Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 17 de março de 2019

Woodstock (6) – Janis Joplin, The Kozmic Blues Band

Por aqui pelo “Pacto”, durante algum tempo, as músicas que encantaram, ou não, a juventude nascida nos finais dos anos 40 e na década de 50, durante o grandioso “Festival de Woodstock”, realizado nos Estados Unidos, na fazenda de Max Yasgur, cidade de Bethel, estado de New York, entre 15 e 18 de Agosto de 1969.
Encontraremos grupos e composições que muitos de nós reconhecerão como agradáveis e de imediato, e outras nem tanto assim, como algumas de género Rock Psicadélico, Hard Rock, Blues Rock, Acid Rock, Blues, R&B (Rhythm and Blues). O exemplo mais flagrante deste conjunto de géneros, será o guitarrista Jimi Hendrix, considerado por muitos, um dos melhores do Mundo e de sempre.
Este Festival foi, principalmente, um levantar de questões à sociedade, à liberdade de expressão e à guerra entre os povos. Isto tudo, tendo como base os problemas da sociedade americana da altura e as suas condições sociais, e ainda, a famigerada guerra do Vietnam que deixou marcas indeléveis nos EUA.
Tal como o Vietnam, as guerras são meramente negócio para alguns, não trazem absolutamente nada de benéfico para a humanidade. Isso todos os portugueses puderam comprovar, cronologicamente antes, com a guerra das Colónias, guerra em África ou guerra do Ultramar, consoante o quadrante politico de cada um de nós.

Hoje ficaremos a ouvir, já aqui embaixo, a branca negra, a voz inconfundível de Janis Joplin:









10 comentários:

  1. Hoje não estou em ambiente, nem com tempo para ouvir a Janis. Voltarei. :)

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    1. As visitas são quando as pessoas podem ou querem. Vive-se aqui em verdadeira democracia !
      Obrigado Luísa

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  2. O perfeito exemplo de live fast and die young
    Aquele abraço, boa semana

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    1. Infelizmente Pedro. Uma intérprete extraordinária !
      Obrigado, abraço e boa semana também !

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  3. Nunca apreciei lá muito a Janis Joplin.
    Primeiro porque ela gritava mais do que cantava... e segundo porque o timbre dela é um bocado "esfregão scotch brite" para os meus ouvidos. (hehehehe)
    Tal como sou uma amante de vozes e por vezes me deixo apaixonar por elas... depois também sofro com vozes que são ruído para os meus ouvidos. Há algumas até que eu não consigo mesmo ouvir, como a voz do Ex-presidente do Sporting, por exemplo. Felizmente ela sai de circulação e assim já não tenho de mudar de canal, como fazia quando ele aparecia nas notícias.

    Beijinhos com aroma a rebuçados do Dr. Bayard
    (^^)

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    1. A Janis Joplin era uma cantora que com a sua voz rouca e "meia-drogada" eras uma excelência na música soul/rock da época !
      O BC dispenso, o mesmo não direi dos rebuçados do Dr. Bayard, que gosto !
      Obrigado Clara

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  4. Gosto da sua voz rouca e "bem drogada".

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  5. É pena ter morrido tão nova!
    Beijinhos

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    1. Como aconteceu com alguns e algumas à conta da vida em excesso. Drogas, tabaco, bebibas alcoólicas ! :(((
      Obrigado M.

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!