Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
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ResponderEliminarÓh páh... que maravilha! Gosto tanto de ouvir o Pedro Barroso!
Por isso sabe bem "tropeçar" nas suas músicas que têm poemas lindíssimos.
Já ouvi a primeira, vou ficar mais um pouco por aqui a ouvir o resto das tuas escolhas.
Beijinhos em português
(^^)
O Pedro Barroso sempre foi um bom intérprete e com composições muito agradáveis !
EliminarObrigada Clara
Um nome da música portuguesa, nem sempre lembrado como bem merece.
ResponderEliminarSó por isso te parabenizo. E, claro, gostei muito de o ouvir.
Bom Domingo, Ricardo.
Nem sempre lembrado, tens toda a razão !
EliminarObrigado Janita
Viva quem canta... E viva quem nos põe a ouvir quem canta. :)
ResponderEliminarMuito obrigado Luísa !
EliminarHá muito que não ouvia o Pedro Barroso, por isso foi com muito encantamento que ouvi estes temas.
ResponderEliminarGosto muito do seu timbre de voz e dos temas.
Muito obrigada pela partilha Ricardo.
Também uma boa voz, canta bem e tem bonitas canções !
EliminarObrigado Manuela