Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
quinta-feira, 23 de maio de 2019
Woodstock (9) – Joan Baez
Por aqui pelo “Pacto”, durante algum tempo, as músicas que encantaram, ou não, a juventude nascida nos finais dos anos 40 e na década de 50, durante o grandioso “Festival de Woodstock”, realizado nos Estados Unidos, na fazenda de Max Yasgur, cidade de Bethel, estado de New York, entre 15 e 18 de Agosto de 1969.
Encontraremos grupos e composições que muitos de nós reconhecerão como agradáveis e de imediato, e outras nem tanto assim, como algumas de género Rock Psicadélico, Hard Rock, Blues Rock, Acid Rock, Blues, R&B (Rhythm and Blues). O exemplo mais flagrante deste conjunto de géneros, será o guitarrista Jimi Hendrix, considerado por muitos, um dos melhores do Mundo e de sempre.
Este Festival foi, principalmente, um levantar de questões à sociedade, à liberdade de expressão e à guerra entre os povos. Isto tudo, tendo como base os problemas da sociedade americana da altura e as suas condições sociais, e ainda, a famigerada guerra do Vietnam que deixou marcas indeléveis nos EUA.
Tal como o Vietnam, as guerras são meramente negócio para alguns, não trazem absolutamente nada de benéfico para a humanidade. Isso todos os portugueses puderam comprovar, cronologicamente antes, com a guerra das Colónias, guerra em África ou guerra do Ultramar, consoante o quadrante politico de cada um de nós.
Hoje ouviremos, já aqui embaixo:
Joan Baez - Drug Store Truck Drivin' Man
Joan Baez – Joe Hill. Mais tarde dedicaria a canção ao povo iraniano durante o seu concerto no “Merrill Auditorium”, Portland, Maine, EUA, em 31 de Julho de 2009.
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Esta é das tais vozes imortais.
ResponderEliminarAquele abraço, bfds
Esta é uma delas sim, Pedro !
EliminarAbraço e obrigado
Uma mulher absolutamente idealista com uma excelente voz:-*
ResponderEliminarSe não houvessem idealistas o Mundo seria um caixote de dinheiro !
EliminarObrigado Teresa
Uma voz maravilhosa. Adorei. Um abraço com carinho
ResponderEliminarObrigado rosa-branca !
EliminarDe Joan Baez gosto de tudo. Desde as canções da juventude até à sua fase de mulher madura. Soube retirar-se dos palcos em grande estilo.
ResponderEliminarA sua voz ficará gravada a ouro na história da música.
Muito bom!!
A sua voz, a sua presença, as suas ideias ficarão para sempre na história da Humanidade. Que pena o Mundo ter poucos assim !
EliminarObrigado Janita
Woodstock, denominado na altura como o Festival da contracultura, marcou uma época musical e uma geração. Com mais de 30 nomes sonantes da época ! Uma revolução cultural na continuidade do que se tinha passado em França com o Maio de 68 !
ResponderEliminarA época do "amor livre", dos hippies e das liberdades sociais da juventude !
Em 75 comprei a chamada "aparelhagem" (rádio, gira discos e colunas) e foi uma
época (de pouca duração) de fartança musical para mim.
Que bem me lembro de passar horas a ouvir a Joane Baez e tantos outros da mesma altura !!! :) ... Adorava a Joane Baez assim como o Jimi Hendrix !
Pois Rui, também ouvi imenso desses dois que citaste e de muito outros que ficarão para sempre no Compêndio da Música Mundial. Boas Épocas e Boas Música, que apesar da conturbação mundial, penso que éramos mais felizes, talvez por sermos também mais novos, mas tudo era mais real do que hoje, infelizmente !!!
EliminarObrigado e Abraço
Uma época, um ambiente, uma grande voz. Tão bom.
ResponderEliminarLuísa, em poucas palavras é isso mesmo !!!
EliminarObrigado
ResponderEliminarVoz inconfundível!
Vou ficar a ouvir em plano de fundo enquanto vou trabalho aqui no computador.
Beijinhos JOANinos
(^^)
Sim, a Joan Baez, é uma voz incunfundível. Na sua pureza cristalina, faz-me lembrar pela sua grande qualidade, mas diferente no timbre, a Teresa Salgueiro. Vozes admiráveis !
EliminarObrigado Clara