it alone

Believe me when I thank you, ooo

Don't ever leave me alone

 

When you told me

You didn't need me anymore

Well you know I nearly broke down and cried

When you told me

You didn't need me anymore

Well you know I nearly broke down and died

 

Oh! Darling, if you leave me

I'll never make it alone

Believe me when I tell you

I'll never do you no harm

Believe me darling

 

When you told me

You didn't need me anymore

Well you know I nearly broke down and cried

When you told me

You didn't need me anymore

Well you know I nearly broke down and died

 

Oh! Darling, please believe me

I'll never let you down

Oh, believe me darling

Believe me when I tell you, ooo

I'll never do you no harm

 

Canção: Only A Northern Song

Autor: George Harrison

Álbum: Yellow Submarine

Ano: 1969

A letra mostra o descrédito de Harrison para com a própria música, concluindo cada verso com a frase "It's only a Northern song" ('É apenas uma canção do Norte'), que Harrison explicou referir-se tanto à cidade natal dos Beatles, Liverpool, que fica no noroeste da Inglaterra, como à companhia de publicações Northern Songs (George ainda não tinha formado sua própria companhia de publicação; 'Northern Songs' era a companhia de publicação de Lennon e McCartney). A música às vezes é interpretada como uma zombaria à dupla Lennon e McCartney, fazendo referência às letras e músicas psicadélicas que os dois faziam na época, e como uma reacção às atitudes de menosprezo de Lennon e McCartney para com as composições de Harrison, com ele cantando indiferentemente "It doesn't really matter what chords I play/What words I say or time of day it is/As it's only a Northern song" ('Não importa realmente que acordes eu toco/Que palavras eu digo ou que hora do dia é/Já que é apenas uma canção do norte'). 

Only A Northern Song (George Harrison)

If you're listening to this song

You might think the chords are going wrong

But they're not; we just wrote them like that

When you're listening late at night

You may think the band are not quite right

But they are, they just play it like that

It doesn't really matter what chords I play

What words I say or what time of day it is

As it's only a Northern song

It doesn't really matter what clothes I wear

Or how I fare or if my hair is brown

When it's only a Northern song.

If you think the harmony

Is a little dark and out of key

You're correct, there's nobody there.

And I told you there's no one there.

6 comentários:

  1. Uma saudação sempre que há mais Beatles.

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    1. Por agora os Beatles não vão aparecer mais. Certamente, nas "Festas de Garagem" e nos "Discos Vinil" aparecerão.
      Brancas nuvens negras, obrigado

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  2. So long!!

    Obrigada por teres feito esta retrospectiva por temas menos conhecidos dos famosos quatro amigos de Liverpool.

    Bom Domingo
    (^^)

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    1. É mais um "à bientôt", porque irão certamente voltar.
      Clara obrigado

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  3. Destas conhecia a primeira. Que voltem aqui os Beatles, mesmo que noutras rubricas, Ricardo. :)

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    1. Virão aqui de novo muito provavelmente.
      Luísa obrigado

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!