Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
terça-feira, 28 de maio de 2019
7.ª Arte - António Pedro Vasconcelos
Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.
Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.
Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.
Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses
Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!
No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In Imdb - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Do cinema português trago-vos António Pedro Vasconcelos (10-03-1939), realizador com uma obra pequena mas excelente, com 21 películas, atá agora. Dele escolhi a apresentação (trailer) de 7 filmes que vi, embora para além destes tenha visto outros.
(1973) Perdido por Cem
(1981) Oxalá
(1984) O Lugar do Morto
(1999) Jaime
(2003) Os Imortais
(2007) Call Girl
(2010) A Bela e o Paparazzo
(12-06-2018) Entrevista com António Pedro Vasconcelos
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Não vi nenhum dos filmes, no entanto, ainda me lembra que o filme JAIME foi um filme controverso.
ResponderEliminarAcredito que sim Teresa, já lá vão alguns anos !
EliminarObrigado
Não conheço nenhum dos filmes.
ResponderEliminarUm bom realizador português. Se quiseres conhecer melhor a filmografia, aí no Canadá, não sei se será fácil sem recorrer à Internet !
EliminarObrigado Catarina
Aqui na TDM com o João Pedro Marques.
ResponderEliminarConfirmo que ele gosta de Macau.
Aquele abraço
Uma bela entrevista para ouvir algo que nos indica a nossa (de alguns claro!) dedicação à cultura, neste caso, filmográfica !
EliminarObrigado Pedro e abraço
Conheço o cineasta, mas não estou muito familiarizada com muitos dos seus filmes, para além d'O Lugar do Morto, de "Jaime" que creio ter sido rodado no Porto e "Call Girl".
ResponderEliminarObrigado Janita
EliminarJAIME foi rodado no PORTO com música do Rui Veloso!!!
ResponderEliminarObrigado Teresa
EliminarBom dia, já fui mais ligado ao cinema, antes lia sobre cinema, pouco a pouco deixei de o fazer. Dos filmes que partilha vi o Lugar do Morto e a Bela e o Paparazzo.
ResponderEliminarAG
Obrigado António
EliminarSó vi O Lugar do Morto, talvez porque conheci pessoalmente o actor Pedro Oliveira.
ResponderEliminarE agora vou tentar resolver a charada.
Está bem resolvida Manuela !
EliminarObrigado
ResponderEliminarCostumo gostar dos Filmes de António Pedro Vasconcelos, se bem que só vi uma minoria ainda.
"O Lugar do Morto" deve ter sido o primeiro que vi. Soube bem recordar...
Ah, e soube bem também recordar o Nicolau Breyner.
Beijinhos cinéfilos
(^^)
Um Bom Cineasta português, sem sombra de dúvida !
EliminarObrigado Clara