Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Adriano Correia de Oliveira – Fado (3)

O Fado é, desde Novembro de 2011, Património Cultural e Imaterial da Humanidade (UNESCO).

Não sou grande admirador, com uma excepção para o fado de Coimbra, mas reconheço o valor deste género musical que representa muito bem, alguma da Boa Música Portuguesa.

Adriano Correia de Oliveira (09-04-1942 – 16-10-1982)

Um dos grandes da Música Popular Portuguesa, e do fado de Coimbra. Infelizmente desaparecido apenas com 40 anos de idade.

Fado da Sé Velha, da autoria de José Paradela de Oliveira. Aqui no programa "Cantos e Contos de Coimbra" de Sansão Coelho, RTP Porto em 1982.

2 comentários:

  1. Uma voz que me encantava e que me deixou com saudade. Gostei imenso de recordar.
    Abraço, saúde e bom fim de semana

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    1. É bom recordá-lo, sim !!!
      Morreu com imenso para nos dar :( !
      Elvira obrigado,
      Abraço, saúde e bom fim-de-semana também para si e para os Seus

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!