Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Deolinda – Nascidos Aqui (2)
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)
Deolinda (2006) – É um grupo de música popular portuguesa inspirado pelo fado e pelas suas origens tradicionais.O projecto musical surgiu em 2006 quando os irmãos Pedro da Silva Martins e Luís José Martins (ex-“Bicho de 7 Cabeças”), a prima, Ana Bacalhau, então vocalista dos “Lupanar” e José Pedro Leitão, contrabaixista dos “Lupanar”, se juntaram à volta de quatro canções que Pedro tinha escrito, nascendo assim os “Deolinda”. Pedro da Silva Martins é o autor de todas as letras e canções da banda. O tema "Contado Ninguém Acredita" foi incluído na compilação Novos Talentos de 2007, lançado pelas lojas FNAC.
…
Movimento Perpétuo Associativo, do álbum Canção ao Lado, editado em 21 de Abril de 2008.
Fon-Fon-Fon, do álbum Canção ao Lado, editado em 21 de Abril de 2008.
Lisboa Não é a Cidade Perfeita, Lisboa e os Sem-abrigo, do álbum Canção ao Lado, editado em 21 de Abril de 2008.
Parva que Sou, Coliseu dos Recreios, 2011.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Solução: A música é ?... (1)
Solução: A música é ?... (1)
Vencedores: Luísa, Janita, Rui, Graça, Elvira, Afrodite, Gabriela, Catarina, Júlia e Pedro Coimbra.
Participantes: Papoila, Cantinho, Manuela e Ângela.
NINI DOS MEUS QUINZE ANOS
A Azeituna no XIII Lusíada 2006 (Casa da Música - Porto).
Edmundo Inácio – programa “Uma Canção Para Ti” da TVI.
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Letra:
Chamava-se Nini
Vestia de organdi e dançava (dançava)
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava (olhava)
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor ainda acabava mal
Batia o coração mais forte que a canção
E eu dançava (dançava)
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava (dançava)
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda, é sempre assim
Nini dançava só pra mim
sábado, 11 de fevereiro de 2017
A música é ?... (1)
Algumas palavras sobre:
Hoje
dia 11 de Fevereiro, este meu Blogue “O
Pacto Português” faz 6 anos de existência. Tem sido um prazer muito grande
manter e dar a conhecer música, menos ouvida, fotos e palavras minhas. Não irei
fazer nenhuma comemoração especial, somente um novo tipo de desafio, com uma
música para adivinharem, baseada nas palavras de um pequeníssimo texto meu.
Deixo já o aviso de que a composição, que é o que têm de adivinhar, pode ser portuguesa
ou estrangeira. Mas vamos começar por uma música muito conhecida ! 😊
Regras e informações:
Comentários
NÃO moderados;
Três
respostas possíveis;
Soluções
para o meu email (ricardosantos1953@gmail.com);
Dois
dias (11 e 12) para tentar adivinhar;
Dois
dias (13 e 14) para comentar o/s intérprete/s, o que a compôs e os outros que
trouxer aqui a público, no dia 13.
Texto:
Que saudades
dos bailaricos de Liceu, das primeiras paixonetas.
Ela tinha
apenas 17 anos, mas parecia ter menos, uns 14 ou 15 para aí ! Morena de cabelo
comprido, olhos castanhos e amendoados, um corpo bonito, e gostava de dançar
comigo. Eu era um "pé-de-chumbo", mas fazia um esforço e dançava,
dançava,… fazia o meu melhor ! Ela gostava de me impressionar e tentar. Rodava, rodava, olhando só para mim e bamboleando o seu corpo, num som de um
ié-ié !...
Que alegria
poder recordar tempos inocentes de um primeiro amor e um tempo em que cresci.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Inesquecíveis (18)
(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos) e (http://memoriaglobo.globo.com/ da TV Globo)
Novela: Roque Santeiro
Ano: 1985
Tema: Sem Pecado e Sem Juízo
Intérprete/s: Baby Consuelo (18-07-1952)
Autor/es: Baby Consuelo / Pepeu Gomes
Novela: O Casarão
Ano: 1976
Tema: Coisas da Vida
Intérprete/s: Rita Lee (31-12-1947)
Autor/es: Rita Lee
sábado, 4 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Lohengrin de Richard Wagner
Mais uma Ópera célebre, obrigatória conhecer.
