Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
sábado, 16 de fevereiro de 2019
Raúl Solnado (11) - Baladeiro
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
O grande Raúl Solnado. Embora nunca o tenha conhecido pessoalmente, foi alguém porque quem sempre nutri muita carinho e admiração. Acompanhei a sua carreira de humorista e vi-o algumas vezes no Teatro. Recordo as duas vezes que me lembro melhor. A peça “O Vison Voador” (1969) no desaparecido Teatro Laura Alves, e uma revista, no também desaparecido, Teatro Monumental, chamada “Prá Frente Lisboa”. Lembro-me de uma música que se chamava “Malmequer”, que fez um sucesso estrondoso na época. Também na RTP o segui. Destaco o grande “Zip Zip” (1969) com o Fialho Gouveia e o Carlos Cruz, e o excelente concurso “A Visita da Cornélia” (1977).
Raúl Solnado (19-10-1929 – 08-08-2009) – É um actor, humorista português e apresentador de televisão. Foi galardoado com a Ordem do Infante D. Henrique (OIH)
Baladeiro (Zip Zip)
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Ehehehehe...Desta personagem baladeira é que eu já não me lembrava, e creio poder dizer que, para mim, ser das melhores e que mais me fez rir.
ResponderEliminarFantástica actuação do grande Raúl Solnado. O esforço que ele faz para se desmanchar a rir, é simplesmente admirável.
Com este 'disfarce' mais parece o Che Guevara. Gostei muito. :))
* Lógico que é "...para não se desmanchar a rir". :)
ResponderEliminarEste personagem "Baladeiro" do Raúl Solnado é um "sketch" Muitíssimo Bom !!!
EliminarObrigado Janita
Não me leves a mal, Ricardo, longe de mim a ideia de te aborrecer, mas só para que fique claro isto dos/as personagens, deixa que te diga que, tanto tu como eu, ambos estamos correctos. Personagem ( figura de ficção) é um substantivo feminino, quer se trate de ser um homem ou mulher a interpretá-la. Ou melhor, era antes do novo AO!! Hoje em dia tanto pode ser usado no feminino como masculino!
EliminarBom Domingo e não te zangues comigo! :)
Janita eu não respondi "o personagem" para te emendar o teu "a personagem", visto que tenho o cuidado como aluno de Letras de tentar ao máximo, e como sendo contra o AO, escrever o melhor possível, e sabia que se pode utilizar tanto "o" como "a". No entanto, penso que existe uma explicação para se utilizar uma ou outra, não havendo no entanto erro se escolhermos a contrária !
EliminarCumprimentos
Lembro-me vagamente da Visita da Cornélia, e sei que O Raul Solnado foi um grande humorista do século XX.
ResponderEliminarMuitos portugueses foram felizes com as suas piadas e forma de estar em palco.
Irá ser para sempre um humorista de culto!
Beijinhos e bom finam de semana.
Sem sombra de dúvida mz, o Raúl fará parte da História de Humor do Teatro Português para sempre.
EliminarObrigado e boa semana
Grande homem, foram algumas as vezes que chorei a rir a ouvi-lo, como por exemplo a ida dele à guerra!
ResponderEliminarAdorei ouvir a baladeira, obrigado Ricardo
Beijinho
Sim, as histórias escritas que foram contadas pelo Solnado também me fizeram rir durante muitos anos.
EliminarObrigado Adélia
ResponderEliminarhehehehe
Não me lembro do "baladeiro"! Mas também não admira porque eu era muito pequenina no tempo em que começou o Zip Zip.
Fiquei foi com uma dúvida: ele não estava mesmo a tocar viola, pois não? 😃
Sabe sempre bem rever as actuações do grande Raúl Solnado.
Beijinhos com acompanhamento à viola
(^^)
Se queres que te diga se era ele que tocava viola ou não, acho que não !?
EliminarNo entanto, para este personagem, isso é irrelevante, como deves calcular. O interessante e humorístico, é o texto do diálogo entre ele, o José Nuno Martins, e depois a letra da balada.
Obrigado Clara