Breves palavras sobre o que é para mim, o Cinema.
Durante os anos da minha juventude houve algo que me despertou o interesse e fez com que a minha ligação com os audiovisuais se tornasse, desde então, preponderante na minha vida. Esse algo foi o Cinema. A chamada 7.ª arte (arte da imagem) que quando dado o nome e na minha modesta opinião, ela reflectia somente a realidade do cinema mudo, por isso “arte da imagem”. Posteriormente a 7.ª arte tornou-se em algo muito mais complexo. A obra/filme tornou-se num conjunto de várias e ricas variáveis: a imagem, o texto, a cenografia, o som, o guarda-roupa, a interpretação, etc.. Tudo isso conglomerado e orientado de alguma maneira, por uma pessoa na arte de dirigir, o realizador.
Um bom filme, é como uma boa música ou um bom livro, é algo que deve ser visto mais que uma vez, para que nos apercebamos de coisas que numa só, é impossível. Um amante de cinema vê um filme duas, três vezes, para que nele possa visualizar todas essas variáveis de que falei anteriormente.
Vão passar por aqui alguns realizadores que fizeram e fazem parte do meu imaginário de cinéfilo. Nessa época, quando frequentei as salas de cinema em Lisboa, as filmografias de eleição eram: a italiana, a francesa, a alemã, a sueca, a espanhola, a nipónica, a americana. Mas passarão também, e obviamente, realizadores brasileiros e portugueses
Esta nova publicação intitulada 7.ª Arte, será muito de uma pequena mostra do que se via cinematograficamente em Lisboa, nos finais da década de 60 e 70, mas não só, porque teremos filmes muito mais actuais !!!
Tal qual, como todos vós, me
reconhecem como um melómano amador, eu também sou um cinéfilo amador. O que vou
trazer aqui foram/são obras que gostei/gosto e vi/revejo, e as minhas escolhas
são apenas opiniões e gostos, livres de qualquer pretensiosismo !!!
No nome do realizador (se estrangeiro) e na maioria dos títulos dos filmes existem “links” para a Wikipedia (versão inglesa), por ser a plataforma mais abrangente e mais completa. Se pretenderem, na coluna esquerda dessas mesmas páginas, em baixo, tem normalmente, a escolha da tradução para a língua portuguesa.
Do cinema italiano trago-vos Roberto Rossellini (08-05-1906 – 03-06-1977), realizador com uma obra notável. Um dos realizadores neorealistas no cinema mundial, com 49 películas, 12 produções para a televisão e uns quantos galardões. Dele escolhi 3 filmes que vi, embora tenha mais uma meia-dúzia que me lembre.
(1945) Roma Città Aperta – Roma, Cidade Aberta
(1948) L'Amore – O Amor
(1952) Europe '51 (filme completo)
Entrevista com Roberto Rossellini
Roberto Rossellini, Federico Fellini, Vittorio de Sica, Michelangelo Antonioni, os irmãos Taviani, Ettore Scola, Sergio Leone, etc. etc. Tantos e tão bons realizadores tinha o cimena italiano! Onde é que estão os seus sucessores, que não se veem em lado nenhum? (Saudades do tempo em que eu era sócio do Cineclube do Porto!)
ResponderEliminarFernando desde há muito e por invasaõ completa de alguma filmografia má, mas que dá dinheiro, porque estamos completamente contaminados de muitos filmes que são somente violência e outrso que são meras fantasias com super-heróis. Antigamente íamos ao cinema para nos cultivarmos e aprender, agora 90% das pessoas vão ao cinema para se distrair. Já nada se aprende ou se quer aprender :(((!
EliminarValeu a pena passar da porta e adentrar, só para ter o prazer de rever a grande Ana Magnani. Fellini foi outro realizador de que gostei muito, sobretudo dos seus filmes em que entrava a pequena/grande Giulietta Masina. Como "A Estrada" e "Noites de Cabiría", creio ser estes o título.
ResponderEliminarFica bem, Ricardo!
Saúde!
Janita obrigado pelo teu comentário. Sempe fui um apaixonado por cinema italiano e francês !
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