Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Jazz Standards (181)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Blue Monk (#185) - Música e Letra de Theolonious Monk
Era a composição favorite de Monk, de acordo com Laurent de Wilde em “Monk”, e ele gravou-a muitas vezes. Numa entrevista de 1963, onde çlhe foi pedido um nome de um música que ele gostasse em especial, Thelonious citou de imediato “Blue Monk” com o Trio. Ele gravou-a pela primeira vez em 22 de Setembro de 1954, com Art Blakey (bateria) e Percy Heath (contrabaixo). O filme “Jazz on a Summer Day” mostra a sua actuação com esta mesma canção, no Festival de Newport, em 1958.

Thelonious Monk (Rocky Mount, EUA, 10-10-1917 — Weehawken, New Jersey, EUA, 17-02-1982) – Blue Monk com Paul Jeffrey (saxofone tenor), Thelonious Monk (piano), Larry Ridley (contrabaixo) e Lenny McBrowne (bateria).


Abbey Lincoln (Chicago, Illinois, EUA, 06-08-1930 - New York, New York, EUA, 14-08-2010) . 


Herbie Hancock (Chicago, EUA, 12-04-1940) e Ron Carter (Ferndale, Michigan, EUA, 04-05-1937) – No concerto inaugural do “Monk Institute” apelidado de "A Tribute to Thelonious Monk", em 1986.


Hank Jones (Vicksburg, Mississippi, EUA, 31-07-1918 – Manhattan, New York, EUA, 16-05-2010), Sadao Watanabe (Utsunomiya, Japão, 01-02-1933), Chick Corea (Chelsea, Massachusetts, EUA, 12-06-1941), Hiromi Uehara (Hamamatsu, Shizuoka, Japão, 28-03-1979), Austin Peralta (Los Angels, EUA, 25-10-1990 - Los Angels, EUA, 21-11-2012) – No “Tokyo Jazz 2006”.


Letra

Going' alone, life is your own, but the cost sometimes is dear
Being complete, knowing defeat, keeping on from year to year
It takes some doing, monkery's the blues you hear, keeping on from year to year
Life is a school, less' your a fool, but the learning brings you pain
Knowing at once, you're just a dunce, trail and error loss and gain
It takes some doing, monkery's a slow slow train, trail and error loss and gain
Finding your one Place in the sun, doesn't come the easy way
Shallow or deep, nothing is cheap, measured by the dues you pay
It takes some doing, Monkery's a blue highway, measured by the dues you pay

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos).

6 comentários:

  1. Herbie Hancock é fenomenal!!
    Aquele abraço

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    1. Sempre e é preciso ver que são dois a tocar. O que dois músicos conseguem fazer, um num instrumento de percussão/cordas, o piano, outro num instrumento de cordas, o contrabaixo. Notável !
      Obrigado Pedro

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  2. Para poder comentar ouvi uns minutos de cada vídeo apresentado.
    Sem sombra de dúvida o que mais gostei foi o último, que ouvi do princípio ao fim. Não conheço os músicos nem creio que os tenha ouvido antes, mas esta música Jazz agradou-me, e muito.
    Os últimos minutos, nas parecerias ao piano, a quatro mãos, foram excepcionalmente empolgantes!
    Gostei!!

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    1. Janita se queres entender e perceber Jazz, tens de ouvir as músicas até ao fim. Este tipo de Jazz que é bastante melódico, deve ouvir-se até ao fim e no dia a seguir ouvir de novo, as mesmas músicas. Isto faz parte do processo de aprendizagem do nosso ouvido ao Jazz. Tentar um instrumento de cada vez e esquecer os outros, e por fim a última vez que se ouve, ouve-se o grupo todo ! Garanto que em composições como esta relativamente simples, "ganhas" ouvido para outras e habituas o teu aparelho de audição a este género musical.
      Com o tempo, a audição torna-se mais simples e estamos dispostos a outras melodias mais complexas. Mas isto depende da vontade de cada um, claro !!!
      Obrigado Janita

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  3. Tudo excelentes interpretações, mas ainda estou a ouvir Herbie Hancock, o meu preferido!

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    1. São versões todas diferentes. A primeira é a do próprio compositor Thelonious Monk, mas acredito que tenhas gostado mais da versão do Herbie Hancock !
      Obrigado Manuela

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!