Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
sábado, 19 de setembro de 2020
7.ª Arte - Bernardo Bertolucci
Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.
Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.
Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.
Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses
Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!
No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.
Do cinema italiano trago-vos Bernardo Bertolucci (16-03-1941), realizador com 24 películas e uns quantos galardões. Dele escolhi 5 filmes que vi. embora para além destes tenha visto outros.
(1971) Il Conformista – O Conformista
(1973) Ultimo Tango a Parigi – O Último Tango em Paris
(1976) 1900
(1979) La Luna – A Lua
(1987) L'Ultimo Imperatore – O Último Imperador
(1994) Entrevista com Bernardo Bertolucci
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Apesar de Bertolucci ser um dos cineastas mais famosos e conhecido por todos os cinéfilos, vi pouquíssimos filmes dele. Nem sequer vi o 'Último Tango...' que tanto furor fez entre nós, logo após a abertura aos filmes eróticos em Portugal.
ResponderEliminarDestes que apresentas, creio que vi o "Último Imperador", na televisão, e nem sei se o vi todo. Enfim, uma vergonha, para quem, como eu, adora cinema.
Um abraço, Ricardo.
(Já te estás a entender melhor com a nova interface do Blogger?)
Obrigado pelo comentário Janita
EliminarRelativamente ao novo interface, ainda estou numa fase de "negação" a ele. Estas publicações são programadas e já estavam prontas para sair em determinada data.
Obrigado
Só vi O último imperador, o que me deixa a pensar que não faria mal em procurar ver mais alguns. :)
ResponderEliminarEra interessante tentares ver outros filmes dele. É um excelente realizador!
EliminarObrigado Luísa
Vi quase todos os filmes do realizador italiano.
ResponderEliminarIl Conformista é uma adaptação literária e o seu melhor filme.
É na realidade um grande filme. Existem outros muito bons, eu não gosto de eleger o melhor em nada, é sempre um pouco subjectivo!
EliminarObrigado Teresa
Sempre considerei Bertolucci um grande realizador.
ResponderEliminarLembro-me de ter visto o Último Tango e o Último Imperador.
Tenho pena de não ter visto mais, a vida não permitia, mas quem sabe um dia possa ver outros que faltam.
Pelo menos os que aqui trago são importantes na obra de Bertolucci.
EliminarObrigado Manuela
Destes vi o Último Tango em Paris e o Último Imperador.
ResponderEliminarUm excelente realizador sem dúvida.
Obrigado Catarina
EliminarO Último Imperador é fabuloso!!
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Obrigado e abraço, Pedro
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