A escolha erudita desta vez, recai sobre a ópera de Richard Wagner, “Lohengrin”.
Resumo da história desta Ópera
A acção decorre no século X, no Brabante, em Antuérpia e suas proximidades.
O Rei Henrique chega a Brabante onde reunirá todos os germânicos para expulsar os húngaros dos seus domínios. Ao chegar a Brabante na mira de pedir auxílio a Frederico de Telramund que é tido como a personificação de lealdade, este responde ao Rei, mas narra os acontecimentos a seu modo. O velho duque deixara dois filhos, Elsa e Godofredo, este é herdeiro da coroa. Entretanto Godofredo desaparece sem deixar rasto e a mulher de Frederico, Ortrudes, lança a suspeita de que Elsa está implicada no assassinato do irmão. Elsa alega a sua inocência e diz que sonhou com um cavaleiro, revestido de coruscante armadura, que o Céu mandou para a proteger. Ele será o seu defensor. Frederico apoiado por Ortudes continua a acusá-la da morte do irmão, e diz que defronta qualquer um que a queira apoiar e defender. Elsa ajoelha perante o Rei. As trombetas tocam para anunciar o defensor de Elsa, ninguém aparece. Esta acredita e pede ao Rei para tocar de novo as trombetas porque o cavaleiro, seu defensor, está longe e poderá não ter ouvido. O Rei ordena que se façam ouvir de novo as trombetas. Ao longe aparece um pequeno bote puxado por um cisne. De pé no bote um cavaleiro vestido de uma armadura de prata. O bote chega ao seu destino e o cavaleiro apeia-se do mesmo, despede-se do cisne e manda-o de volta. O animal obedece e faz rumo para o lugar de onde viera. Apresenta-se a Elsa e pergunta se ela lhe permite que defenda a sua honra ao que Elsa acede. O cavaleiro protector luta com Frederico de Telramund e derrota-o, poupando-lhe, no entanto, a vida.
Frederico de Telramund sente-se desonrado e anseia por uma arma, que não tem, para punir sua mulher Ortrudes que o incitou, estupidamente, contra Elsa. Foi ela que urdira uma trama de seu próprio consórcio e o induzira a renunciar à mão de Elsa, visto que esperava como sendo a última vergôntea dos Ratbold, não tardar a ser chamada a reinar em Brabante.
Ortrudes por seu lado culpa Frederico de não conseguir vencer o pretenso protegido de Deus e ter sido derrotado. Ela consegue influenciar de novo Telramund a ajudá-la a continuar os seus desígnios tenebrosos contra Elsa. Ortrudes vai conseguir o perdão e a protecção de Elsa. O casamento de Elsa está próximo e Ortrudes e Frederico tentam de novo, a primeira a conseguir dominar o cavaleiro e o segundo a afrontar o Rei. Ambos são mal sucedidos. Ortrudes e Frederico de Telramund são ambos expulsos pelo cavaleiro.
O casamento tem lugar, mas Elsa instigada, secretamente, por Ortrudes e Frederico, faz perguntas incessantes ao seu noivo sobre a sua ascendência. Este diz para ela confiar nele e ele diz que a sua origem é mais elevada que a do próprio Rei e que a região de onde veio é divinal e esplendorosa. A sua curiosidade redobra e por esta altura entram pelos aposentos onde se encontravam Frederico de Telramund, acompanhado de quatro nobres descontentes, para tirar meças com o cavaleiro. Elsa pega na espada, dá-a ao seu consorte e este caindo sobre o traidor Frederico, mata-o fulminantemente, à primeira estocada.
O cadáver vai ser levado à presença real. O protector de Brabante, o cavaleiro, volta a vestir a sua armadura de prata. Tudo se vai esclarecer. O cavaleiro é nem mais nem menos, que um dos guardas do Santo-Gral. Seu Pai, Parcifal, é o chefe, o grão-mestre dos cavaleiros, onde ele se enquadra, e chama-se Lohengrin. Este tem de partir, porque o Gral não tolera maior ausência. Despede-se de Elsa. Ortrudes dirige-se a Elsa para dar mostras de alegria satânica e lhe revelar que o cisne misterioso que vai conduzir o seu querido herói, é o seu irmão Godofredo, que ela por suas malas-artes, assim encantou. Um pomba branca, a pomba do Santo-Gral plana sobre a barquinha que vai levar de regresso Lohengrin. O cavaleiro tira a cadeia que prende o cisne ao batel. Este mergulha nas águas e reaparece Godofredo. Elsa contente, abraça-se ao irmão, mas desmaia por ver seu marido partir, o cavaleiro Lohengrin.
