Dá a surpresa de ser

Dá a surpresa de ser É alta, de um louro escuro. Faz bem só pensar em ver Seu corpo meio maduro.

Seus seios altos parecem (Se ela estivesse deitada) Dois montinhos que amanhecem Sem ter que haver madrugada.

E a mão do seu braço branco Assenta em palmo espalhado Sobre a saliência do flanco Do seu relevo tapado.

Apetece como um barco. Tem qualquer coisa de gomo. Meu Deus, quando é que eu embarco? Ó fome, quando é que eu como?

10-9-1930 - Poesias. Fernando Pessoa. (Nota explicativa de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1942 (15ª ed. 1995) - 123.

domingo, 20 de maio de 2012

A vida termina um dia

Dois dias e dois anos depois de ter perdido uma colega muito querida, volta a acontecer, no dia 16 de Maio, passada Quarta-Feira, perdi do convívio terreno um ex-colega de trabalho, do meu tempo de técnico de informática “onsite”, num trágico acidente de mota, na Marginal.
             
A vida termina um dia para todos. Esperamos que o seja sempre sem dor, mas do nosso destino não conseguimos fugir.     
          
Os que cá ficam, no entanto, estão todos a tempo de continuar a ajudar quem precisa, para que quando o nosso dia chegar tenhamos a consciência que o nosso papel na Terra foi responsável.      
         
Caro Amigo que a tua Alma descanse em Paz é o que desejo, com a esperança de que a vida tenha continuidade, de alguma maneira para lá, do que é tabu.  

Sem comentários:

Enviar um comentário

Eu fiz um Pacto com a minha língua, o Português, língua de Camões, de Pessoa e de Saramago. Respeito pelo Português (Brasil), mas em desrespeito total pelo Acordo Ortográfico de 90 !!!