Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
terça-feira, 18 de setembro de 2018
Frei Fado D'el-Rei (16) Que Amor Não Me Engana
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Músicas do CD Duplo “Os Filhos da Madrugada” editado em 27 de Abril de 1994, onde o Grande José Afonso, foi homenageado pelos artistas das principais bandas portuguesas. É também a minha homenagem a esta figura IMPORTANTÍSSIMA na vida musical portuguesa e no respeito que demonstrava e defendia pela liberdade de todos os cidadãos.
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 02-08-1929 – Setúbal, 23-02-1987)
Desenho meu, feito a lápis de carvão, no ano de 1988, após a morte do Artista
Frei Fado D'el-Rei (1990)
Que amor nao me engana
Com a sua brandura
Se da antiga chama
Mal vive a amargura
Duma mancha negra
Duma pedra fria
Que amor nao se entrega
Na noite vazia?
E as vozes embarcam
Num silêncio aflito
Quanto mais se apartam
Mais se ouve o seu grito
Muito à flor das àguas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
Em novas coutadas
Junta de uma hera
Nascem flores vermelhas
Pela Primavera
Assim tu souberas
Irma cotovia
Dizer-me se esperas
Pelo nascer do dia
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Como eu adoro este desenho do Zeca Afonso feito de lápis de carvão 😘
ResponderEliminarNos tempos em que eu desenhava a lápis de carvão !
EliminarMuito obrigado Teresa
O Zeca é mesmo imortal.
ResponderEliminarAinda que na voz de outros.
Aquele abraço
O Zeca é imortal sim, pelo legado que nos deixou cantado por ele nas gravações e pelos outros intérpretes da MPP, e pelo Homem que era preocupado com a liberdade e com o respeito entre os seres humanos.
EliminarObrigado e Abraço Pedro
Uma grande e merecida homenagem ao grande Zeca!
ResponderEliminarNunca é demais recordar!
Nunca é demais recordar e eu vou continuar a recordá-lo, sempre que puder !
EliminarObrigado Manuela
Tanto que gosto, e conheço, da discografia do 'nosso' Zeca Afonso, e não é que esta melodia é completamente nova aos meus ouvidos?
ResponderEliminarGostei muito. A interpretação, no primeiro vídeo, mostra-nos uma excelente versão numa voz muito bonita.
Obrigada, Ricardo!
Estamos sempre a aprender e a conhecer ! :) (Todos é que sabemos Tudo !!!)
EliminarObrigado Janita
Gosto do som e adoro o seu desenho! Bj
ResponderEliminarQuem não gosta do Zeca ?!
EliminarObrigado Gracinha
Não conhecia a primeira versão da melodia, e gostei. As duas versões, são muito bonitas.
ResponderEliminarGosto imenso do seu desenho.
Abraço
Estas versões são do álbum duplo "Os Filhos da Madrugada", de 1994, onde alguns artistas portugueses fizeram uma homenagem ao José Afonso interpretando algumas das suas composições mais célebres.
EliminarObrigado e Abraço Elvira
Imortal! Adoro ouvir as músicas do Zeca. Ah e gosto tanto do desenho feito pelo Ricardo, muito parabéns.
ResponderEliminarBeijinho
Sim, é um dos que considero, imortais ! As suas músicas serão sempre ouvidas.
EliminarObrigado Adélia