Ortrudes ao ver os seus sortilégios frustrados, roja-se pelo chão no auge do despeito e estoira de raiva, enquanto a nobreza, feliz pela libertação de seu jovem suserano, aclama entusiasticamente, Godofredo, novo duque de Brabante.
Personagens de Lohengrin
O Rei Henrique I, da Alemanha …………………………….Tenor
Elsa de Brabante, filha e herdeira
do Duque de Brabante ……………….………………Soprano
Lohengrin, cavaleiro do Santo-Gral ………………………...Tenor
Ortrudes, filha de Ratbold, rei dos Frisões e herdeira
da Coroa do Brabante, na falta de Elsa……………..Meio-Soprano
Frederico de Telramund, conde brabanção, casado
com Ortrudes …………………………………………..Barítono
Um Arauto ………………………………………………………………….. Baixo
Nobres e cavaleiros brabanções, turíngios e saxões, damas do séquito de Elsa, pajens, trombeteiros, soldados, povo flamengo, etc.
Do autor Richard Wagner, … (excertos)
Guilherme Ricardo Wagner (1813-1883) nas céu em Lípsia a 22 de Maio de 1813 e ficou sem pai aos seis meses. Porque sua mãe tornou a casar foi residir para Dresde (Dresden), onde cresceu, começou seus estudos e não tardou em manifestar forte propensão poética. Só depois de sua mãe ter voltado a morar na sua terra natal entrou de mostrar interesse pela música e aprendeu a tocar rabeca e piano, respectivamente, com Robert Sipp (1806-1899) e o organista Amadeu Müller. Embrenhou-se, depois, nos segredos da composição guiado por Cristiano Weinlig (1780-1842), grande contrapontista, que ainda aprendera, em Bolonha, com o famigerado Padre Estalinau Mattei (1750-1825).
…
Nenhuma outra ópera de Wagner alcançou tanta popularidade e logrou aceitação universal como esta, o que se deveu ao facto de não ser ainda gizada no colete de forças que é, em última análise, a concepção wagneriana do drama lírico.
Em Lohengrin a música ainda tem independência, ainda não está de todo acorrentada à trama densa urdida com os temazinhos (leit-motiven – leia: laite-motífene); ainda há melodias independentes e um sopro de idealismo que encontra eco em nós e nos enfeitiça o coração. Em Lohengrin há também uma outra condição que muito valoriza a partitura: a magna importância dos coros.
O poema (como não podia deixar de ser) é do próprio Wagner, e, como é peculiar do autor, as melhores páginas musicais correspondem às melhores páginas do drama.
O assunto é o de uma célebre lenda teutónica e foi tratado por Wolfram de Eschenbach, o famoso poeta da Idade Média (falecido em 1220), em seu poema Parcifal.
Lohengrin (ou Loherangrin) quer dizer, propriamente: o Loreno (natural de Lorena) Gerin (ler: Guerin).
Ricard Wagner faleceu repentinamente em Veneza a 13 de Fevereiro de 1883 e foi enterrado em Bayreuth (lê-se: Bairóit), nos jardins de sua residência, no dia 18 desse mesmo mês.
Quase um mê depois – a 14 de Março – é que Lisboa ouviu pela primeira vez o Lohengrin, cantado em São Carlos, sob a direcção do maestro Dalmau.
Muito do texto aqui escrito, foi por mim adaptado, e encontra-se em:
Colecção "Ópera", Volume 5, Direcção Mário de Sampayo Ribeiro, Editor Manuel B. Calarrão, Lisboa, Junho de 1946, Preço 4$00.
DVD indicativo:
Trechos Musicais
Mario del Monaco (Lohengrin), tenor, ária “Da voi lontan”
Emese Pesti (Elsa), soprano, ária “Einsam in trüben Tagen”
Marcha Nupcial, “Concierto Voces para la Paz 2005”, no Teatro Monumental, em Madrid, 8 de Maio de 2005.
Prelúdio do 3º. Acto
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