Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Texturas e Recortes (2)

Em tempo de confinamento, encontram-se as “paisagens” em casa. A roupa, o livro, a madeira, o vidro, a revista, o objecto, e muitos outros elementos passíveis de olharmos para eles nesta altura, de um outro modo !

Tecidos

10 comentários:

  1. O tempo de confinamento já acabou, mas ficaram texturas e recortes na memória.

    Boa noite, Ricardo!!

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    1. Houve que adaptar os nossos passatempos a tempo de ficar em casa. Não foi fácil, mas a fotografia é um excelente passatempo !
      Obrigado Teresa

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  2. E para quem sabe fotografar tudo pode ser inspirador.
    Aquele abraço

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  3. Imaginação não faltou por aqui.
    Gostei do conjunto e das texturas.

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    1. Quando pretendemos que algo saia bem, esforçamo-nos para que tudo corra bem.
      Obrigado Manuela

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  4. Estas texturas até seriam bem identificáveis ao tacto.
    Como foto está super original. Hajam ideias e inovações... :)

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    1. Este confinamento foi um catalisador para a imaginação.
      Obrigado Janita

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!