Alberto
Caeiro (16-04-1889 –
1915)
Se Depois de eu Morrer, dita por Mário Viegas
Álvaro Feijó (05-06-1916 – 09-03-1941)
Natal, dita por Mário Viegas
Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
Alberto
Caeiro (16-04-1889 –
1915)
Se Depois de eu Morrer, dita por Mário Viegas
Álvaro Feijó (05-06-1916 – 09-03-1941)
Natal, dita por Mário Viegas
Ouvi os dois poemas. A minha preferência vai para o poema, forte e intenso, de Álvaro Feijó. Na pobreza, há sempre alguém ainda mais pobre. Alguém que vem ao mundo,vive e morre sem glória.
ResponderEliminarAlberto Caeiro, muito centrado em si mesmo.
Quanto a Mário Viegas, excelente diseur, como sempre.
Boa noite e um abraço, Ricardo.
Dois poetas distintos !
EliminarJanita obrigado
Dois belos poemas. Gosto muito de Alberto Caeiro que é mesmo o meu Pessoa preferido. Mas entre estes dois, o segundo é o meu preferido. Mais profundo, mais intenso, Talvez escrito entre duas grandes guerras.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom domingo.
Elvira obrigado
EliminarDois bons poemas. O de feijó mais intenso!
ResponderEliminarO último fecha a porta, obrigado
EliminarDois poemas que não se podem comparar.
ResponderEliminarE, claro, gostei de ouvir o incomparável Mário Viegas.
Viegas dá vida à poesia !
EliminarLuísa obrigado
Gostei muito de ouvir estes dois poemas. Mário Viegas dá um tom muito intenso ao que declama.
ResponderEliminarGostei muito do primeiro, Ricardo
Sim o Mário Viegas tinha o dom de estudar o poeta e a sua poesia e depois tentar pôr-se na pele dele (poeta) e dizer o poema.
EliminarManuela obrigado
O Mário Viegas dizia poesia como poucos.
ResponderEliminarAquele abraço, boa semana
Verdade !
EliminarPedro obrigado