Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jazz Standards (IX)

O que é um “Jazz Standard” ?

Os termos “standards” ou “jazz standards” são muitas vezes usados quando nos referimos a composições populares ou de músicas de jazz. Uma rápida pesquisa na Internet revela, contudo, que as definições desses termos podem ser muito variar muito.

Então o que é um “standard” ?

Comparando definições de alguns dicionários e de estudiosos de música e baseando-nos naquilo que for comum e que estiver em acordo, será razoável dizer que:
“Standard” (padrão) é uma composição mantida em estima contínua e usada em comum, por vários reportórios.
… e …
Um “Jazz Standard” (padrão de jazz) é uma composição mantida em estima contínua e é usada em comum, como a base de orquestrações/arranjos de jazz e improvisações.
Algumas vezes, o termo “jazz standard” é usado para sugerir que determinada composição se torna um “standard”. Palavras e frases têm muitas vezes múltiplos significados e esta não é excepção. Neste sítio http://www.jazzstandards.com/ nós vamos usar a definição que tem maior aceitação geral, uma que aceita composições seja qual for a sua origem.

(Dados Biográficos In Wikipédia e In AllMusic.Com - Todos os excertos das biografias foram adaptados e algumas vezes traduzidos por Ricardo Santos)

(Sobre o tema em questão, algumas palavras retiradas de “in
http://www.jazzstandards.com/compositions/index.htm” - adaptação e tradução por Ricardo Santos)

Embraceable You (#24) – Música de George Gershwin e Letra de Ira Gershwin
Em 14 de Outubro de 1930, no Teatro “Alvin” e durante a apresentação do musical “Girl Crazy”, Ginger Roders e Allen Kearns cantaram-na pela primeira vez. Embora este musical tenha marcado a estreia de Ginger Roders como actriz principal, foi a estreante Ethel Merman que teve sobre si os holofotes e “deitou a casa abaixo” com a canção “I Got Rhythm”.

Nat King Cole (Montegomery, 17-03-1919 — Santa Mônica, 15-02-1965) – Em 1944 para a “Capital Records”, pelo King Cole Trio, com Nat King Cole (piano e voz), Johnny Miller (contrabaixo) e Oscar Moore (guitarra).


Letra (versão de Nat King Cole) extensível a Chet Baker

Embrace me, my sweet embraceable you
Embrace me, you irreplaceable you
Just one look at you
My heart grew tipsy in me
You and you alone
Bring out the Gypsy in me

I love all the many charms about you
Above all, I want my arms about you

Don't be a naughty baby
Come to papa, come to papa do
My sweet embraceable you

Don't be a naughty baby
Come to papa, come to papa do
My sweet embraceable you

Chet Baker (Yale, Oklahoma, 23-12-1929 – Amsterdão, 13-05-1988) – Do álbum "Embraceable You" (1957), com Chet Baker (vocal), David Wheat (guitarra) e Ross Savakus (baixo).


 

Frank Sinatra (Hoboken, 12-12-1915 — Los Angeles, 14-05-1998)


Letra (versão de Frank Sinatra)

Embrace me, my sweet embraceable you
Embrace me, my silk-and-lace-able you
I'm in love with you, I am and verily so
But you're much too shy, unnecessarily so

I love all the many charms about you
Above all, I want my arms about you
Don't be a naughty baby, come to papa, do
My sweet embraceable you

I love all the many charms about you
Above all, I want these arms about you
So, don't be a naughty baby, come to papa, do
My sweet embraceable you

Manhattan Jazz Orchestra – Com a David Matthew's “Manhattan Jazz Orchestra” composta por, entre outros, Lew Soloff, Ryan Kisor (trompete), Chris Hunter, Chip Jackson, Jim Pugh (trombone), John Fedchock, David Taylor and Terry Silverlight.





2 comentários:

  1. Muito bem explicado... confesso que até hoje só me tenho preocupado com o... gosto ou não gosto, mas, realmente, saber não ocupa lugar.

    Bjos

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  2. Eu também só me preocupo com o gosto ou não gosto e de Jazz eu gosto. Não te esqueças de fugir à rotina. Quem sabe se não virás a gostar daqui a uns anos de coisas que hoje ou ontem não gostavas, e se for por influência do meu Blog ?... :)

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!