Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
O Amolador de tesouras e navalhas...
Infelizmente, no tempo em que eles tinham um “carro” todo catita, onde transportavam um pequeno equipamento de afiar as tesouras e navalhas, um chapéu-de-chuva do qual retiravam as varetas para arranjar os avariados que os clientes lhes levavam, nesse tempo, dizia eu, não haviam os meios de gravação de imagem que hoje existem, como um simples telemóvel. Foi com um que gravei este pequeno “clip” este Domingo.
Hoje e, ultimamente, tenho visto amoladores com uma bicicleta em vez do carro tradicional como este que se vê aqui.
Antigamente, dizia-se, “lá está ele a adivinhar chuva !”. Espero que não, este ano estamos um bocado farto dela e acho que já tivemos a nossa conta !
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Ainda hoje de manhã, um "amolador" fazia ecoar o típico som no meu bairro. Curioso que pensei: Olha, está a adivinhar chuva! :)
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, Ricardo! :)
Pois essa história do "adivinhar chuva" já data do tempo dos meus pais e avós. Deve ter o seu quê de verdadeiro !
EliminarObrigado Maria
Ainda me lembro bem destas figuras que fazem parte do nosso imaginário.
ResponderEliminarTens de importar uns aí, para o sítio onde te encontras. Por cá ainda se vêem a espaços !
EliminarUm abraço Pedro
Como nunca tinha visto um amolador de tesouras e navalhas gostei de ver este pequeno “clip”, Ricardo.
ResponderEliminarNa Alemanha, se existisse essa figura/profissão, certamente que viria sentado ao volante de um Mercedes e somente amolaria canivetes suiçoes :))) !!!
EliminarObrigado Teresa
... E não falaste no instrumento musical que usavam para chamar a clientela ! ... :))))
ResponderEliminarEu tinha um irmão (mais velho) que ficava maravilhado quando o ouvia e via trabalhar e ninguém lhe tirava da cabeça que "quando fosse grande" iria ser amola tesouras e navalhas ! rsrsrs
Abraço !
.
EliminarRui,
Estás a referir-te, com certeza, à gaita do amolador...
(txi... que mal que isto soou!! hehehe)
Ricardo,
Por aqui passa imensas vezes um amolador de facas à moda antiga... e olha que ainda domingo passado andou por aqui perto de minha casa. Mas o senhor de quem falo traz, não uma bicicleta, mas uma motorizada cheia de "traquitanas".
Beijinhos ao som da gaita
(^^)
Rui procurei no Youtube um video que tivesse imagem e som do toque célebre dos "Amoladores", mas infelizmente não consegui encontrar.
EliminarUm abraço e obrigado Rui
Afrodite infelizmente não encontrei nenhuma gaita com som decente :)).
EliminarA gaitada do meu "clip", não é aquela que é mais conhecida e que percorreu e percorre gerações de portugueses. Obrigado