Dá a surpresa de ser
Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.
Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.
E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.
Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?
10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.
segunda-feira, 25 de abril de 2011
O 25 de Abril foi há 37 anos
Quase quatro dezenas em que a nossa história em vez de progredir para uma melhoria e bem estar de todos nós, deixá-mo-la avançar para aquilo que as familias que nos têm governado, desde o final da Monarquia, querem. Poder, dinheiro e a consequente miséria de muitos milhões em detrimento de alguns milhares.
Importante visitar, para não andarmos a dizer disparates, por falta de conhecimento, e a ouvirmos as asneiras que se dizem pelos nossos "media" sobre esta crucial data, é o link http://www.25abril.org/a25abril/
"Inquietação", do álbum de José Afonso “Fados de Coimbra e Outras Canções”, de 1981.
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Interessante, porque é uma das poucas coisas que eu hoje consigo sentir... inquietação.
ResponderEliminarBjos
Exactamente Isa inquietação é o mesmo que eu sinto. A democracia está em perigo e bem mais do que parece.
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