Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
terça-feira, 11 de setembro de 2018
A Contar pelos Dados (10) – O tiro (continuação do 9, e única)
Pediram-me
a continuação do anterior
e aqui fica esta única continuação…
Jorge continuava de cara carrancuda, não dava para
Guedes não reparar.
- Peço desculpa pelo atraso. Deitei-me
tarde e acordei cheio de sono !
- Tudo bem ! Vamos começar a trabalhar
que temos muito que fazer hoje !
Entraram na pastelaria da esquina para
beberem um café.
Jorge e Guedes sentaram-se e pediram os cafés. O empregado trouxe-os de seguida
e colocou-os em cima da mesa.
O telefone tocou no balcão da pastelaria. O dono
atendeu.
- Alguém aqui chamado Jorge Salavisa ? –
virando-se para o local das mesas.
- Sim, sou eu ! – exclamou o inspector
Jorge.
Começou a falar ao telefone e o assunto
parecia sério e estranho, dadas as expressões faciais de Jorge. Desligou, pagou
os cafés e saíu rapidamente com Guedes atrás.
- O que se passou ? – perguntou Guedes.
- Temos de ir já a casa de uma das
testemunhas. Não estava previsto hoje, mas é forçoso irmos para lá agora. O
polícia que está de guarda à habitação, ligou para a esquadra e eles ligaram para mim. Dizem que estar a
haver dentro de casa um forte discussão.
Meteram-se no carro, colocaram a sirene
na capota do veículo e deslocaram-se o mais rápido possível para o local. Uma núvem
voltou a trazer um pequeno aguaceiro.
Guedes olhou para o relógio, eram 8:00.
O carro virou numa rua à esquerda e deteve a sua marcha. A sirene foi atirada
para o banco de trás e sairam da viatura, com passo apressado…
Um “bang” ouviu-se à medida que se aproximavam do
prédio da testemunha. Era um tiro de pistola. O polícia que estava no
exterior reconheceu o inspector Jorge e o agente Guedes e gritou:
- Parem aí que eu vou entrar em casa !
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Adoro estes seus textos. Que imaginação!
ResponderEliminarAbraço
Muito obrigado Elvira
EliminarO tiro de pistola está escrito a amarelo mas não tem dado a ilustrar. :)
ResponderEliminarJá sentia saudades destas tuas estórias de contar pelos dados.
Espero que continues e em breve, se não esquecemo-nos em que pé isto ficou.
:)
O tiro da pistola está a amarelo, para explicar que o "bang" teve a ver com um tiro de pistola.
EliminarNão é minha intenção continuar a história, e porquê ?
Primeiro os dados que lanço nem sempre podem via a ser coadunantes com a história, e em segundo lugar estou a ficar limitado na minha imaginação. Por isso, o próximo "A Contar Pelos Dados" vai ter outra história que termina e acaba.
Obrigado Janita
Gostei muito dos dados, Ricardo
ResponderEliminare, fico aguardando esse desfecho_o que rolou após o tiro rs
abraço
O intuito desta rúbrica é escrever um pequeníssimo conto e que termina e acaba de uma só vez. A continuação pediram-ma, mas isso limita-me a imaginação e os dados, quando os lanço, podem não estar de acordo para uma continuação.
EliminarObrigado Lis
Meu caro Ricardamigo
ResponderEliminarBoa, eu diria mesmo mais boníssima! Policiais é cá como je, tenho montanhas deles, arquivo a Colecção Vampiro desde o N.º Um e mais a Raquel todas as noites de segunda a sexta seguimos no AXN série inglesa, as melhores de todas, algumas americanas , muito americanadas e uma que outra francesa pouco au point. Enfim faz-se o que se pode, com p.
Esta estou a seguir com interesse e vou continuar.
Um abração do teu amigo
Henrique, o Leãozão
INFORMAÇÃO
Já está postado na Nossa Travessa um novo textículo deste feita inócuo, portanto sem qualquer tipo de provocação, de agressão erótica ou de imagem chocante, enfim próprio para todas as idades, sexos, profissões e até religiosos, agnósticos e ateus. Tem características internacionalistas e o seu título é AS PRIMAS DE MONTREAL mas não precisa de tradução para os comentários que se aguardam.
