Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
7.ª Arte – Alfredo Tropa
Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.
Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.
Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.
Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses
Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!
No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In Imdb - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Do cinema português trago-vos Alfredo Tropa (29-03-1939), realizador com uma grande obra. 43 películas e uns quantos galardões. Dele escolhi a apresentação (trailer) de 2 filmes que vi.
(1972) Pedro Só. Primeira longa-metragem de Alfredo Tropa.
(1980) Bárbara. Primeiro filme a ser produzido em película de 35mm e a cores, pela RTP.
(1972) Entrevista com Alfredo Tropa
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ResponderEliminarCom esta tua rubrica vou ter oportunidade de preencher muitas lacunas na minha cultura sobre cinema.
Do Alfredo tropa apenas conheço... o seu nome! Tenho de te confessar que não conheço nada da sua obra. Ou se calhar conheço mas não me lembro.
Vou ver os vídeos...
Beijinhos a horas impróprias
(^^)
Esse comentário é extremamente elogioso para mim, embora ache que estes meus "posts" apesar de elaborados com todo o prazer, não são assim tão especiais, como isso. No entanto, vão dando para recordar muitos nomes esquecidos da arte cinematográfica mundial.
EliminarObrigado Afrodite
Um ilustre desconhecido.
ResponderEliminarTodos é que sabemos tudo :) !
EliminarObrigado Teresa
Bom dia, conheço o nome Alfredo Tropa, mas não conheço a sua obra, certamente que foi mais um daqueles que não interessava divulgar.
ResponderEliminarBoa semana,
AG
António, cultura venha ela de que quadrante da sociedade vier é importante que seja divulgada. Exceptuam-se os casos de totalitarismos exacerbados !
EliminarBoa Semana e obrigado
Não conhecia a obra por isso obrigada pela partilha!!!bj
ResponderEliminarObrigado Gracinha
EliminarSó conhecia de nome.
ResponderEliminarGostei de ouvir a entrevista, que deu para conhecer um pouco melhor um pouco mais das dificuldades que sentiu ao fazer o seu trabalho.
Obrigada pela partilha Ricardo
Ele tem imensas curtas-metragens e algumas possivelmente viste e não sabias que eram deste realizador.
EliminarEngraçado ver a Ana Zanatti tão novinha e tão bonita, Mulher de uma beleza especial !
Obrigado Manuela
Desapareço na quinta-feira, Ricardo!!!
ResponderEliminarDesejo que durante a minha ausência não tragas aqui o WERNER HERZOG. Embora, ele não esteja na lista dos meus realizadores favoritos, gostaria de estar presente.
Até agora só vi e ouvi a entrevista, hoje à noite vejo os vídeos.
Eu tenho a publicação do realizador Werner Herzog programada para dia 14 de Outubro, por isso é nesse dia que ocorrerá !
EliminarObrigado Teresa
Conheço Alfredo Tropa, mas lembro-me dele já mais velho, nesta idade, não. Já os filmes não me recordam nada de nada.
ResponderEliminarGostei muito foi de ver a Ana Zanatti tão compenetrada no seu papel de jovem entrevistadora, provavelmente no início da sua carreira.
Quando o cineasta fez a alusão à falta de 'calo' e sorriu, ela estava tão absorvida que nem esboçou um leve sorriso. Manteve o ar sério e inseguro...Tão diferente da mulher experiente e segura de si, que é hoje. Isto foi um aparte.:)
Obrigada por me trazeres estas preciosidades de um tempo distante.
Haverão outras preciosidades ainda mais antigas !!! :)
EliminarObrigado Janita
Sou sincero, não vi nenhum dos filmes, só de nome conheço o homenageado.
ResponderEliminarAquele abraço
Fez algumas curtas-metragens interessantes !
EliminarObrigado e abraço Pedro