Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

7.ª Arte - Steven Soderbergh

Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.

Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.

Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.

Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses

Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!

No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In Imdb - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Do cinema norte-americano trago-vos Steven Soderbergh (14-01-1963), realizador com uma obra extensa. Com 32 películas e uns quantos galardões. Dele escolhi 3 filmes que vi.

(1989) Sex, Lies, and VideotapeSexo, Mentira e Vídeos




(2001) Ocean's ElevenFaçam as Vossas Apostas


Entrevista com Steven Soderbergh

8 comentários:

  1. Vi-os todos.
    Mas tenho uma especial predilecção por Sex, Lies and Videotape.
    Aquele abraço

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    1. Destes 3, que vi, também foi o mais gostei.
      Obrigado e abraço Pedro

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  2. Também vi todos os filmes que aqui apresentas, sendo o meu preferido: Sex, Lies and Videotapes ‼

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  3. Como não me recordo de ter visto os anteriores, "Ocean's Eleven" que vi três vezes, é o que mais gosto. Do filme "Sexo, Mentiras e Vídeos" li qualquer coisa mas não creio que o tenha visto.

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    1. Hás-de ver. É um filme que explora a sexualidade das mulheres através de um indivíduo que as entrevista e mais qualquer coisa que não conto para não tirar a graça.
      Obrigado Janita

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  4. Eu vi o Ocean`s Eleven e Sex, Lies and Videotapes.
    Não me lembro de ter visto os outros, só ouvi falar.
    Muito obrigada pela partilha Ricardo

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    1. A película "Erin Brockovich" é uma história interessante que está bem actual. A poluição que o "homem" faz sobre o planeta Terra.
      Obrigado Manuela

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!