Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Woodstock (13) – Melanie Safka

Por aqui pelo “Pacto”, durante algum tempo, as músicas que encantaram, ou não, a juventude nascida nos finais dos anos 40 e na década de 50, durante o grandioso “Festival de Woodstock”, realizado nos Estados Unidos, na fazenda de Max Yasgur, cidade de Bethel, estado de New York, entre 15 e 18 de Agosto de 1969.
Encontraremos grupos e composições que muitos de nós reconhecerão como agradáveis e de imediato, e outras nem tanto assim, como algumas de género Rock Psicadélico, Hard Rock, Blues Rock, Acid Rock, Blues, R&B (Rhythm and Blues). O exemplo mais flagrante deste conjunto de géneros, será o guitarrista Jimi Hendrix, considerado por muitos, um dos melhores do Mundo e de sempre.
Este Festival foi, principalmente, um levantar de questões à sociedade, à liberdade de expressão e à guerra entre os povos. Isto tudo, tendo como base os problemas da sociedade americana da altura e as suas condições sociais, e ainda, a famigerada guerra do Vietnam que deixou marcas indeléveis nos EUA.
Tal como o Vietnam, as guerras são meramente negócio para alguns, não trazem absolutamente nada de benéfico para a humanidade. Isso todos os portugueses puderam comprovar, cronologicamente antes, com a guerra das Colónias, guerra em África ou guerra do Ultramar, consoante o quadrante politico de cada um de nós.

Hoje ouviremos, já aqui embaixo:






6 comentários:

  1. Já nem recordava.
    E foi bom voltar atrás.

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  2. Só olhando para o nome eu ia dizer que não conhecia a Melanie Safka... até ouvir a voz dela!
    Estou como o Pedro, senti-me recuar no tempo, mas bastante mesmo! Fui procurar outros temas dela e até me arrepiei ao recordar o «What Have They Done to My Song Ma».

    Mais uma surpresa agradável que encontrei aqui! Obrigada por me ajudares a recuperar as minhas memórias perdidas.
    Beijinhos e bom fim de semana
    (^^)

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    1. Clara, obrigado pelo teu simpático comentário. Como sabes tento aqui trazer muitos intérpretes que serão desconhecidos para alguns, no intuito de lhes mostrar aquilo que se fazia em termos musicais na minha juventude !

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  3. In illo tempore, a Melanie Safka era uma das minhas cantoras preferidas. É uma grata recordação ouvi-la de novo aqui. Foi uma das vozes mais marcantes dos revolucionários anos 60.

    Fernando Ribeiro

    P.S. - Só agora deixo este curto comentário sobre um post que já tem alguns dias, porque tenho estado envolvido em acesa polémica num outro blog (não no meu), a qual me tem impedido de visitar os meus blogs preferidos, como este. A polémica agora acalmou e estou de volta.

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    1. Fernando muito obrigado pelo comentário sobre a grande artista e voz que foi Melanie Safka.
      Em relação so seu "post scriptum", a vinda aqui dos meus leitores deixa-me sempre agradado, mas não é obviamente obrigatório. Vem quem quer e quando puder !
      Abraço

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Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!