Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Belo Canto e Vozes (II) – Soprano e Contralto

(In Wikipédia - Todos os excertos foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos) e ainda (In http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx).

Esta a segunda de três publicações que fiz para o meu anterior blogue “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” (já apagado!), irão passar aqui de seguida. Deveriam ter vindo antes das que fiz sobre ópera, mas como “mais vale tarde que nunca”. E vamos começar por uma breve introdução e explicação.

Não sou ignorante em termos de música, mas não aprendi teoria sobre o belo canto, e sobre uma das disciplinas/artes mais bonitas que existem que é o cultivo da voz humana. Não sei muito e pesquisei sobre o belo canto e as suas vozes, para vos levar e dar, e aí sim, é esse o meu principal intuito, a conhecer e a frequentar, pelo menos uma vez, uma ida ao teatro para ouvirem e verem um espectáculo de ópera.

Dizia eu, em 7 de Julho de 2008 (blogue anterior !), a propósito do meu primeiro artigo sobre óperas e o belo canto, e focando a “Carmen” de Georges Bizet:

O meu Pai foi, sem dúvida, o causador de eu gostar um “pouco” de ópera. Durante a minha juventude, fez-me ouvir alguma música erudita e deu-me a conhecer grandes obras, de grandes compositores. Pelos finais dos anos 60, início dos 70, existia em Lisboa, uma temporada anual de ópera, levada à cena no Teatro da Trindade e interpretada por cantores portugueses. Essa temporada, eu costumava frequentar, os preços eram acessíveis para a época.
Para quem nunca ouviu ópera, posso dizer que é diferente de tudo o resto, e nesta diferença com qualidade é que está o nosso ganho. É como o jazz, ou outro género musical qualquer, deve-se ouvir com atenção, tentar entender, e não ouvir só para distrair. Não sejamos superficiais. É aquele fugir à rotina que vos venho falando desde o início deste blogue, a procura do diferente, não se esqueçam.
Não foi com "Carmen" que me estreei a ouvir ópera (foi com o "Barbeiro de Sevilha" de Giacomo Rossini), mas penso que "Carmen" é um bom exemplo para nos iniciarmos neste género musical.
Explicar-vos tecnicamente, o que é este género musical, ou o que são, os tenores, os sopranos, os barítonos e os baixos, não vou ter essa veleidade. Sou um mero melómano, curioso, como muitos de vocês, e infelizmente não tenho suficientes conhecimentos musicais para esse tipo de explicação científica.
No entanto, sei que as vozes masculinas se dividem em tenores (vozes mais agudas), barítonos (vozes intermédias) e baixos (vozes mais graves). As vozes femininas dividem-se, em sopranos (vozes mais agudas) e meio-sopranos e/ou contraltos (vozes mais graves). Depois entre cada tipo de voz existem subdivisões, por exemplo, os tenores podem ser líricos, dramáticos, absolutos, ou os sopranos podem líricos e dramáticos, os baixos podem ser “bufos”, etc.. E fiquemos por aqui…
”.

Primeiro que tudo vamos aprender o termo tessitura que é importante para continuarmos esta explicação:

Tessitura, substantivo feminino
1. Música -  Disposição das notas musicais para se acomodarem a certa voz ou instrumento.
2. Figurado - Contextura; organização.

Soprano, substantivo feminino. 2 géneros.
1. Música. A mais aguda voz humana.
2. Tiple. Cantor ou cantora que tem voz de tiple (a voz mais alta na consonância musical).

Então vamos aqui descrever como estão definidos os sopranos, que são a grosso modo, as vozes femininas:

Soprano “Soubrette” - voz brilhante e frágil da Soprano, timbre doce e forte numa tessitura média. Atinge notas altas de forma suave (baixa emissão) e com pouco esforço. Usa mais a voz de cabeça e falsetes. Registo de peito e graves pouco expressivos. Difere-se da Soprano Ligeiro por não possuir uma boa sustentação de notas, como esse outro tipo de soprano. Seu correspondente masculino é o Tenorino. Sua tessitura vai de um E3 A C5 ou C#5;

Soprano Ligeiro (ou “Soprano Leggero”, do original italiano) - é o timbre feminino mais leve dos sopranos, cuja emissão se apoia, principalmente na ressonância craniana e nas cores claras do som. A voz em geral é doce, leve e de pouco volume, ideal para personagens jovens, alegres e/ou angelicais. A coloração da voz é semelhante à do “Ultraleggero”, mas pode ter mais riqueza e uma coloração mais rica do que a destas. Quase sempre está associada aos papéis de “coloratura”. Sua tessitura usual é do E3 ao A5.

