Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Milt Jackson – Groups & Soloists of Jazz (X)

(Dados Biográficos In Wikipédia e/ou In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

Milt “Bags” Jackson (Detroit, Michigan, EUA, 01-01-1923 - Manhattan, New York, EUA, 09-10-1999) – Foi um vibrafonista de Jazz, norte-americano, geralmente considerado como um concertista de “bebop”, embora ele se tenha apresentado a tocar vários tipos de jazz. É, especialmente, lembrado pelos seus solos ligeiros balanceado, não só, como um membro do “Modern Jazz Quartet”, mas também a sua propensão para colaborar, com vários músicos “hardbop” e “pós-bop”.
Músico extremamente expressivo, Jackson diferenciou-se de outros vibrafonistas porque estava atento às variações harmónicas e ao ritmo. Gostava particularmente dos “blues” de doze compassos, em andamentos lentos. Ele preferiu definir o oscilador do vibrafone para umas baixas 3,3 rotações por segundo (isto em oposição, por exemplo, à velocidade de Lionel Hampton, de 10 rotações por segundo). O seu “vibrato” era mais subtil. Ocasionalmente, Jackson também cantava e tocava piano.
Ele foi descoberto por Dizzy Gillespie (trompete), que o contratou para o seu sexteto em 1946 e também o protegeu de grupos maiores. Rapidamente adquiriu experiência, ao trabalhar com as figuras mais importantes do jazz da época, incluindo Woody Herman (clarinete), Howard McGhee (trompete), Thelonious Monk (piano) e Charlie Parker (saxofone.

The Prophet Speaks, no “Jazz Baltic Festival” de 1999, com Mike LeDonne (piano), Mickey Roker (bateria) e Pierre Boussaguet (contrabaixo).


Nuages, com “The Milt Jackson Quartet”, com Makoto Ozone (piano), Jaribu Shahid (contrabaixo) e Tani Tabbal (bateria), em 1995.


Just Friends, no “Jazz Baltic Festival” de 1999, com Mike LeDonne (piano), Mickey Roker (bateria) e Pierre Boussaguet (contrabaixo), e ainda, como convidado, Bobby Hutcherson (vibrafone).


True Blues, com “The Modern Jazz Quartet, com John Lewis (piano), Percy Heath (contrabaixo) e Connie Kay (bateria). No Alexandra Palace, para o “Capital Radio Jazz Festival”, Londres 1982.

2 comentários:

  1. Não conhecia este instrumento, o vibrafone. Para mim, só existia o xilofone!

    Não há dúvida que Jackson era um músico muito talentoso e criativo.

    Estive a ler e a comentar os meus blogs, sempre acompanhada por esta música. Foram ótimos momentos musicais. Obrigada pela partilha. Tem um ótimo dia.


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    1. O vibrafone e o xilofone são coisas um pouco diferentes, embora idênticas. O vibrafone é um instrumento muito mais evoluído.
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Vibrafone
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Xilofone
      Ainda bem que gostaste. Tem na realidade um som muito agradável !!!
      Obrigado Maria José

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!