Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
segunda-feira, 27 de maio de 2019
Raúl Solnado (15) - Pra' Frente Lisboa
O grande Raúl Solnado. Embora nunca o tenha conhecido pessoalmente, foi alguém porque quem sempre nutri muita carinho e admiração. Acompanhei a sua carreira de humorista e vi-o algumas vezes no Teatro. Recordo as duas vezes que me lembro melhor. A peça “O Vison Voador” (1969) no desaparecido Teatro Laura Alves, e uma revista, no também desaparecido, Teatro Monumental, chamada “Prá Frente Lisboa”. Lembro-me de uma música que se chamava “Malmequer”, que fez um sucesso estrondoso na época. Também na RTP o segui. Destaco o grande “Zip Zip” (1969) com o Fialho Gouveia e o Carlos Cruz, e o excelente concurso “A Visita da Cornélia” (1977).
Raúl Solnado (19-10-1929 – 08-08-2009) – É um actor, humorista português e apresentador de televisão. Foi galardoado com a Ordem do Infante D. Henrique (OIH)
Pra' Frente Lisboa (Teatro)
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Grande humorista. Nunca dececionou.
ResponderEliminarNão tem por onde decepcionar. É a escola de teatro em Portugal dos bons velhos tempos, em que os actores estudavam teatro e não moda !!!
EliminarObrigado Catarina
Gosto mais de o ver nas rábulas dele.
ResponderEliminarSão humores diferentes e épocas também diferentes. As rábulas individuais são mais no seu início, aqui é o Parque Mayer e a revista !
EliminarObrigado Pedro
É sempre um prazer ouvir o grande Raul!
ResponderEliminarObrigado Manuela
EliminarTive essa rábula gravada em cassetes VHS e foi vista até à exaustão. Os meus filhos sabiam isso de fio a pavio. Sem saudosismos - nem a sentir a figadeira de revés - mas fiquei com saudade desses tempos!!
ResponderEliminarPois quem não tem saudades de rir com vontade, com os nossos grandes artistas !
EliminarObrigado Janita