Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Didier Lockwood – Groups & Soloists of Jazz (6)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Didier Lockwood (11-02-1956 – 18-02-2018) – Infelizmente desaparecido em Fevereiro de 2018, após ter completado 62 anos. Tive o prazer de o ver aqui há alguns anos na “Culturgest” Caixa Geral de Depósitos.

É possível que muitos de vós, não gostem deste estilo de música de jazz, mas têm de fazer algum esforço em ouvir se o quiserem compreender. Como tudo na vida, a fuga à rotina sabe-nos a todos muito bem. Na música passa-se o mesmo !

The Kid


Nuages, Tributo a Stephane Grappelli, com Adrien Moignard (guitarra), Diego Imbert (contrabaixo) e Didier Lockwood (violin), no Festival “Ca Jazze à Brides” com realização de Valentin Vion. 8 Julho de 2017.


"jam session" com Michel Petrucciani


La Javanaise, no “Victoires du Jazz” (2006), com Marcel Azzola (acordeão) e Didier Lockwood que interpretam à sua maneira a composição "La Javanaise" de Serge Gainsbourg.

7 comentários:

  1. Agora fica a tocar em fundo.
    Aquele abraço

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  2. É o meu lema de vida é fugir à rotina, daí que tenha ouvido com atenção todos os temas e tenha gostado.

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    1. Fiquei satisfeito que tenhas gostado !
      Obrigado Manuela

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  3. Gostei imenso. Didier Lockwood foi um digno continuador de Stéphane Grappelli. Quem diria que, sendo o violino um instrumento europeu e oriundo da música clássica, se iria adaptar tão bem ao jazz? Até Yehudi Menuhin, que foi um dos maiores violinistas clássicos de todo o séc. XX, se rendeu ao jazz, tocando com Grappelli: https://www.youtube.com/watch?v=XiiUHKQg4rQ.

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    1. Pois caro Fernando a música não tem fronteiras entre os seus vários géneros. Ainda bem que lhe agradou, é o que eu tento por aqui fazer, agradar e dar "coisas" diferentes às minhas visitas. Penso, hoje, que consegui já fazer com que muitos outras pessoas ouçam outras tipos de música que não as trivialidades que passam nas rádios ditas comerciais.
      Conheço também Yehudi Menuhin, o meu Pai deu-me a conhecer a música clássica e a ópera.
      Obrigado Fernando

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    2. E obrigado pelo link que por acaso já conhecia, mas foi bom deu a oportunidade a outros de ouvir Menuhin e Grappelli.

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!