Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Jazz Standards (CIX)

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Exactly Like You (#113) - Música de Jimmy McHugh e Letra de Dorothy Fields
Harry Richman e Gertrude Lawrence apresentou "Exactly Like You”, no musical “Revue Internacional” de Lew Leslie, em 25 de Fevereiro de 1930, no ”Majestic Theater”, em New York. Depois de 95 exibições o espectáculo encerrou, no entanto, as duas composições de Dorothy Fields e Jimmy McHugh, "On the Sunny Side of the Street " e "Exactly Like You", foram um êxito e tornaram-se “standards”.

"Exactly Like You" esteve várias nas tebelas dos mais vendidos:

Ruth Etting (1930, vocal, Nº. 11);
Harry Richman (1930, vocal, Nº. 12);
Sam Lanin e a sua orquestra (1930, Smith Ballew, vocal, Nº. 19);
Benny Goodman Trio (1936, Lionel Hampton, vocal, Nº. 12); e
Don Redman e a sua orquestra (1937, Nº. 14).

Broadway foi duramente atingida pela “Grande Depressão”, e muitos espectáculos, como o “Revue Internacional” terminaram após poucas exibições. Embora bem financiada e com um elenco de alto nível (Gertrude Lawrence, Harry Richman, Jack Pearl, Anton Dolin e Argentinita) com coreografia de mestre, de Busby Berkeley e músicas de McHugh/Fields, o musical tinha um mau argumento, muito longo, e, no geral, era pouco apelativo ao público e aos ou críticos.

Oscar Peterson  (Montreal, Quebec, Canadá, 15-08-1925 – Mississauga, Ontário, Canadá, 23-12-2007) e Count Basie (Red Bank, New Jersey, EUA, 21-08-1905 - Hollywood, Florida, EUA, 26-04-1984) – Em Los Angeles, Califórnia, 2 de Dezemnbro de 1974, do álbum “Satch and Josh”. Com o quinteto de Oscar Peterson, com Oscar Peterson (piano), Count Basie (piano, orgão), Freddie Green (guitarra), Ray Brown (contrabaixo) e Louis Bellson (bateria).




Diana Krall (Nanaimo, Canadá, 16-11-1964 - 20xx) – Ao vivo no Rio. Editado pela Verve em 2009, o DVD onde se encontra esta música foi filmado em Novembro de 2008, no Rio de Kaneiro, pátria da bossa-nova.


Django Reinhardt (Liberchies, Pont-à-Celles, Bélgica, 23-01-1910 - Fontainebleau, França, 16-05-1953) e Stephane Grappelli (Paris, França, 26-01-1908 — Paris, França 01-12-1997) – Do álbum “Djangology”, editado pela Capitol em 1936.


Nina Simone (Tryon, North Carolina, EUA, 21-02-1933 — Carry-le-Rouet, 21-04-2003) – Ao vivo, em Varsóvia, Polónia, a 18 de Dezembro de 1997, no “Kongresowa Hall”.


Letra

I know why I waited
Know why I've been blue
I've been waiting each day
For someone exactly like you
Why should I spend some money
On a show or two
When nobody sings these love songs
Exactly like you
You make me feel so grand
I wanna give this world to you
You make me understand
These foolish little dreams I'm dreaming
And schemes I'm scheming
Now I know why my mama
She taught me to be true
She knew just around the corner
Was somebody like you
You make me feel so grand
I wanna give this world to you
Baby you make me understand
These foolish little dreams I'm dreaming
And schemes I'm scheming
Now I know why my mama
She taught me to be true
She knew just around the corner
Yes she knew just around the corner
Was somebody like you

Lamento, algumas eventuais falhas nas letras, encontradas na Internet, devido à própria improvisação dada pelos seus intérpretes, e muitas vezes de difícil entendimento. (Ricardo Santos)

8 comentários:

  1. Um tema que atravessou um século e que Diana Krall atualizou, emprestando-lhe o seu excelente nível interpretativo e talento.
    Felizes os cariocas, que tiveram a oportunidade de a apreciar ao vivo.

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    1. Perto de um século sim. Um excelente interpretação da Diana Krall, aliás como é habitual, desta excelente artista canadiana.
      Estás a ficar interessada em Jazz. Isso é bom ! :)
      Obrigado Maria José

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    2. Sempre fui uma boa aluna. Veremos como me vou comportar nesta matéria.

      A verdade é que gosto tanto de boa música, como de aprender.

      Abraço, professor.

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    3. Maria José não me consideres professor. Sou apenas um amante de Jazz de largos anos a esta parte e com o tempo aprende-se a ouvir de tudo um pouco. Cantado ou instrumentalizado, ou os dois. As minhas preferências vão para o instrumental, mas Jazz ouve-se, principalmente ao vivo, e como dizia o grande Luís Villas-Boas, " uma música de vivos para vivos !".
      Obrigado Maria José

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  2. Acredita que o teu contributo é importante para a minha aprendizagem.
    Ninguém aprecia o jazz ao vivo, se não tiver educado para o sentir e compreender.
    Estou com curiosidade de saber o que fez Jacinta nos US. Não há registos no "youtube"...
    Boa noite, Amigo.

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  3. Uma volta no Google e talvez encontres notícias sobre ela, se souberes onde ela actuou no s EUA. Ficas aqui com link dela no MySpace https://myspace.com/jacintajazz.
    Relativamente ao apreciar Jazz ao vivo ou em suporte magnético, como já disse aqui, volto a frisar eu somente sou um melómano amador, não tenho grandes conhecimentos musicais. O Jazz como te disse, ouço-o há muito tempo e dá-me gozo ouvir mesmo as formas mais complexas, como o de "Fusão". Aprendi a ouvir e gostei. Não tenho pretensões a musicólogo ou a crítico de algum género ou forma musical. O que passa aqui é o meu gosto pessoal e tentar mostrar às pessoas música diferente.
    Aquilo que souber explico, aquilo que não souber endereço-te para outros sítios ou livros que podem elucidar-te do que é e como se deve ouvir.
    Obrigado Maria José

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  4. Respostas
    1. Aqui dos Grandes falta o Michael Bublé, temos a Diana Krall e o Oscar Peterson um dos meus pianistas preferidos.
      Obrigado Catarina

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!