Soprano Lírico Ligeiro - é o timbre intermediário entre o “Leggero” e o Lírico, com uma menor igualdade de registos, um registo central mais rico e arredondado, mas, com menor corpo de som. Maior facilidade de emissão do registo agudo e menor aptidão ao “Legato” expressivo. Alguns sopranos “Lírico-Leggero” podem amadurecer a voz e interpretar com sucesso papéis de sopranos líricos. Sua tessitura usual é do Dó3 ao Fá5.

Soprano Lírico - é o timbre típico do soprano: é sonoro, aveludado, redondo, com uma homogeneidade ao longo dos registos. Possui uma aptidão natural ao “Legato” expressivo e rico em matizes e harmónicos. Sua maior riqueza de cores e tessitura mais centrada no registo médio ou central levam esse tipo de voz a ser muito utilizado em papéis de heroínas, como a famosa Mimi, de La Bohême. Alguns sopranos líricos, possuindo um timbre mais escuro e maior extensão grave, podem passar a cantar, na fase madura de suas carreiras, papéis para soprano “Lírico-Spintoo”, mas isso não ocorre com todas elas. Sua tessitura usual é do Dó3 ao Ré5.

Soprano Lírico-Spintoo - é o tipo de voz lírica caracterizada pela capacidade de se fazer “Spintoo” (do italiano] spingere, "empurrar"). Possui cor e peso vocais para cantar passagens dramáticas sem desgaste, não obstante não tenha as características típicas da soprano dramático, e é associada normalmente ao tenor Lírico-Spintoo. O termo define, essencialmente, a soprano lírica que canta com mais potência nos clímaxes dramáticos.
Papéis Lírico-Spintoo têm destaque sobretudo no romantismo e no verismo (*) italianos. Com o amadurecimento da voz, algumas sopranos podem interpretar alguns papéis de soprano dramático, e muitas delas chegam ao repertório Spintoo após desenvolverem uma carreira inicial como soprano lírico. Contudo, por ser relativamente raro, os papéis escritos para tal tipo de voz são frequentemente interpretados por sopranos de outras categorias, o que levou à ruína vozes de muitas sopranos líricas. Sua tessitura aproximada é do Dó3 ao Ré5.

(*) Verismo, (francês vérisme), substantivo feminino
Nome dado em Itália à escola literária e musical que, como a escola realista, reivindica o direito de representar a realidade integral.

Soprano Dramático - é o timbre mais pesado dos sopranos e é relativamente raro. Possui muita intensidade e brilho. A grande extensão prejudica a homogeneidade dos registos, mas cria efeitos impressionantes de grande impacto dramático. O timbre é geralmente encorpado, volumoso e amplo, podendo ter uma coloração mais ou menos metálica. Sua tessitura usual é do Sol2 ao Dó5.

Meio-Soprano Ligeiro - no canto, “Mezzo-Soprano leggero” é o timbre mais leve entre os “Mezzo-Sopranos”, de pouca intensidade, voz clara e ágil, está mais próxima dos sopranos, sua cor é clara com pouco metal e geralmente muito flexível. Possui uma certa desigualdade de registos. Quase sempre está associada aos papéis de “coloratura”. Sua tessitura usual é do Láb2 ao Dó#5 (Ré5).

Meio-Soprano Lírico - é o timbre típico dos “Mezzo-Sopranos”, de uma cor escura e ao mesmo tempo brilhante, tem grande aptidão ao “Legato” expressivo e igualdade de registos, a tessitura central é particularmente bonita e melancólica, a agilidade não é espontânea e não soa natural. Sua tessitura usual é do Sol 2 ao Si 4 (Dó 5).

Meio-Soprano Dramático - o “Mezzo-Soprano” dramático é o timbre mais pesado e mais potente dos “Mezzo-Sopranos”, muito intenso e com uma grande extensão, prejudicada em partes na beleza do som e na igualdade de registos. Sua tessitura usual é do Sol2 ao Si4 (Dó5).

Meio-Contralto - o “Mezzo-contralto” é o timbre intermediário entre o “Mezzo-soprano” e o contralto, trata-se do correspondente ao Baixo-Barítono, de facto é um contralto com âmbito de “Mezzo-Soprano”, e nunca um “Mezzo-Soprano” com âmbito de contralto, que no caso seria um Mezzo dramático. Sua tessitura usual é do Mib3 ao Lá5.

Vamos aos exemplos, não para todos os timbres da voz de Tenor, mas o suficiente e mais importante.

Primeiramente, a célebre ária da ópera “Carmen” de Georges Bizet (1838-1875), a “Habanera”, interpretada aqui no Teatro Nacional da Ópera de Paris, em 14 de Maio de 1980, por Teresa Berganza, uma extraordinária Meio-Soprano Lírico e até hoje, uma das maiores intérpretes de Carmen.

