Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
domingo, 1 de dezembro de 2019
7.ª Arte - Arthur Duarte
Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.
Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.
Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.
Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses
Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!
No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In Imdb - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Do cinema português trago-vos Arthur Duarte (Arthur de Jesus Pinto Pacheco) (17-10-1895 – 22-08-1982), realizador dos anos da comédia portuguesa (Vasco Santana, Ribeirinho e António Silva). Com 9 películas. Dele escolhi a apresentação (trailer) de 3 filmes que vi e que já revi sei lá quantas vezes !
(1944) A Menina da Rádio (filme completo, não se encontra somente apresentação !)
(1947) O Leão da Estrela (filme completo, não se encontra somente apresentação !)
Biografia e entrevista sobre o Arthur Duarte
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Tenho as novas versões restauradas desses três filmes em DVD 💚
ResponderEliminarPodes vê-las sempre que quiseres :) !
EliminarObrigado Teresa
Filmes inesquecíveis.
ResponderEliminarObrigada, Ricardo.
Completamente Janita !
EliminarObrigado
Gostei muito de recordar estes filmes fabulosos.
ResponderEliminarAcredito que sim Manuela. Eu também gosto de os reviver de quando em vez!
EliminarObrigado
Não sendo nada saudosista, estes filmes são inesquecíveis.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Não se trata de "saudosismo" Pedro, como sabes. Trata-se de bom cinema, de uma época histórica no cinema nacional, plena de bons actores, cómicos e não só !
EliminarObrigado
ResponderEliminarSabe sempre bem rever estes clássicos... e gosto particularmente deste filmes de Arthur Duarte.
E é uma delícia estes filmes estarem completos no Youtube. De vez em quando vou revendo as partes mais divertidas...
«Frapé...»
(^^)
Eu também de vez em quando gosto de os rever !
EliminarObrigado Clara