Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sábado, 23 de abril de 2011

Sessão Abertura Ano Judiciário

Com que vontade gostaríamos de dizer isto e gritá-lo bem alto, mais que não fosse para tirar toda a raiva que temos dentro de nós... estou errado ???!!!

1 comentário:

  1. Nós até podemos dizer muita coisa, mas ninguém nos ouve ;)
    Até nos partidos políticos o silêncio é de ouro... só falam os chefes e quem repetir... o chefe ;))


    Bjos

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!