Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Combattant, mon ami, réveille-toi !

Combattant, mon ami, réveille-toi !

Quand les larmes de ta vie
Égouttent pour ton visage
Ne te laisse pas abattre
If faut te battre jusque à la fin
Avec toutes tes forces
Contre tout et tous
Pour remettre la vérité
Au-dessus de la Terre
Cette planète qui nous a vus germer
Et grandir comme une race dominant
Et destructeur d’elle-même
                    
Réveille-toi de ton cauchemar !

4 comentários:

  1. Que nunca nos falte a esperança de vivermos melhores dias!
    (tens muito jeito para o francês... Parabéns!)

    Bisous
    (^^)

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    1. Foi tão somente uma pequena viagem pela poesia e pelo francês. Língua de que gosto bastante !
      Obrigado Afrodite

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  2. Boa tarde, Contra tudo e todos devemos lutar até o fim, faz parte- o poema é perfeito.
    AG

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  3. António muito obrigado!
    Um abraço

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!