Teresa Berganza (16-03-1935) é uma “Mezzo-Soprano” espanhola, considerada uma das maiores de todos os tempos nas interpretações de Cherubino, Dorabella, Cenerentola ou Carmen. Berganza iniciou a sua brilhante carreira no Festival de Aix en Provence de 1957. Continua a sua carreira de recitalista no mundo inteiro e de pedagoga. Conta entre os seus alunos nomes como Maria Bayo e Jorge Chaminé.


Da ópera “La Bohême”, de Giacomo Puccini (1858-1924), a famosa ária “Si, Mi Chiamano Mimi”, interpretada em 1956, pela esplendorosa Soprano Lírico Renata Tebaldi.

Renata Tebaldi (Pesaro, 01-02-1922 – São Marinho, 19-12-2004) foi uma cantora lírica italiana, considerada uma das grandes da ópera italiana, com uma carreira extremamente bem-sucedida. Pode-se dizer que Tebaldi foi a segunda melhor soprano de todos os tempos, atrás apenas de Maria Callas.


Também de Giacomo Puccini (1858-1924), e da ópera “Madame Butterfly”, a ária “Un Bel Di Vedremo”, na voz da Soprano Ying Huang.

Ying Huang (19xx) é uma Soprano chinesa. Celebrizou-se internacionalmente, no desempenho do papel principal do filme (1995) adaptado de Frédéric Mitterrand, da ópera de Giacomo Puccini (1858-1924) “Madame Butterfly”. Continuou depois disso a sua carreira de sucessos na ribalta da ópera e dos concertos. Nascei e foi criada em Xangai e aos 18 anos começou aquilo que seriam 5 anos de estudo no Conservatório de Música da sua cidade natal.


Para terminar e da ópera “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioacchino Rossini (1792-1868), a ária de Rosina “Una Voce Poco Fa”, interpretada pela Meio-Soprano Lírico Beverly Sills.

Beverly Sills (25-05-1929 – 02-07-2007) foi uma soprano norte americana destacada especialmente em óperas do Bel Canto e do romantismo francês e italiano. Nos anos 1960 e 70, tornou-se a mais popular cantora de ópera dos Estados Unidos da América.

29 comentários:

  1. Como a esta hora tardia não poderia ouvir todas as vozes que escolheste para hoje, optei pela última.
    Parece-me que não foi lá muito boa escolha, não me despertou muito interesse.
    Também pode ser da hora imprópria. Amanhã virei ouvir as outras sopranos.
    Boa noite, Ricardo.

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    1. Aqui não se trata de escolher, obviamente podes fazê-lo, mas aqui são vozes de soprano diferentes.
      Obrigado Janita

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    2. Repara, Ricardo; quando referi que "optei pela última", quis dizer que, na impossibilidade - pela hora - de ouvir todas as vozes, escolhi, repito, escolhi; uma, para ouvir, que, no caso, foi aquela...Fiz-me entender ou não?

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    3. Peço desculpa se respondi rápido demais. Não entendi possivelmente o que tinhas dito !
      Já ouviste todas agora? Como disse são Tessitura diferentes !
      Obrigado Janita

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    4. Vim para ouvir, vim...mas despistei-me! :(
      Ouvirei amanhã, Ricardo!

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    1. Mas a ópera Madame Butterfly tem de ter uma cantora ao nível da dificuldade do papel.
      Obrigado Catarina

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  3. Eu é mais cantar as músicas todas com a melodia do hino nacional como diz uma amiga minha :)))
    Aquele abraço, bfds

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  4. Não percebo nada do assunto por isso já aprendi um pouco mais e quanto aos sons?... Gosto da sua seleção! Bj

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    1. O saber não ocupa lugar Gracinha... estamos sempre a aprender, uns com os outros !
      Obrigado Gracinha

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  5. Gosto de todas as que escolheste, mas encantou-me a voz da soprano chinesa em Mme Batterfly.
    Obrigada pela partilha Ricardo e pelo que nos vais ensinando

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  6. Tanto assunto interessante, Ricardo. Virei ver com calma, na medida do possível !
    Abraço

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  7. Tu tens uma preferência absoluta pela ópera italiana.
    Nem uma única voz alemã.
    Eu sei que tu não gostas da língua alemã, no entanto, nenhum compositor italiano se igualou aos nossos compositores.

    Tirando este pequeno reparo, gostei de ler o teu artigo sobre as diversas variedades de sopranos.

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    1. Teresa vou responder-te com todo o cuidado porque o teu comentário assim o obriga e porque tenho grande consideração por ti e gosto de te ver por aqui.

      Primeiro, eu acho que nunca disse que não gostava da língua alemã. Não é uma língua acessível para todas as pessoas, é difícil e sei do que falo porque estudei Alemão no meu 6.º e 7.º anos do Liceu.