Muito Obrigado Henrique !
EliminarAbraço
Bestial, Ricardo, bestial!
ResponderEliminarAquele abraço
Muito Obrigado Pedro e Abraço
EliminarTODOS: Pediram-me uma continuação, ela aqui fica, mas já não vai haver mais. A ideia desta rúbrica que me lembrei de levar a cabo quando comprei os dados, foi contar um minúsculo conto que não tivesse continuação para o post seguinte. Por isso, vou continuar como até aqui, um post, um conto !!!
ResponderEliminarObrigado a Todos pelos comentários
Desculpa lá, Ricardo, mas se já sabias, de antemão, que este iria ser o epílogo, deverias ter posto o Guedes a 'sair' e não a 'entrar' em cena. :) Foi isso que suscitou o desejo, colectivo, de continuação.
EliminarMas tudo bem, amigo, estamos TODOS aqui, para o que der e vier.
Abraço.
Janita e Todos, como diz a Luísa, se alguém se quer habilitar a continuá-lo, eu publico-o aqui no "Pacto" !!! Aliás isto já foi falado e ainda não perdi a vontade de conseguir que muitos de nós escrevam um conto em conjunto !
EliminarObrigado Janita
Não me importava nada de 'tomar conta' da história, Ricardo.
EliminarEnviar-te o meu texto - para tua prévia apreciação e posterior publicação - mas como, se não tenho os dados? Deita lá os dados, manda-me a foto por mail e tentarei contar porque razão o polícia deu ordem de stop ao inspector Jorge e ao agente Guedes...
...ou contarei uma parte e de seguida outra leitora agarra no conto e segue até se encontrar um final, ou não!
Se o barco não se deitar ao mar, nunca chega a navegar...:)
Muita imaginação Ricardo! Gostei muito!
ResponderEliminarMuito obrigado Manuela
EliminarBem criativo !!! Bj
ResponderEliminarObrigado Gracinha !
EliminarMas é que assim o mistério vai-se adensando... :))
ResponderEliminarAgora cada um dos leitores que o resolva e deixe o autor voltar a contar pelos dados conforme os dados bem entenderem rolar.
Obrigado Luísa pela compreensão. Como qualquer um de nós que gosta de escrever, gosto de dar asas à minha imaginação e não estar "preso" por algo !
EliminarObrigado mais uma vez Luísa
Se Hitchcock era o mestre do suspense... o que poderei dizer em relação à "vibe" que te levou a escrever estes deliciosos mini-contos?
ResponderEliminarQue é hitchcockiana!! 😊
Obrigada (pela parte que me toca) por teres atendido ao pedido para continuares o conto anterior. Claro que ficamos na mesma sem saber nada sobre a carta... e ainda ficamos mais em suspense por causa do tiro! Teria ali havido algum crime passional? 💔
Toda a gente entende que são os dados que lançam "as sortes"... e que não é fácil engrenar uma história com vários episódios estando eles (dados) a ditar uma história completamente nova. Mas não seria impossível.
O que decidires fazer está decidido, o que nós queremos (e acho que posso falar por todos) é que continues a lançar dados, continues a contar-nos as suas histórias e a dar-nos conta da tua imaginação.
😘
(beijinhos dados)
Nunca tive pretensões a escritor. No entanto, talvez tivesse feito mal, não o pretender ou ter pretensões a.
EliminarObrigado pela tua/vossa compreensão. Acredito que vou continuar a ter-vos aqui a comentar os meus "A Contar Pelos Dados" !
Obrigado Afrodite
Original os teus contos com dados, Ricardo!
ResponderEliminarContinua a lançar os dados que nós cá estamos para os apanhar.
Vou continuar a lançar os dados sim !
EliminarObrigado Teresa
Magnifico! muita imaginação estes teus contos com dados.
ResponderEliminarAdorei Ricardo. Continua a lançar e imaginar.
Beijinho
Muito Obrigado Adélia !
EliminarBom fim-de-semana