Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Moody Blues (3)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Os “Moody Blues” foram um grupo que segui até 1971, com o álbum “Seventh Sojourn”. Até aí ouvi e coleccionei os “vinil”, depois, somente os segui, amiúde. Hoje tenho toda a discografia deles. Sempre me agradaram bastante, pela sua música trabalhada e muito bem executada, muitas das vezes acompanhada por orquestra. Por aqui no “O Pacto Português”, e durante algumas semanas (um álbum por semana, até ao “Seventh Sojourn), vou dar-vos um pouco das melodias e do “Rock” deste agrupamento, e também algumas palavras sobre os “MB” (biografia) e análise dos álbuns por críticos musicais. A análise dos álbuns dos “Moody Blues” foram traduzidas do sítio do AllMusic.com e da Wikipedia (versão inglesa). Não sei as análises da AllMusic.com,  são da época ou actuais, mas valem o que valem e como sempre tenho dito, sou um melómano amador e não sei ler uma pauta musical, embora tenha a certeza que não conseguiria viver sem ela.

The Moody Blues (Birmingham, Maio 1964 – 20xx)

The Moody Blues são uma banda de Rock Inglês. Entre algumas das suas inovações para a época conta-se com a fusão com a música clássica. Isto é evidente, e principalmente, no excelente álbum, de 1967, “Days Of Future Passed”.
The Moody Blues venderam mais de 70 milhões de álbuns em todo o mundo e obtiveram 14 discos de ouro e platina. A partir de 2012 eles permanecem activos, com um membro da banda original de 1964, John Lodge, e mais dois a partir da linha 1967, Justin Hayward e Graham Edge.
Discografia:

The Magnificent Moodies (1965)
Days of Future Passed (1967)
In Search of the Lost Chord (1968)
On the Threshold of a Dream (1969)
To Our Children's Children's Children (1969)
A Question of Balance (1970)
Every Good Boy Deserves Favour (1971)
Seventh Sojourn (1972)
Octave (1978)
Long Distance Voyager (1981)
The Present (1983)
The Other Side of Life (1986)
Sur la Mer (1988)
Keys of the Kingdom (1991)
Strange Times (1999)
December (2003)

Etiquetas - Decca, Deram, Threshold, Polydor, Universal, Ark 21, Eagle, Image.
Membros actuais - Graeme Edge, John Lodge e Justin Hayward.
Membros anteriores - Ray Thomas, Michael Pinder, Denny Laine, Clint Warwick, Rodney Clark e Patrick Moraz.


Álbum (vinil) - In Search Of The Lost Chord (1968), Deram Stereo SML 711, Crítica (Review, by Bruce Eder). Gravado entre Janeiro e Junho de 1968. Editado em 26 de Julho de 1968.

“In Search of the Lost Chord “ é o álbum em que os Moody Blues descobrem drogas e misticismo como base para a sua composição e chegam a uma criação convincentemente psicadélica, cheio de canções sobre Timothy Leary [Timothy Francis Leary, Ph.D. (22-1-1920 – 31-05-1996), Professor de Harvard, psicólogo, neurocientista, escritor, futurista, libertário, ícone maior dos anos 60 e do hedonismo. Ficou famoso como um proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. De facto, o Professor Leary defendia os benefícios desta substância psicadélica, como a base (do Latim substructio) do progresso humano.] e do plano astral e outras da era psicadélica das preocupações. Desta vez eles libertaram-se da orquestra sinfónica a favor do “mellotron” de Mike Pinder, que era mais do que um substituto adequado. E o resto da banda junta-se com flautas, cítara, “tablas”, e violoncelos. O álbum inteiro foi uma grande experiência para saber até onde o grupo poderia ir com quaisquer instrumentos que pudessem encontrar, tornando este álbum um familiar bastante próximo, aos registos dos Beatles, da mesma época. É tudo bonito e elegante, e o coro de "Legend of a Mind" sobre “...Timothy Leary’s dead / Oh, no he's outside, looking in "acabou antecipando a realidade; Após a sua morte em 1996, Leary foi cremado e lançado para o espaço num satélite de propriedade privada, com os restos do criador, Gene Roddenberry, de Star Trek (outro ícone da cultura “Pop” dos anos 60) e outros endinheirados clientes.

Formação do álbum “In Search Of The Lost Chord": Justin Hayward (guitarras, cítara, tablas, piano mellotron, vocais, etc), Mike Pinder (teclas, baixo, violoncelo, vocais, etc), Ray Thomas (flauta, saxofone, vocais,), Graeme Edge (bateria, tablas, percussão, vocais, etc) e John Lodge (baixos, violoncelo, vocais, etc).
Melhor classificação, Álbum: 5º. Lugar “UK Albums Chart” em 1968 e Tema “Voice In The Sky” 27º. Lugar “UK Singles Chart” em 1968.

Moody Blues (1964)


Ride My See-Saw, de John Lodge.


Legend Of A Mind, de Ray Thomas.


Voices In The Sky, de Justin Hayward.


Om, de Mike Pinder. No programa da BBC “Colour Me Pop” de 1968.


7 comentários:

  1. Não conhecia nenhum destes temas...

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    1. Ficaste a conhecer Luísa e espero que tenhas gostado !
      Obrigado

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  2. E já vais no take 3...
    Com este post descobri o Mellotron e gostei do que descobri.
    Vou agora ouvir as músicas que nos propões e tentar identificar esse instrumento.

    Já cá volto :)

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    1. Já voltei... e voltei de uma viagem interessante!
      (não, não viajei com LSD, calma!)

      Das quatro propostas só reconheci o "Voices in de sky". Não digo que não tivesse já ouvido as outras, mas a verdade é que não me recordo.
      Achei muito ZEN e muito agradável a última, «OM»...
      Achei curiosa a história do tal professor Timothy Leary e dele defender os benefícios desta substância psicadélica, como a base do progresso humano. Pois...
      (agora aqui ficava bem AQUELE CARTOON da Mafaldinha a rir como uma perdida)

      Beijinhos ZEN...
      (^^)

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    2. Os "Moody Blues" como todos os que aqui vieram comentar até agor, já sabem que é/foi um dos meus grupos preferidos. A música deles com o acrescendo de uma parte orquestral, tornava-se grandiosa e muito diferente do que se fazia na altura em termos de "pop/rock". Os "Moody" eram únicos !
      O LSD era uma droga alucinogénica que teve, infelizmente, muitos adeptos em grupos de música.... e o Timothy Leary... pois !!!
      O "Voices In The Sky" foi outro grande êxito do grupo !
      Obrigado Afrodite

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  3. Olha quem eu vim aqui encontrar!
    Os meus queridos Moody Blues cujas músicas, algumas já nem me lembro.
    Mas gostei de os ver no 1º vídeo.
    Tens uma cultura musical invejável, Ricardo.
    Até domingo.

    Beijinho

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    1. Cultura musical é simpatia tua dizer-lo. Ouvi, ouço e ouvirei muita música. Leio muito menos e devia ler muito mais. Mas prefiro música e cinema !
      Os Moody Blues sempre foram um dos meus grupos preferidos !
      Obrigado Maria

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!