É uma nova rúbrica, baseada no livro de Francisco Martins Ramos e Carlos Alberto da Silva, intitulado “Tratado das Alcunhas Alentejanas” (3.ª edição, Fevereiro de 2003), editado pela “Edições Colibri, Lda.”, Faculdade de Letras de Lisboa.
Pedi autorização à editora Colibri e o sr. Fernando Mão de Ferro escreveu-me e autorizou-me no dia 9 deste mês (Sem problemas. Parabéns pelo projecto. Fernando Mão de Ferro) que avançasse com estas pequenas publicações. Dos autores, tentei contactar com um deles, visto que o outro, infelizmente, já faleceu, mas até agora não obtive qualquer resposta. Os textos que publicarei não irão plagiar o livro. Irei tratar os textos de outra maneira e de algum modo publicitarei o “Tratado das Alcunhas Alentejanas”, através destes “posts”. É, como já frisei, um livro/tratado extremamente interessante e digno que figurar numa prateleira de uma biblioteca pessoal. Nele foram tratadas cerca de 20.000 alcunhas, por todo o Baixo e Alto Alentejo.
Esta publicação terá 52 números (2 voltas ao alfabeto de 26 letras) porque queremos apenas chamar à atenção dos leitores sobre a importância e o trabalho realizado. Escolheremos as alcunhas a tratar, uma por cada letra do alfabeto português, de A a Z. Foram também incluídas, as letras K, W e Y.
Tratado das Alcunhas
Gemadinha (s) – masculino, cognome individual, alcunha adquirida, designação rejeitada, alcunha de referência, classificação: comportamental / gastronómica; história: Nome que designa um indivíduo que come muitas gemadas (Aljustrel); o receptor desta alcunha comeu uma gemada com doze ovos (Moura).
(In Tratado
das Alcunhas Alentejanas”, 3.ª edição, Fevereiro de 2003)
Priberam (online)
derivação fem. sing. de gemada
ge·ma·da
nome
feminino
Porção de gema de ovos batida com leite e açúcar, ou só com açúcar.
Palavras
relacionadas:
gemado, gemar, vitelina, vitelífero, gemologia, calazóforo, vitelino
"Gemadinha",
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/Gemadinha [consultado
em 15-06-2020].
Porto Editora (online)
gemadinha
diminutivo
feminino singular de gemada
gemada
ge.ma.da ʒəˈmadɐ
nome feminino
CULINÁRIA alimento
preparado com gema de ovo crua, batida com leite ou vinho e açúcar, ou só com
açúcar
Particípio
passado feminino substantivado de gemar
Maravilhoso!
ResponderEliminarAs alcunhas fazem parte de um legado popular que assenta nas mais variadas personalidades físicas, profissionais e estados de espírito da população de uma determinada localidade. Reflete ainda as condições sociais.
No primeiro confinamento fiz uma recolha de alcunhas da minha aldeia, as mais antigas e, as mais recentes e foi surpreendente. Foi um desafio comunitário que mais tarde, se transformou numa procura mais específica, mais aprofundada como a origem da alcunha.
Foram histórias fantásticas!
Parabéns pela rúbrica!
O teu trabalho deve ter sido muito interessante, acredito!
Eliminarmz este livro é excelente pela recolha efectuada pelos dois Professores. Cerca de 20.000 alcunhas em todo o Alentejo.
Obrigado
Seria possível partilhar essa pesquisa?
EliminarAbraço amigo.
Juvenal Nunes
Respondido mais abaixo!
EliminarRicardo, muito interessante.
EliminarAinda está incompleto e muito provavelmente irá fazer parte de um acervo imaterial da aldeia.
Estar confinado e fazer mexer as memórias das pessoas da aldeia, (online) foi um dos melhores momentos para os mais idosos, e até mesmo para os mais jovens que participaram imenso.
Acredito que tenha sido muito gratificante para ti, teres movimentado as pessoas e lhes teres dado motivo para se sentirem mais acompanhados e com pessoas a interessarem-se por eles !
Eliminarmz obrigado
Não sabia que era uma alcunha alentejana.
ResponderEliminarSempre ouvi falar de gemadas como uma coisa feita com ovos e que revigora.
Também é uma alcunha alentejana, depois, obviamente, de ser uma junção de uma gema de ovo, pelo menos, com açúcar.
EliminarÉ uma gulodice, é que é, com um alto índice calórico e algum colesterol !!!
Manuela obrigado
Parabenizo-o pela publicação em causa, pela importância de que se reveste.
ResponderEliminarFicarei atento à continuação.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Caro Juvenal Nunes
EliminarQuem quiser lê-la pode vir ao meu blogue. Estas publicações não são minhas na totalidade. Eu pedi autorização para publicá-las. É assim que as coisas funcionam. Não se partilha informação sem autorização dos autores.
Obrigado
Ricardo esta tua rúbrica é um espectáculo!!
ResponderEliminarDesta vez levou-me a uma época da adolescência em que devorava gemadas, sem leite, nem vinho, mas com pão. Um susto!!!
Beijo.
Em tempos, também a minha Mãe me fazia à tarde, pela hora do lanche, uma gemada de um ovo com açucar amarelo. Acredito que sejam boas pelo seu índice energético :), mas também têm que eu saiba, um alto grau de colesterol :(.
EliminarTeresa obrigado