      Segundo, a ópera italiana é muito mais acessível porque a própria origem latina se enquadra com os portugeses. Os assuntos são muito mais complexos na ópera alemã. Não tenho nada contra os compositores alemães, bem antes pelo contrário, adoro Johann Sebastian Bach, Richard Strauss e Richard Wagner, por exemplo !

      Terceiro, eu não creio que tenhas falado sério quando dizes "nenhum compositor italiano se igualou aos nossos compositores.", porque isso não é verdade. Há tão bons compositores italianos de ópera como alemães. Eu não vejo as coisas com o melhor ou o pior. Posso citar-te os italianos Verdi e Puccini, por exemplo. São géneros de ópera diferente as alemãs e as italianas, mas a qualidade é excelente em ambas.

      Obrigado pelo teu comentário

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    2. Não te zanges, Ricardo!!!

      Li num comentário num dos blogues da AFRODITE que não gostavas da língua alemã.

      Claro que o meu amor 💓 pela a Alemanha me deixa cega para admirar as composições dos italianos. Francamente, gosto da música de Verdi e Rossini, mas não suporto a música de Puccini, doce demais.

      Beijinho para apaziguar o meu comentário anterior 😘

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    3. O que eu disse foi que não achava o alemão um língua boa para se ouvir cantar, porque adoro francês, italiano e português, depois as línguas hispânicas da América Latina e depois o inglês e finalmente o alemão !!! :)

      O Puccini viveu no romantismo e os românticos eram "mel" :)))

      Não fiquei aborrecido com o teu comentário... e obrigado pelo beijinho !

      Abraço Forte !!!... muito raramente, mesmo, mando beijinhos

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  8. Ouvi todos os vídeos. Adoro ópera, mas não me pergunte porquê, pois sou de uma ignorância total no tema. Tenho vários cds de óperas desde as mais conhecidas a outras que nunca tinha ouvido até comprar os cds. Sou incapaz de ver um filme sem tradução pois além do português só me entendo com o espanhol. E no entanto Chego a levar horas a ouvir ópera, é de maluca dizia o meu falecido pai.
    Abraço e bom fim-de-semana

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    1. A ópera é um espectáculo admirável que entre pelos nossos ouvidos e vista dentro. Se tiver bailado ou dança melhor ainda. Ainda bem que gostaste e que gostas de ópera, somos dois !
      Obrigado Elvira

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  9. Nem imaginas o quanto escuto de ópera cá em casa.
    É que o meu vizinho do primeiro andar é loucamente apaixonado e quando anda louco/ doido, põe os discos, ou CDs, não sei, a tocar em volume alto, mas olha que muitas delas não as conheço.
    Beijinho

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    1. Ainda bem que ouves ópera. Não sei é se, essa será a maneira mais saudável de o fazer. As pessoas não respeitam os outros e a nível de barulho e a nossa legislação e as medidas a tomar estão completamente obsoletas. Há que punir exemplarmente quem não deixa os vizinhos/inquilinos/condóminos descansarem !!!

      Obrigado Maria

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  10. Agradecia que não enviassem mais comentários para este blogue sobre publicidade a outro blogue. Obrigado

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  11. "Santa" ignorância a minha, Ricardo ! ☹ … Isto é um Tratado ! :)...
    Sempre pensei que soprano era soprano (e pouco mais) ! Tantas "especialidades" (umas 12) dentro do mesmo "atributo de voz" deixam-me complectamente baralhado e atónito ! :)
    Pessoalmente sinto mais que "essa especialização" de cada tipo de voz soprano, não é (digo para mim), o factor mais relevante. Talvez outros contextos envolvendo cada actuação individualmente, o sejam mais.

    Abraço e parabéns pelo post (pelos posts em geral). Saímos daqui, se não com o Doutoramento, pelo menos com o Mestrado ! :))

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    1. Rui isto são as explicações mais técnicas, obviamente que o importante é ouvir o género ópera e talvez por curiosidade aprender um pouco do que é. Neste caso os Sopranos !
      Como sempre disse eu sou um melómano amador, aquilo que aprendi consolidei ao longo dos anos, mas não tem nada de especial que outros não possam aprender.
      Obrigado e Abraço

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  12. Dez tipos de sopranos?
    Assim é muito difícil de distinguir umas das outras! :)
    Por acaso gostava de saber classificar qual o meu registo vocal. Um dia tenho de me inscrever numas aulinhas de canto para ficar a saber! :))

    Beijinhos numa nota só
    (como o samba do Tom Jobim)
    (^^)

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    1. A distinção somente poderá ser feita por quem sabe, embora com um pouco de atenção se conseguirão distinguir duas ou três.

      Tu és "soprano", como o são a grande maioria das mulheres. Os "contralto" são normalmente a mulheres cokm vozes mais graves.

      Obrigado Afrodite

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!